
No mundo da agricultura moderna, o manejo eficaz de pragas é fundamental para garantir a saúde das culturas e a produtividade das lavouras. O inseticida ABLE, a base de Bacillus thuringiensis, emerged como uma solução promissora no controle de lagartas e outros lepidópteros, proporcionando uma abordagem ambientalmente responsável e com baixa toxicidade. Neste post, exploraremos as características, benefícios e orientações sobre o uso do ABLE, destacando sua importância no manejo integrado de pragas.
Identificação do Produto
O produto em questão é denominado ABLE, um inseticida biológico que tem como ingrediente ativo o Bacillus thuringiensis, especificamente a linhagem EG 2348. Essa formulação é uma suspensão concentrada e é classificada como um inseticida microbiológico. O produto é registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) sob o número 02798 e é titularizado pela empresa Mitsui & Co (Brasil) S.A., que possui o CNPJ 61.139.697/0001-70.
ABLE é voltado para o controle de lagartas (estágios larvais de lepidópteros) em diversas culturas, proporcionando uma alternativa efetiva e específica para o manejo de pragas agrícolas. Essa solução é compatível e não apresenta casos conhecidos de incompatibilidade com outros produtos. O produto é considerado pouco perigoso ao meio ambiente e apresenta baixa toxicidade, classificado como categoria 5 na tabela de classificação toxicológica.
Essa identificação é crucial para o uso correto e seguro do produto, a fim de garantir a eficácia no controle de pragas e a proteção do meio ambiente.
Composição
O produto ABLE, classificado como um inseticida microbiológico, é composto principalmente pelo ingrediente ativo Bacillus thuringiensis subespécie Kurstaki, linhagem EG 2348. Este ingrediente ativo apresenta uma concentração de 72 g por litro, equivalente a 7,20% em massa/volume (m/v). Além do Bacillus thuringiensis, a formulação conta com outros ingredientes que totalizam 880 g por litro (88,80% m/v), somando uma composição completa do produto.
Esta formulação é projetada para atuar especificamente no controle de lagartas, que são a fase larval de lepidópteros, nas diversas culturas em que o produto é usado. A eficácia do Bacillus thuringiensis se dá pela ingestão das toxinas presentes, que provocam danos ao sistema digestivo dos insetos alvo, levando à morte.

Grupo Químico e Tipo de Formulação
O produto classificado como inseticida microbiológico é baseado no ingrediente ativo Bacillus thuringiensis, especificamente a subespécie Kurstaki, linhagem EG 2348. Este ingrediente ativo é um produto microbiológico que atua por meio da ingestão e é apresentado na forma de uma suspensão concentrada (SC), contendo 72 g de endotoxina ativa por litro, o que equivale a 7,20% m/v. Esta formulação é projetada para ser eficaz no controle de várias pragas em diversas culturas, transferindo as propriedades patogênicas da bactéria para as larvas das pragas que a ingerem, levando à morte dos insetos-alvo.
Registro e Titular do Produto
O produto ABLE, classificado como um inseticida microbiológico, é registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil sob o número 02798. O titular do registro é a empresa Mitsui & Co (Brasil) S.A., com CNPJ 61.139.697/0001-70. A empresa está localizada na Avenida Paulista, 1.842, 23º andar – Edifício Cetenco Plaza – Torre Norte, em São Paulo, SP, com o CEP 01310-923. O contato da empresa pode ser feito pelo telefone (11) 3371-9700 e fax (11) 3371-9709.
Este registro é fundamental para a comercialização e utilização do produto, garantindo que esteja em conformidade com as normas vigentes e assegurando a eficácia e segurança do mesmo no controle de pragas agrícolas.

Diagnóstico
O diagnóstico relacionado ao uso do produto ABLE é definido pela confirmação de exposição ao produto e pela observação de um quadro clínico compatível com a intoxicação. É importante destacar que, em caso de suspeita de intoxicação, não existe um antídoto específico disponível. O tratamento deve ser sintomático e direcionado à manutenção da saúde do paciente.
É aconselhável que, para obter informações especializadas sobre o diagnóstico e tratamento, os profissionais entrem em contato com o Disque-Intoxicação através do número 0800-722-6001, que pertence à Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (RENACIAT/ANVISA/MS).
Além disso, intoxicações por agrotóxicos e produtos semelhantes são consideradas Doenças e Agravos de Notificação Compulsória, portanto é necessário notificar os casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/MS) e no Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (Notivisa). Para emergências relacionadas ao produto, a empresa responsável, Mitsui & Co. (Brasil) S.A., pode ser contatada pelo telefone (11) 3371-9700.
Tratamento
O tratamento em caso de intoxicação pelo produto é sintomático e de manutenção, uma vez que não existe antídoto específico disponível para reverter os efeitos da exposição ao produto. É fundamental que após a confirmação da intoxicação, o paciente receba os cuidados adequados e suporte necessário enquanto os efeitos do produto se esgotam naturalmente no organismo.
Adicionalmente, recomenda-se a notificação de casos de intoxicações pelo Disque-Intoxicação, cujo número é 0800-722-6001. Os profissionais de saúde devem estar cientes de que as intoxicações por agrotóxicos são incluídas entre as Doenças e Agravos de Notificação Compulsória, devendo ser inseridas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/MS) e no Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (Notivisa).
Contraindicações
A indução do vômito é contraindicada ao usar este produto devido ao risco de aspiração e desenvolvimento de pneumonite química. Essa recomendação é fundamental para segurança no manejo e aplicação do inseticida, uma vez que o contato inadvertido com o produto pode levar a complicações respiratórias graves. É essencial que os usuários sigam as orientações do rótulo e da bula, garantindo a correta utilização do inseticida e minimizando riscos para a saúde.

Efeitos Sinérgicos
Os estudos realizados sobre o produto ABLE, que contém Bacillus thuringiensis como ingrediente ativo, indicam que não se conhecem casos de efeitos sinérgicos associados a este produto. Isso significa que, até o momento, não foram documentadas interações que potencializem ou alterem a eficácia do ABLE quando usado em conjunto com outros produtos ou substâncias. Portanto, é importante considerar que a aplicação deste inseticida deve ser realizada conforme as recomendações da bula, sem a expectativa de que sua eficácia seja aumentada por combinações com outros produtos químicos.
Mecanismo de Ação
O ABLE é um inseticida biológico a base de Bacillus thuringiensis Kurstaki, especificamente a linhagem EG2348. Este produto atua predominantemente por ingestão, sendo eficaz no controle de lagartas, que são a fase larval de lepidópteros.
Quando as larvas ingerem as toxinas presentes no ABLE, ocorre uma reação destrutiva nas células epiteliais do intestino médio, levando à ruptura do tecido intestinal e, subsequentemente, ao desencadeamento de um quadro de infecção generalizada, conhecido como septicemia. Este processo resulta na morte das lagartas que consomem o produto.
Os estudos realizados em animais de laboratório demonstraram que o Bacillus thuringiensis não é patogênico para humanos, sendo rapidamente absorvido e eliminado da corrente sanguínea, sem acumulação nos órgãos ou tecidos. O prazo máximo para eliminação dos esporos do organismo é de até 10 semanas.
Dessa forma, o mecanismo de ação do ABLE efetivamente controla pragas específicas, preservando a segurança para os seres humanos e o meio ambiente, sendo classificado como um produto de baixa toxicidade e periculosidade.

Efeitos Agudos e Crônicos para Animais de Laboratório
O produto ABLE, que contém Bacillus thuringiensis como ingrediente ativo, apresenta um perfil de segurança que indica que não é patogênico para o ser humano e efeitos adversos crônicos não foram observados em testes laboratoriais com animais. Nos estudos realizados, os efeitos agudos medidos através da dose letal (DL50) oral para ratos foi superior a 5.000 mg/kg, o que significa que essa dose é considerada alta e, portanto, o produto possui baixa toxicidade em exposições agudas.
Além disso, a DL50 dérmica para ratos também é superior a 5.000 mg/kg, indicando que a via de exposição pela pele não produz efeitos tóxicos significativos, reforçando a segurança do Bacillus thuringiensis para uso em ambientes agrícolas. Em relação aos efeitos crônicos, estudos demonstraram que o produto não se acumula nos órgãos e tecidos, sendo rapidamente eliminado da circulação sanguínea dentro de um período máximo de 10 semanas, o que minimiza riscos de efeitos adversos a longo prazo em animais de laboratório.
Essa avaliação destaca a segurança do ABLE como uma ferramenta de controle de pragas, permitindo o seu uso em práticas agrícolas sem a expectativa de danos agudos ou crônicos significativos para os organismos não-alvo, conforme indicado nos dados disponíveis.
Instruções de Uso - Alvos Controlados
O produto ABLE é um inseticida biológico à base de Bacillus thuringiensis Kurstaki EG2348, destinado ao controle de várias pragas que afetam diversas culturas. As instruções de uso especificam os alvos controlados, as doses recomendadas, o volume de calda a ser utilizado e o número máximo de aplicações permitidas.

Alvos Controlados e Doses
Os principais alvos controlados pelo ABLE incluem:
Broca-das-curcubitáceas (Diaphania nitidalis)
- Dose: 75 mL/100 L de água
- Volume de calda: 100 a 2000 L, dependendo da cultura
- Número máximo de aplicações: 3
- Observação: Monitorar adultos e ovos nas plantas.
Helicoverpa (Helicoverpa armigera)
- Dose: 500 a 750 mL/ha
- Número máximo de aplicações: 3
- Observação: Aplicar quando constatadas larvas de até 3º instar.
Bicho-furão (Ecdytolopha aurantiana)
- Dose: 50 mL/100 L de água
- Número máximo de aplicações: 3
- Observação: Monitorar adultos e aplicações preventivas.
Lagarta-das-palmeiras (Brassolis sophorae)
- Dose: 100 mL/100 L de água
- Número máximo de aplicações: 3
- Observação: Aplicar em larvas até 3º instar.
Curuquerê-da-couve (Ascia monuste orseis)
- Dose: 50 mL/100 L de água
- Número máximo de aplicações: 3
- Observação: Monitoramento semelhante requerido.
Traça-das-crucíferas (Plutella xylostella)
- Dose: 500 mL/ha
- Número máximo de aplicações: 3
- Observação: Aplicação preventiva baseando-se em monitoramento.
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis)
- Dose: 500 mL/ha
- Número máximo de aplicações: 3
- Observação: Aplicar ao detectar larvas de até 3º instar.
Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta)
- Dose: 100 mL/100 L de água
O uso do ABLE deve ser sempre acompanhado de boas práticas agrícolas e o monitoramento rigoroso das pragas é essencial para garantir a eficácia do controle. É importante observar que para melhores resultados, as aplicações são preferencialmente feitas ao entardecer, quando a exposição ao sol é menor e a umidade relativa do ar é superior.

Modo de Aplicação
O produto ABLE deve ser diluído em água limpa e aplicado na forma de pulverização sobre as plantas, seguindo as doses recomendadas. A boa cobertura de pulverização é essencial para uma aplicação eficiente, sendo que quanto maior a planta e seu enfolhamento, maior será o volume de calda necessário para distribuir uniformemente o produto nas folhas e/ou frutos.
É importante evitar a pulverização durante as horas mais quentes do dia, quando a umidade relativa do ar é inferior a 60%, e com ventos superiores a 10 km/h, para garantir a eficácia do tratamento.
Volume de Calda
O volume de calda a ser utilizado varia conforme as culturas. Por exemplo, para hortaliças como abóbora, abobrinha, alface, e outras, o volume de calda recomendado é de 400 a 800 L/ha. Para tomate e batata, recomenda-se 1000 L/ha. Nas culturas arborícolas como café, citros e maçã, deve-se aplicar entre 600 e 2000 L/ha.
Equipamentos de Aplicação
Para hortaliças, especialmente em cultivos protegidos como estufas ou sistemas de túneis baixos, é indicado usar pulverizadores manuais, pressurizados ou tratorizados com bicos de jato cônico vazio da série D ou similar. Para culturas arborícolas, o mesmo tipo de pulverizador deve ser utilizado, com uma pressão de trabalho suficiente para proporcionar gotas de tamanho adequado (entre 50 e 200 μm) para uma boa cobertura das plantas.

Precauções Durante a Aplicação
Durante a aplicação do produto, o operador deve evitar ao máximo o contato com a área tratada e aplicar somente nas doses recomendadas, observando o intervalo de segurança (intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita). Não deve ser aplicada em áreas onde crianças, animais ou pessoas não autorizadas possam entrar até que o produto seque completamente. Além disso, é recomendado sinalizar a área tratada com avisos que proíbam a entrada até o fim do período de reentrada.
Essas orientações garantem a correta aplicação do produto, maximizando sua eficácia no controle das pragas enquanto minimizam os riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
Intervalo de Segurança
O intervalo de segurança para o produto ABLE, que contém como ingrediente ativo o Bacillus thuringiensis, não foi determinado em função da não necessidade de estipular o limite máximo de resíduo (LMR) para este ingrediente ativo. Isso significa que, devido à natureza do Bacillus thuringiensis, não há restrições rigorosas quanto ao tempo em que se deve esperar após a aplicação do produto antes da colheita. Desta forma, os usuários podem aplicar o produto conforme as orientações de uso, sem preocupações adicionais relacionadas a períodos de espera prolongados.
Intervalo de Reentrada de Pessoas
O intervalo de reentrada de pessoas nas culturas e áreas tratadas com o produto ABLE deve ser respeitado para garantir a segurança. É importante não entrar na área onde o produto foi aplicado antes que a calda esteja completamente seca, o que deve ocorrer no mínimo 24 horas após a aplicação. Caso haja necessidade de entrar na área antes desse período, é essencial utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados durante a aplicação. Esta medida ajuda a minimizar o risco de exposição ao produto e protege a saúde dos trabalhadores e usuários.

Limitações de Uso
O produto ABLE apresenta algumas limitações de uso que devem ser rigorosamente seguidas para garantir a eficácia do controle de pragas e a segurança do meio ambiente. É importante não realizar aplicação sob prenúncio de chuva, pois a eficiência do produto pode ser comprometida caso ocorra precipitação até 24 horas após o tratamento. Além disso, recomenda-se que a aplicação seja feita preferencialmente ao entardecer ou anoitecer para obter melhor performance.
Outro ponto crucial é a restrição ao uso do produto apenas de acordo com as recomendações da bula. A mistura com outros produtos é desencorajada, visto que pode prejudicar a eficácia do tratamento. O ABLE não provocará fitotoxicidade quando utilizado nas doses e condições recomendadas, mas é essencial que não seja utilizado em caldas alcalinas (com pH > 8,0).
Armazenar o ABLE em ambientes secos e frescos, mantendo a embalagem sempre bem fechada quando não estiver em uso, também é uma parte fundamental das limitações de uso, assegurando a conservação do produto e evitando potenciais acidentes. Essas diretrizes visam a maximização do controle efetivo das pragas enquanto se minimizam os riscos ambientais e à saúde humana.

Informações sobre Equipamentos de Proteção Individual
Ao utilizar o produto ABLE, é imprescindível seguir as recomendações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Os EPIs são essenciais para garantir a segurança do aplicador e minimizar o risco de exposição ao produto.
Os EPIs recomendados incluem:
- Macacão de algodão hidrorrepelente com mangas compridas, que deve ser usado sobre as calças e luvas.
- Botas de borracha para proteção dos pés.
- Avental impermeável que oferece uma camada adicional de proteção contra respingos.
- Máscara com filtro mecânico, sendo a classe P2 indicada (ou P3 quando necessário) para evitar a inalação de partículas do produto.
- Óculos de segurança com proteção lateral, que são fundamentais para proteger os olhos de possíveis respingos.
- Luvas de nitrila para evitar contato direto da pele com o produto.
Durante o preparo e a aplicação da calda, os usuários devem garantir que o manuseio ocorra em local aberto e ventilado para reduzir riscos associados a vapores e partículas do produto. É igualmente importante estar atento à condição e à limpeza dos EPIs, utilizando-os dentro da validade e conforme as recomendações do fabricante sobre limpeza e conservação.
Essas diretrizes têm como objetivo proteger a saúde do aplicador, evitar contaminações e garantir uma aplicação eficiente do produto, minimizando riscos tanto ao meio ambiente quanto à segurança pessoal.

Precauções Relativas à Saúde Humana
O manuseio do produto ABLE devem ser realizados com atenção e seguindo rigorosas precauções para garantir a segurança do aplicador e de terceiros. Antes de usar o produto, é fundamental ler cuidadosamente as instruções contidas na bula e seguir as recomendações de uso.
Este produto é considerado potencialmente irritante para os olhos e os microrganismos que o compõem podem provocar reações de sensibilização em indivíduos predispostos. Portanto, é crucial que pessoas com histórico de imunossupressão, como indivíduos imunocomprometidos, não manuseiem ou apliquem este produto.
Pessoas que tenham realizado cirurgias oculares, como trabeculectomia ou implante de lente intraocular, também são aconselhadas a evitar o manuseio do produto devido ao potencial risco de complicações. Além disso, é fortemente recomendado que o produto seja manuseado apenas por trabalhadores capacitados.
Durante a manipulação e aplicação, é proibido comer, beber ou fumar, assim como o transporte do produto junto a alimentos, medicamentos ou rações. Se ocorrer contato acidental com o produto, a lavagem imediata da área afetada é necessária, utilizando abundante água e sabão, e em caso de irritação persistente, deve-se procurar assistência médica levando a embalagem e bula do produto como referência.
Finalmente, o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é obrigatório. Os EPIs recomendados incluem macacão, botas, avental, máscara, óculos de proteção, touca árabe e luvas. Seguir estas diretrizes é essencial para garantir a segurança durante o uso do produto.

Precauções Relativas ao Meio Ambiente
O uso do produto ABLE requer atenção especial às precauções relativas ao meio ambiente, uma vez que ele é classificado como pouco perigoso para o meio ambiente (Classe IV). É essencial seguir algumas diretrizes para evitar a contaminação ambiental e garantir a preservação da natureza:
Evitar Contaminação: O usuário deve evitar a contaminação ambiental em geral, utilizando o produto de maneira adequada e responsável.
Equipamentos em Bom Estado: Antes da aplicação, é importante garantir que os equipamentos utilizados não apresentem vazamentos. Equipamentos danificados podem causar a liberação indevida do produto no ambiente.
Condições para Aplicação: O produto não deve ser aplicado em dias com ventos fortes ou durante as horas mais quentes do dia, pois isso pode aumentar a dispersão do produto e o impacto ambiental.
Dosagem Correta: Aplicar somente as doses recomendadas é crucial para minimizar os riscos de contaminação. O uso de quantidades excessivas não apenas compromete a eficácia do controle de pragas, mas também pode causar danos aos ecossistemas.
Manutenção da Embalagem: É imprescindível que as embalagens ou restos de produtos não sejam lavados em corpos d'água, como lagos ou rios. Isso ajuda a prevenir a contaminação da água, que pode afetar a fauna e flora locais.
Essas precauções são fundamentais para garantir não apenas a eficácia do controle de pragas, mas também a proteção do meio ambiente e da saúde pública. O cumprimento rigoroso dessas diretrizes contribui para uma agricultura mais sustentável e segura.

Instruções em Caso de Acidentes
Em caso de acidentes com o produto ABLE, que contém Bacillus thuringiensis, é crucial seguir uma série de procedimentos de segurança para mitigar riscos e garantir a saúde dos envolvidos. O primeiro passo é isolar e sinalizar a área contaminada para evitar que outras pessoas se aproximem. É aconselhável contatar as autoridades locais competentes e a empresa MITSUI & CO. (BRASIL) S.A. pelo telefone (11) 3371-9700.
Durante o atendimento a um acidente, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como macacão impermeável, luvas e botas de borracha, óculos protetor e máscara com filtros, é obrigatório. Para derramamentos, deve-se estanque o escoamento para evitar que o produto entre em bueiros, drenos ou corpos d’água.
No caso de um derrame em piso pavimentado, recomenda-se absorver o produto com serragem ou areia, recolher o material com auxílio de uma pá e colocar em recipiente lacrado e identificado. O produto derramado não deve ser mais utilizado, e deve-se consultar a empresa registrante para a devolução e destinação final.
Se o produto for derramado no solo, é necessário retirar as camadas de terra contaminada até atingir o solo não contaminado, recolher esse material e colocá-lo em recipiente lacrado e devidamente identificado, contatando a empresa registrante conforme necessário.
Em situações onde o produto contamina corpos d’água, é vital interromper imediatamente a captação para o consumo humano ou animal, e entrar em contato com o órgão ambiental mais próximo e o centro de emergência da empresa, já que as ações a serem adotadas dependem da gravidade do acidente e das características do corpo hídrico afetado.
Nos casos de incêndio, o combate deve ser feito utilizando extintores de água em forma de neblina, de CO2 ou pó químico, sempre ficando a favor do vento para evitar intoxicação.
Seguir essas orientações com rigor pode ajudar a evitar consequências graves em caso de acidentes com o uso do produto.

Procedimentos para Devolução e Destinação de Embalagens
A devolução e destinação adequada das embalagens vazias do produto ABLE são fundamentais para a preservação do meio ambiente e a segurança na manipulação de produtos químicos. Os usuários devem seguir as seguintes diretrizes:
Devolução da Embalagem Vazia:
- É obrigatória a devolução da embalagem vazia, com tampa, dentro do prazo de um ano após a compra. O usuário deve retornar a embalagem ao estabelecimento onde o produto foi adquirido ou no local indicado na nota fiscal.
- Se o produto não tiver sido totalmente utilizado dentro desse prazo e ainda estiver dentro do seu prazo de validade, será permitido a devolução da embalagem em até seis meses após o término do prazo de validade.
Comprovante de Devolução:
- É importante que o usuário mantenha o comprovante de devolução por um período mínimo de um ano, pois esse documento é necessário para fiscalização.
Transporte de Embalagens Vazias:
- As embalagens vazias não devem ser transportadas juntamente com alimentos, bebidas, medicamentos, rações, animais ou pessoas, para evitar qualquer risco de contaminação.
Destinação Final das Embalagens:
- Após a devolução, a destinação final das embalagens vazias deve ser realizada apenas pela empresa registrante ou por empresas autorizadas pelos órgãos competentes.
- É estritamente proibido que o usuário reutilize ou recicle a embalagem vazia, bem como a realização de fracionamento e rembalagem do produto.
Efeitos da Destinação Inadequada:
- A destinação inadequada de embalagens vazias e restos de produtos pode resultar em contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde humana.
Seguir esses procedimentos é vital para garantir a segurança e a proteção do meio ambiente, além de cumprir com as regulamentações estabelecidas pelos órgãos competentes.

Manejo de Resistência
O manejo de resistência é uma prática crucial na aplicação de inseticidas, como o ABLE, para garantir a eficácia no controle de pragas ao longo do tempo. A resistência das pragas a agrotóxicos pode levar a problemas econômicos significativos, resultando em falhas no controle e aumento da infestação.
Para evitar o desenvolvimento de resistência, é fundamental seguir algumas estratégias de manejo:
Rotação de Produtos: Deve-se alternar o uso de produtos com mecanismos de ação distintos. Essa rotação diminui a probabilidade das pragas se tornarem resistentes a um único tipo de inseticida.
Intervalo de Aplicações: Aplicações sucessivas do ABLE podem ser feitas, desde que o intervalo total de aplicações não exceda o período de uma geração da praga-alvo. Respeitar o intervalo entre aplicações permite que os organismos voltem a ser suscetíveis ao produto.
Número Máximo de Aplicações: É importante seguir as recomendações de bula sobre o número máximo de aplicações permitidas, para não induzir a resistência.
Aplicações Direcionadas: Sempre que possível, as aplicações devem ser feitas nas fases mais suscetíveis das pragas, permitindo um controle mais eficiente.
Manejo Integrado de Pragas (MIP): Este método envolve a combinação de várias práticas de controle, como rotação de culturas, uso de variedades resistentes e controle biológico. A inclusão de táticas de controle químico deve ser feita com cautela, utilizando produtos de diferentes grupos químicos com mecanismos de ação distintos.
Além disso, recomenda-se a consulta a um engenheiro agrônomo para orientações específicas sobre as estratégias regionais de manejo de resistência e a aplicação de inseticidas. Informações sobre possíveis casos de resistência devem ser reportadas ao IRAC-BR ou ao Ministério da Agricultura e Pecuária.
Adotar estas práticas ajuda a preservar a eficácia do ABLE como ferramenta de manejo de pragas, garantindo a sustentabilidade da produção agrícola e minimizando os riscos associados ao desenvolvimento de resistência.

Manejo Integrado de Pragas
O manejo integrado de pragas é uma abordagem abrangente que combina diferentes técnicas de controle para minimizar as populações de pragas de forma eficiente e sustentável. Esse método envolve a integração de diversas estratégias, que incluem o controle cultural, biológico e químico, sempre visando a redução do uso de pesticidas e a proteção do meio ambiente.
Um aspecto essencial do manejo integrado é a alternância de produtos químicos com diferentes mecanismos de ação. A utilização repetitiva do mesmo produto ou de produtos do mesmo grupo pode levar ao desenvolvimento de resistência por parte das pragas, tornando o controle menos efetivo ao longo do tempo. Portanto, a rotação de inseticidas, a aplicação de tratamentos direcionados às fases mais vulneráveis das pragas e a adoção de práticas como o controle biológico e a rotação de culturas são medidas recomendadas.
Adicionalmente, é importante que os produtores se mantenham atentos às diretrizes e recomendações específicas de manejo de resistência e consultem profissionais habilitados, como agrônomos, para otimizar a eficácia das estratégias de controle de pragas. Isso não apenas contribui para um cultivo mais saudável e produtivo, mas também ajuda a preservar a biodiversidade e a qualidade do meio ambiente.

Primeiros Socorros
Em caso de exposição ao produto ABLE, que contém Bacillus thuringiensis como ingrediente ativo, é importante seguir as orientações de primeiros socorros detalhadas a seguir:
Pele: Caso ocorra contato com a pele, lave imediatamente a área afetada com muita água e sabão em abundância. Se houver irritação persistente, busque atendimento médico, levando a embalagem e a bula do produto.
Olhos: Em caso de contato do produto com os olhos, lave-os com abundante água corrente durante pelo menos 15 minutos. É crucial evitar que a água de lavagem entre no outro olho. Após o procedimento, procure um serviço médico, levando consigo a embalagem e a bula do produto.
Ingestão: Se houver ingestão acidental do produto, não provoque vômito. Não ofereça alimentos ou bebidas à vítima. Busque ajuda médica imediatamente.
Inalação: Se o produto for inalado, leve a pessoa afetada para um local aberto e ventilado para respirar ar fresco. Se houver dificuldade respiratória persistente, procure assistência médica.
Essas medidas são fundamentais para minimizar os riscos à saúde e garantir atendimento adequado em caso de acidentes com o uso do produto.

Informações Médicas
O produto ABLE, que contém como princípio ativo o Bacillus thuringiensis subespécie Kurstaki, Linhagem EG 2348, é classificado como um inseticida biológico de categoria 5, o que significa que é improvável que cause dano agudo aos seres humanos. Este produto é utilizado para o controle de várias espécies de lagartas (estágio larval de lepidópteros) em diversas culturas.
As vias de exposição ao produto incluem a oral, inalatória, ocular e dérmica. Embora o Bacillus thuringiensis seja uma bactéria geralmente considerada segura, há relatos na literatura de que certas linhagens podem causar quadros de intoxicação alimentar, mostrando que na sua proximidade genética com o B. cereus existe a possibilidade de produzir enterotoxinas diarreicas, levando a sintomas como diarreia em casos de ingestão acidental de produtos que contenham essa bactéria.
Além disso, foram registrados casos de sensibilização cutânea e respiratória, bem como irritação ocular em indivíduos expostos ao Bacillus thuringiensis. A sociedade médica recomenda cautela especial para indivíduos imunossuprimidos, que podem ser mais suscetíveis a infecções por esta bactéria.
Em estudos realizados em animais de laboratório, não foram observados efeitos patogênicos do produto, revelando-se seguro e não acumulativo nos órgãos e tecidos, com uma eliminação rápida dos esporos do produto em até 10 semanas após a exposição. Portanto, para assegurar a segurança durante o uso do produto, é fundamental seguir todas as precauções e recomendações dispostas na bula.

Transporte de Agrotóxicos
O transporte de agrotóxicos, componentes e afins deve seguir rigorosamente as normas estabelecidas pela legislação específica. É crucial que os agrotóxicos não sejam transportados em conjunto com alimentos, bebidas, medicamentos, rações, animais ou pessoas, a fim de evitar contaminações e garantir a segurança de todos.
Adicionalmente, recomenda-se que as embalagens dos agrotóxicos estejam devidamente identificadas e seladas para prevenir vazamentos durante o transporte. Deve-se sempre usar veículos apropriados para o transporte, que proporcionem segurança e proteção contra acidentes.
O cumprimento dessas diretrizes é fundamental para preservar não apenas a saúde pública, mas também o meio ambiente, evitando a contaminação de recursos hídricos e do solo. É essencial que todos os envolvidos no manejo e no transporte de agrotóxicos estejam cientes e sigam as recomendações vigentes estabelecidas pelos órgãos competentes.

Restrições Estabelecidas por Órgão Competente
As restrições estabelecidas por órgãos competentes no Brasil têm como objetivo garantir o uso seguro e responsável dos produtos agrotóxicos, incluindo o inseticida ABLE, registrado pela Mitsui & Co. (Brasil) S.A. É fundamental seguir as recomendações aprovadas pelas autoridades responsáveis, como a ANVISA e o MAPA, a fim de minimizar riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
As restrições podem incluir limites ao uso de certos produtos em áreas específicas, recomendações sobre os períodos adequados de aplicação e a proibição de utilização em determinadas condições climáticas que possam comprometer a eficácia do produto e aumentar o potencial de contaminação ambiental. Além disso, é proibido o transporte de agrotóxicos juntamente com alimentos, medicamentos, rações, animais e pessoas, garantindo a segurança múltipla durante o manejo e transporte deste tipo de produto.
O cumprimento dessas restrições é essencial para proporcionar segurança ao operador, à população e ao meio ambiente, evitando consequências negativas decorrentes de práticas inadequadas no uso de agrotóxicos. Portanto, a observação rigorosa dessas diretrizes é imprescindível para o manejo responsável e sustentável das atividades agrícolas.
Marca comercial | Able |
Titular do registro | Mitsui & Co (Brasil) S.A. |
Número do registro | 2798 |
CNPJ | 61.139.697/0001-70 |
Classificação ambiental | IV - Produto Pouco Perigoso Ao Meio Ambiente |
Classificação toxicológica | 5 - Categoria 5 – Produto Improvável De Causar Dano Agudo |
Modo de ação | Ingestão |
Técnica de aplicação | Terrestre |
Compatibilidade | Não Se Conhecem Casos De Incompatibilidade. |
Inflamável | Não |
Corrosivo | Não |
Formulação | Sc - Suspensão Concentrada |
Observação |
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