O Dicarzol 500 SP é um potente inseticida e acaricida formulado para o controle eficaz de diversas pragas em culturas agrícolas. Com uma composição que inclui o ativo Cloridrato de Formetanato, este produto demanda atenção especial no seu manejo devido à sua alta toxicidade e impacto ambiental. Neste post, exploraremos as características, dose de aplicação, modos de uso e as precauções necessárias para garantir a segurança do operador e do meio ambiente.
Identificação do Produto
O produto em questão é denominado Dicarzol 500 SP, um inseticida e acaricida. Ele pertence ao grupo químico dos metilcarbamatos de fenila e é registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) sob o número 03493. Sua formulação é apresentada na forma de pó solúvel em água, identificada pela sigla "SP" (solúvel em pó). O CNPJ da empresa responsável pelo registro é 67.148.692/0001-90, sendo a titularidade do produto da empresa Gowan Produtos Agrícolas Ltda., cuja sede está localizada na Avenida Mackenzie, 1835, Campinas, SP.
O modo de ação do Dicarzol 500 SP é tanto de contato quanto de ingestão, indicado para o controle de pragas em várias culturas, como abacate, abóbora, alface, entre outras. É classificado como um produto de alta toxicidade e muito perigoso ao meio ambiente, pertencendo à categoria de classe II na toxicologia e exigindo atenção especial nas suas aplicações e manuseios.
Registro e Titular do Produto
O produto Dicarzol 500 SP, um inseticida e acaricida, é registrado sob o número de registro 3493 no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). O titular do registro desse produto é a empresa Gowan Produtos Agrícolas Ltda., cuja matriz está localizada em Campinas, SP. O CNPJ da empresa é 67.148.692/0001-90.
Este registro e a titularidade garantem que o produto foi avaliado e aprovado pelas autoridades competentes, assegurando sua qualidade e segurança para uso em diferentes culturas agrícolas.
Composição do Produto Dicarzol 500 SP
O Dicarzol 500 SP é um produto formulado para o controle de pragas na agricultura, classificado como inseticida e acaricida. Sua composição ativa consiste em 58,2% (582 gramas por quilogramas) de Cloridrato de Formetanato (Nome IUPAC: 3-Dimethylaminomethyleneiminophenyl Methylcarbamate Hydrochloride), que é um composto do grupo químico metilcarbamato de fenila, conhecido por sua ação eficaz contra diversos insetos.
Além do Cloridrato de Formetanato, o produto contém outros ingredientes que completam a formulação, totalizando 41,8% (418 gramas por quilogramas) de outros componentes inertes. Esses ingredientes inertes são essenciais para a estabilidade da formulação e para melhorar a eficácia do produto na aplicação, embora detalhes específicos sobre eles não sejam divulgados.
É importante ressaltar que, por conter substâncias químicas altamente tóxicas e ser classificado como um produto muito perigoso ao meio ambiente, o manuseio e aplicação do Dicarzol devem ser realizados com cautela, sempre seguindo as instruções presentes na bula e utilizando equipamentos de proteção individual adequados.
Grupo Químico e Tipo de Formulação
O produto DICARZOL 500 SP pertence ao grupo químico dos Metilcarbamatos de Fenila, especificamente identificado como Cloridrato de Formetanato. Este grupo é conhecido por sua atividade inseticida e acaricida, possuindo uma ação que promove tanto o contato quanto a ingestão dos organismos-alvo.
Em termos de formulação, DICARZOL é apresentado na forma de "Pó Solúvel" (SP), que é uma forma altamente concentrada que, ao ser misturada com água, resulta em uma solução pronta para aplicação nas culturas agrícolas. Essa forma de apresentação permite uma melhor manipulação e aplicação do produto, facilitando sua utilização em diversas culturas para o controle eficaz de pragas.
O uso correto da formulação e o conhecimento sobre o grupo químico são fundamentais para assegurar a eficácia do produto enquanto se minimizam os riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
Instruções de Uso do Produto - Cultura
Dicarzol 500 SP é um inseticida e acaricida do grupo químico metilcarbamato de fenila. É indicado para o controle de pragas em diversas culturas. As instruções de uso especificam a aplicação nas seguintes culturas e as pragas que devem ser controladas:
Abacate
- Praga: Tripes-do-cacaueiro (Selenothrips rubrocinctus)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 1.000 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: No início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 14 dias.
- Intervalo de segurança: 21 dias.
Abóbora
- Praga: Tripes (Thrips palmi)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 1.000 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: Inicie no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 7 dias.
- Intervalo de segurança: 7 dias.
Abobrinha
- Praga: Tripes (Thrips palmi)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 1.000 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: Realize a primeira aplicação no início da infestação e reaplique necessário, com intervalo mínimo de 7 dias.
- Intervalo de segurança: 7 dias.
Alface
- Praga: Tripes (Frankliniella schultzei)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 500 L de calda/ha adicionando açúcar na proporção de 1% (1,0 kg/100 L de calda).
- Época de Aplicação: Realize a primeira aplicação após o transplante, no início da infestação e reaplique 5 dias após a primeira aplicação.
- Intervalo de segurança: 25 dias.
Alho
- Praga: Tripes (Thrips tabaci)
- Dose: 582 g i.a. / ha
- Volume de Calda: Aplique 1.000 L de calda/ha adicionando açúcar na proporção de 1% (1,0 kg/100 L de calda).
- Época de Aplicação: Aplique no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 7 dias.
- Intervalo de segurança: 7 dias.
Batata
- Praga: Tripes (Thrips palmi)
- Dose: 349,2 a 582 g i.a. / ha
- Volume de Calda: Aplique 800 L de calda/ha adicionando açúcar na proporção de 1% (1,0 kg/100 L de calda).
- Época de Aplicação: Aplique no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 5 dias.
- Intervalo de segurança: 21 dias.
Cacau
- Praga: Tripes-do-cacaueiro (Selenothrips rubrocinctus)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 1.000 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: Aplique no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 14 dias.
- Intervalo de segurança: 21 dias.
Citros
- Pragas: Ácaro-da-falsa-ferrugem (Phyllocoptruta oleivora) e Psilídeo (Diaphorina citri)
- Dose: 8,73 a 14,55 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 2.000 a 4.000 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: Ácaro: com 20% de infestação e Psilídeo: logo após a constatação da presença.
- Intervalo de segurança: 21 dias.
Feijão
- Praga: Tripes (Thrips palmi)
- Dose: 349,2 a 582 g i.a. / ha
- Volume de Calda: Aplique 400 L de calda/ha adicionando açúcar na proporção de 1% (1,0 kg/100 L de calda).
- Época de Aplicação: No início da infestação, reaplicando se necessário, com intervalo mínimo de 7 dias.
- Intervalo de segurança: 21 dias.
Mamão
- Pragas: Tripes (Thrips palmi e Thrips tabaci)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 500 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: Inicie no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 14 dias.
- Intervalo de segurança: 21 dias.
Manga
- Praga: Tripes-do-cacaueiro (Selenothrips rubrocinctus)
- Dose: 29,1 a 72,75 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 800 a 1.000 L de calda/ha, adicionando açúcar na proporção de 1% (1,0 kg/100 L de calda).
- Época de Aplicação: Pulverização foliar a partir do início da floração até a fase de “chumbinho”.
- Intervalo de segurança: 80 dias.
Maracujá
- Pragas: Tripes (Thrips palmi e Thrips tabaci)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 500 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: Aplique no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalos mínimos de 14 dias.
- Intervalo de segurança: 21 dias.
Melancia
- Praga: Tripes (Thrips palmi)
- Dose: 72,75 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 1.000 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: Inicie no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 7 dias.
- Intervalo de segurança: 80 dias.
Pepino
- Praga: Tripes (Thrips palmi)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 1.000 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: Aplique no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 7 dias.
- Intervalo de segurança: 7 dias.
Pimentão
- Praga: Tripes (Thrips palmi)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 1.000 L de calda/ha, adicionando açúcar na proporção de 1% (1,0 kg/100 L de calda).
- Época de Aplicação: Aplique no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 7 dias.
- Intervalo de segurança: 3 dias.
Tomate
- Pragas: Tripes (Thrips palmi e Frankliniella schultzei)
- Dose: 58,2 g i.a. / 100 L de água
- Volume de Calda: Aplique 1.000 L de calda/ha.
- Época de Aplicação: Aplique no início da infestação e reaplique se necessário, com intervalo mínimo de 7 dias.
- Intervalo de segurança: 7 dias.
Estas informações de uso são essenciais para garantir a eficácia do Dicarzol 500 SP e minimizar os impactos adversos nas culturas. É fundamental seguir rigorosamente as doses, os intervalos de segurança e as épocas de aplicação para otimizar o controle de pragas e garantir a saúde das plantas.
Modo de Aplicação
O Dicarzol 500 SP deve ser aplicado via foliar, em solução aquosa, utilizando distintos tipos de equipamentos, que podem incluir pulverizadores manuais costais ou motorizados, tração tratorizada com barras, turbo atomizadores ou mangueiras com pistola e bico.
Os bicos recomendados para a aplicação incluem aqueles com jato cônico, como os modelos Cone Jet TXVK-8, TXVS-10, D2, D5-25, D-6, D-12, ou bicos de jato plano, tipo 110-02, com pressão de trabalho variando entre 40 a 300 lb/pol². Durante a aplicação, é essencial garantir uma densidade de 50 a 70 gotas/cm², utilizando diâmetros de gota entre 50 a 200 μm.
É importante realizar a aplicação em condições climáticas favoráveis, evitando ventos fortes, com a umidade relativa do ar acima de 55% e a temperatura abaixo de 30ºC. Para melhores resultados, recomenda-se que a pulverização assegure uma boa cobertura de todas as partes da planta a ser protegida.
Intervalo de Segurança - Intervalo de Segurança por Cultura
O intervalo de segurança é um período crucial que deve ser observado após a aplicação de produtos agroquímicos, garantindo que a colheita não contenha resíduos prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente. Para o produto Dicarzol 500 SP, os intervalos de segurança variam conforme a cultura:
- Pimentão: 3 dias
- Abóbora, Abobrinha, Alho, Cebola, Melancia, Pepino e Tomate: 7 dias
- Abacate, Batata, Cacau, Citros, Feijão, Mamão e Maracujá: 21 dias
- Alface: 25 dias
- Manga: 80 dias
- Plantas Ornamentais: Uso não alimentar (U.N.A.)
Esses intervalos são fundamentais para assegurar que resíduos do produto não afetem a saúde dos consumidores, promovendo uma prática agrícola responsável. Recomenda-se que os produtores respeitem rigorosamente esses períodos, evitando a colheita ou o consumo das culturas antes que o intervalo de segurança tenha sido cumprido.
Equipamentos de Proteção Individual
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são fundamentais para garantir a segurança do trabalhador que manipula produtos químicos, como o Dicarzol 500 SP. O uso adequado desses equipamentos é essencial para prevenir a exposição a substâncias tóxicas e reduzir os riscos à saúde durante a aplicação do produto.
Recomendação de EPIs
Para manuseio e aplicação do Dicarzol 500 SP, recomenda-se a utilização dos seguintes EPIs, que devem ser vestidos na ordem especificada:
- Macacão de algodão com tratamento hidrorrepelente, com mangas compridas que devem passar por cima do punho das luvas.
- Botas de borracha, que proporcionam proteção nas extremidades inferiores.
- Avental impermeável, que protege a roupa e a pele de respingos.
- Máscara com filtro combinado, que deve ser eficaz contra vapores orgânicos e particulado (filtro mecânico classe P2).
- Óculos de proteção, que previnem o contato do produto com os olhos.
- Touca árabe, que protege os cabelos e impede que o produto entre em contato com a pele.
- Luvas de nitrila, que oferecem proteção contra a penetração de produtos químicos.
Cuidados Durante a Aplicação
Durante a preparação da calda e a aplicação, é crucial que o operador utilize todos os EPIs recomendados. A aplicação do produto deve ser realizada em áreas bem ventiladas e evitando o contato direto com a névoa de aplicação. Em caso de contato acidental com a pele ou qualquer parte do corpo, deve-se seguir as instruções de primeiros socorros descritas no rótulo do produto.
Pós-Aplicação
Após a aplicação do Dicarzol 500 SP, a retirada dos EPIs deve ser feita na ordem inversa ao seu uso, começando pela touca árabe e terminando com o macacão. É importante realizar uma lavagem das luvas enquanto ainda estiverem vestidas para evitar qualquer contaminação acidental.
O uso correto dos EPIs contribui significativamente para a segurança do trabalhador e para a eficácia da operação, sendo uma parte essencial das práticas de manejo seguro de produtos químicos.
Primeiros Socorros
Em caso de intoxicação por Dicarzol 500 SP, é fundamental buscar imediatamente atendimento médico especializado. Ao levar a embalagem, rótulo ou bula do produto, a equipe médica poderá oferecer um tratamento mais preciso e eficaz. O sulfato de atropina é o antídoto recomendado em situações de intoxicação; no entanto, deve ser administrado apenas após o aparecimento dos sintomas.
Orientações Específicas:
Ingestão: Não provoque vômito a menos que um médico o aconselhe. Se o vômito ocorrer de forma espontânea, coloque a pessoa de lado para evitar aspiração. Não ofereça nenhum alimento ou bebida.
Olhos: Caso o produto entre em contato com os olhos, lave imediatamente com água corrente por pelo menos 15 minutos. É importante evitar que a água de lavagem entre no outro olho.
Pele: Em caso de contato com a pele, remova toda a roupa e acessórios contaminados. Lave a área afetada com água corrente e sabão neutro por, no mínimo, 15 minutos.
Inalação: Se a pessoa inalar o produto, mova-a imediatamente para um local aberto e bem ventilado. Para proteger a pessoa que auxilia, é recomendável o uso de luvas e avental impermeável.
As medidas adequadas devem ser seguidas rigorosamente, levando em consideração a segurança de todos os envolvidos no atendimento da emergência.
Manejo da Resistência a Inseticidas
O manejo da resistência a inseticidas é um aspecto crítico na agricultura, especialmente no controle de pragas. A resistência de pragas a agrotóxicos ou quaisquer outros agentes de controle pode se tornar um problema econômico significativo, resultando em falhas no controle de pragas devido à sua adaptação ao uso dos mesmos produtos.
O inseticida Dicarzol 500 SP, classificado no grupo químico Metilcarbamato de Fenila, possui uma ação específica que pode contribuir para o desenvolvimento de resistência se usado de maneira inadequada. É essencial seguir algumas estratégias para prevenir, retardar ou reverter a evolução da resistência.
Aqui estão algumas práticas recomendadas para o manejo eficaz da resistência:
Rotacionar produtos: É fundamental alterar os inseticidas utilizados, optando por produtos com mecanismos de ação distintos do grupo ao qual Dicarzol pertence. Essa rotação pode ajudar a reduzir a pressão de seleção sobre as populações de pragas.
Aplicações sucessivas: O uso repetido de Dicarzol pode ser feito, desde que o período total de aplicações não exceda o intervalo de uma geração da praga-alvo. Respeitar os períodos residuais de tratamento é crucial para evitar a superexposição das pragas ao mesmo agente.
Foco nos estágios vulneráveis: O direcionamento das aplicações para fases específicas das pragas que são mais suscetíveis ao controle pode aumentar a eficiência do produto e ajudar a evitar a resistência.
Práticas de manejo integradas: Incluir táticas complementares, como controle biológico, rotação de culturas e uso de variedades resistentes, cria um controle mais equilibrado e sustentável das pragas.
Consultoria técnica: É sempre recomendado que o agricultor consulte um engenheiro agrônomo para receber orientação sobre as principais estratégias regionais para o manejo de resistência na aplicação de inseticidas.
Adotando essas medidas, será possível manter a eficácia do Dicarzol 500 SP e garantir um manejo mais sustentável das pragas agrícolas.
Manejo Integrado de Pragas
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma abordagem que visa a utilização combinada de diferentes métodos e estratégias para o controle eficiente de pragas, minimizando o impacto ambiental e promovendo a sustentabilidade nas práticas agrícolas. Esta estratégia considera que a solução para o controle de pragas não está somente em produtos químicos, mas sim em uma combinação de métodos que incluem controle cultural, biológico e químico.
Uma das principais recomendações para um MIP eficaz é o uso de sementes sadias e variedades resistentes, que podem oferecer uma base mais sólida contra infestações. A prática da rotação de culturas é também fundamental, pois altera o ambiente das pragas, reduzindo suas populações e a possibilidade de resistência a pesticidas específicos.
Além disso, é essencial realizar a monitorização regular das culturas para identificar precocemente a presença de pragas e determinar o momento certo para a intervenção. O uso de produtos químicos deve ser planejado com critério: as aplicações devem considerar sempre as recomendações de uso, o intervalo de segurança e a rotação com outras classes de inseticidas para evitar o desenvolvimento de resistência. Táticas adicionais, como controle biológico, que envolve a utilização de inimigos naturais das pragas, e o controle por comportamento, que visa a manipulação das condições ou práticas que favorecem o desenvolvimento das pragas, são incentivadas no MIP.
Por fim, o envolvimento de profissionais capacitados, como engenheiros agrônomos, é crucial para o planejamento e a execução do MIP adequado, garantindo que as práticas adotadas sejam as mais adequadas para cada situação específica. A implementação bem-sucedida do Manejo Integrado de Pragas não só melhora a produtividade, mas também preserva o meio ambiente e a saúde pública.
Dados Relacionados à Proteção da Saúde Humana
O produto Dicarzol 500 SP é classificado como altamente tóxico, pertencendo à categoria 2 de toxicidade. Este inseticida/acaricida contém o ingrediente ativo cloridrato de formetanato, que age principalmente por inibição da enzima acetilcolinesterase, resultando no acúmulo de acetilcolina, o que pode provocar uma série de manifestações clínicas.
Os potenciais caminhos de absorção do produto no organismo incluem as vias oral, inalatória, ocular e dérmica. Assim, os efeitos adversos podem se manifestar de forma rápida, geralmente entre 30 minutos e 1-2 horas após a exposição. Os sintomas de intoxicação podem incluir arrepios, tremores, dificuldade respiratória, lacrimejamento, salivação excessiva e prostração. É fundamental que o manuseio do produto seja feito apenas por trabalhadores capacitados, utilizando os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, como macacão, botas, avental, máscara, óculos, touca árabe e luvas.
Caso ocorra contato acidental, as orientações de primeiros socorros devem ser seguidas rigorosamente: é recomendado não induzir vômito em caso de ingestão, remover a pessoa para um ambiente ventilado em caso de inalação, e lavar a pele ou olhos em caso de contato. A atropina é indicada como antídoto de emergência, mas sua administração deve ser análise apenas na presença de sintomas.
A utilização correta dos EPIs, a adoção de medidas de segurança durante o manuseio e a aplicação do Dicarzol 500 SP são essenciais para minimizar os riscos de intoxicação e garantir a saúde e a segurança dos operadores. É crucial seguir estritamente as instruções contidas no rótulo e na bula do produto.
Dados Relativos à Proteção do Meio Ambiente
O produto Dicarzol 500 SP é classificado como muito perigoso ao meio ambiente, conforme sua classificação ambiental II. Essa classificação indica que o uso e a destinação inadequados do produto podem resultar em contaminação significativa do solo, da água e do ar, prejudicando tanto a fauna quanto a flora e a saúde humana.
É crucial evitar a contaminação ambiental, seguindo orientações específicas, como não utilizar equipamentos com vazamentos e não aplicar o produto em condições de ventos fortes ou durante as horas mais quentes do dia. A aplicação deve ser feita somente nas doses recomendadas, evitando excessos que possam comprometer o ambiente.
A destinação inadequada de embalagens vazias e restos de produtos pode causar graves efeitos sobre o meio ambiente. Portanto, após o uso do Dicarzol 500 SP, é obrigatório realizar a tríplice lavagem das embalagens, inutilizá-las perfurando o fundo e armazená-las de forma segura até a devolução a um ponto de recolhimento apropriado. Não lave as embalagens em corpos d'água, pois isso pode intensificar a contaminação de recursos hídricos.
Os usuários devem sempre respeitar as legislações estaduais e municipais relacionadas à proteção ambiental, garantindo que todas as práticas de manejo e eliminação estejam em conformidade com as diretrizes para a proteção da saúde pública e do meio ambiente.
Instruções de Armazenamento
Para garantir a conservação do produto Dicarzol 500 SP e prevenir possíveis acidentes, é fundamental seguir as instruções de armazenamento indicadas:
- Mantenha o produto em sua embalagem original, que deve estar sempre fechada, para evitar contatos acidentais e garantir a estabilidade da formulação.
- O local de armazenamento deve ser exclusivo para produtos tóxicos e deve ser isolado de alimentos, bebidas, rações ou qualquer outro material que possa ser contaminado.
- A construção do local deve ser de alvenaria ou de material não combustível, com um bom sistema de ventilação, coberto e com piso impermeável, para prevenir infiltrações e derramamentos.
- É importante colocar uma placa de advertência com os dizeres "CUIDADO, VENENO", sinalizando o perigo do local.
- Assegure-se de trancar o local, evitando o acesso de pessoas não autorizadas, especialmente crianças.
- Embale adequadamente quaisquer embalagens rompidas ou para recolhimento de produtos vazados, utilizando contenções apropriadas.
- Em casos que envolvam armazenamento em armazéns, as instruções especificadas na NBR 9843 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) devem ser rigorosamente seguidas.
- Fique atento às disposições legais estaduais e municipais que possam influenciar o armazenamento de produtos químicos.
Essas recomendações são essenciais para manter a segurança e a eficácia do produto, assim como para proteger o meio ambiente.
Instruções em Caso de Acidente
Em caso de acidentes envolvendo o produto Dicarzol 500 SP, é fundamental seguir um protocolo específico para garantir a segurança das pessoas e minimizar os riscos de contaminação. Aqui estão as diretrizes a serem seguidas:
Isolamento da Área
Ao identificar um acidente, o primeiro passo é isolar e sinalizar a área contaminada para evitar que outras pessoas entrem em contato com o produto.
Contato com Autoridades
É importante contatar as autoridades locais competentes e a empresa responsável pelo produto, Gowan Produtos Agrícolas Ltda., utilizando os seguintes números:
- Telefone de emergência 24 horas: CHEMTREC - 0800 892 0479
- Telefone horário comercial: (11) 4197-0265 / 0800-773202
Equipamento de Proteção Individual
Os prestadores de primeiros socorros devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que incluem:
- Macacão impermeável
- Luvas
- Botas de borracha
- Óculos protetor
- Máscara com filtros
Procedimentos para Derrames
- Piso Pavimentado: Recolher o material com o auxílio de uma pá e colocar em um recipiente lacrado e devidamente identificado. O material derramado não deve ser reutilizado; consulte o registrante para devolução e destinação final.
- Solo: Remover as camadas de terra contaminada até atingir o solo não contaminado e colocar o material em recipiente lacrado e identificado. Contate a empresa registrante conforme indicado.
- Corpos D’água: Imediatamente interrompa a captação para consumo humano ou animal, contate o órgão ambiental mais próximo e siga as instruções da empresa sob as circunstâncias do acidente.
Em Caso de Incêndio
Utilize extintores de água em forma de neblina, CO2 ou pó químico, estando sempre a favor do vento para evitar intoxicação.
Seguir essas orientações adequadamente é essencial para assegurar a segurança de todos os envolvidos e proteger o ambiente.
Procedimentos de Lavagem e Destinação de Embalagens Vazias
A correta lavagem e destinação das embalagens vazias de produtos agroquímicos são fundamentais para evitar a contaminação ambiental e garantir a segurança. Seguem as orientações para o procedimento de lavagem e destinação:
Lavagem da Embalagem
Durante o procedimento de lavagem, o operador deve utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) recomendados para a segurança na manuseio do produto. A lavagem deve ser realizada conforme os seguintes passos:
Tríplice Lavagem (lavagem manual):
- Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador, mantendo-a na posição vertical por 30 segundos.
- Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume.
- Tampe a embalagem, agite-a por 30 segundos e despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador.
- Repita essa operação por três vezes.
- Após a lavagem, inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
Lavagem sob pressão:
- Instale a embalagem vazia no local apropriado do funil do pulverizador, acionando o jato d'água para as paredes internas da embalagem por 30 segundos.
- A água de lavagem deve ser direcionada ao tanque do pulverizador.
- Inutilize a embalagem após a lavagem da mesma forma que na tríplice lavagem.
Armazenamento da Embalagem Vazia
Após a realização da lavagem, a embalagem deve ser armazenada com a tampa, em local coberto e ventilado, alheio a chuva, e com piso impermeável até sua devolução.
Devolução da Embalagem Vazia
A embalagem vazia deve ser devolvida obrigatoriamente ao estabelecimento onde foi adquirida, em até um ano a partir da data da compra. Se o produto não foi totalmente utilizado e está dentro do prazo de validade, a devolução pode ser feita até 6 meses após o término do prazo de validade. É recomendável que o usuário guarde o comprovante de devolução para fins de fiscalização.
Transporte de Embalagens Vazias
As embalagens vazias não devem ser transportadas junto com alimentos, bebidas, medicamentos, rações, animais e pessoas. Isso é importante para evitar qualquer risco de contaminação.
Esses procedimentos visam a preservação da saúde pública e do meio ambiente, sendo uma responsabilidade compartilhada por todos os envolvidos no uso e manuseio de produtos agroquímicos.
Transporte de Agrotóxicos
O transporte de agrotóxicos, componentes e materiais afins deve seguir rigorosas normas e procedimentos estabelecidos pela legislação específica. Para garantir a segurança durante o transporte, é imprescindível que os agrotóxicos não sejam transportados em conjunto com pessoas, animais, rações, medicamentos ou outros materiais que possam ser contaminados.
Além disso, as embalagens dos agrotóxicos devem ser devidamente identificadas e armazenadas de forma a evitar vazamentos ou contaminações. A manutenção da segurança no transporte é essencial para prevenir acidentes que podem impactar tanto a saúde humana quanto o meio ambiente.
É fundamental que as pessoas envolvidas no transporte dos produtos estejam cientes das medidas de segurança e das regulamentações vigentes, assegurando que o procedimento seja realizado de forma eficiente e segura.
Restrições Estabelecidas por Órgão Competente
As restrições estabelecidas por órgãos competentes no que diz respeito ao uso do produto Dicarzol 500 SP são fundamentais para garantir a segurança durante a manipulação e aplicação do inseticida/acaricida. Essas diretrizes orientam os usuários a utilizarem o produto conforme as normas regulamentares e técnicas aprovadas pelas autoridades responsáveis.
É de suma importância que os aplicadores respeitem as recomendações contidas no rótulo e na bula do produto, assegurando que o uso esteja restrito às condições estabelecidas. As áreas de aplicação devem ser previamente avaliadas para evitar possíveis danos ao meio ambiente e vazamentos para organismos não alvo.
Além disso, as embalagens do produto devem ser devidamente armazenadas e devolvidas após o uso, conforme as instruções contidas no rótulo. Essa responsabilidade é crucial para evitar contaminações e garantir que as embalagens não sejam reutilizadas indevidamente.
Os usuários também devem estar cientes de que o não cumprimento dessas restrições pode resultar em penalidades e ações legais, além de riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Portanto, é imprescindível seguir as orientações dos órgãos competentes para o uso seguro e eficaz do Dicarzol 500 SP.
Classificação Toxicológica
O produto Dicarzol 500 SP é classificado como Categoria 2, indicando que se trata de um produto altamente tóxico. Esta classificação sugere que o produto pode apresentar risco significativo à saúde humana em situações de exposição, seja por via oral, inalatória, ocular ou dérmica. A toxicidade do Dicarzol está relacionada ao seu princípio ativo, o Cloridrato de Formetanato, que inibe a enzima acetilcolinesterase, resultando em um acúmulo de acetilcolina no sistema nervoso. Os sintomas de intoxicação podem incluir tremores, dificuldade respiratória, lacrimejamento, salivação abundante e prostração.
A classificação toxicológica também é acompanhada de recomendações rigorosas sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante o manuseio e a aplicação do produto, visando minimizar os riscos de intoxicação ou exposição inadequada. O produto, por sua natureza, deve ser utilizado com cautela, seguindo todas as instruções e precauções indicadas na bula e no rótulo, para assegurar a proteção do operador e das pessoas ao redor.
Ademais, é importante que agricultores e usuários do produto estejam cientes dos efeitos adversos e do manejo adequado após a aplicação, visando garantir uma utilização segura e responsável do Dicarzol 500 SP.
Efeitos sobre o Meio Ambiente devido à Destinação Inadequada
A destinação inadequada das embalagens vazias e restos de produtos agrotóxicos, como o Dicarzol 500 SP, pode causar sérios danos ao meio ambiente. Quando esses materiais são descartados de forma irresponsável, podem levar à contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna e a flora locais, bem como a saúde das pessoas.
As embalagens que não são devidamente tratadas ou que são abandonadas na natureza podem liberar substâncias tóxicas, que podem afetar não apenas os organismos diretamente expostos, mas também aqueles que se encontram nas cadeias alimentares, causando um efeito cascata nos ecossistemas. É fundamental que os usuários sigam as recomendações de descarte, incluindo a tríplice lavagem das embalagens e a devolução aos locais indicados, garantindo assim uma correta e segura destinação final.
Além disso, práticas inadequadas de descarte podem comprometer a qualidade dos recursos hídricos, afetando tanto o consumo humano quanto a vida aquática. Por isso, é imprescindível que haja uma conscientização acerca da importância do manejo correto de produtos químicos e suas embalagens, prevenindo a poluição e protegendo os ecossistemas e a saúde pública.
| Marca comercial | Dicarzol 500 Sp |
| Titular do registro | Gowan Produtos Agrícolas Ltda. - Matriz Campinas/Sp |
| Número do registro | 3493 |
| CNPJ | 67.148.692/0001-90 |
| Classificação ambiental | II - Produto Muito Perigoso Ao Meio Ambiente |
| Classificação toxicológica | 2 - Categoria 2 – Produto Altamente Tóxico |
| Modo de ação | De Contato E Ingestão |
| Técnica de aplicação | Terrestre |
| Compatibilidade | |
| Inflamável | Não |
| Corrosivo | Não |
| Formulação | Sp - Pó Solúvel |
| Observação |
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