
O Manzate 800 é um fungicida amplamente utilizado no controle de doenças fúngicas em várias culturas agrícolas. Este post fornece informações detalhadas sobre sua composição, modo de aplicação, segurança e as principais doenças que ele ajuda a combater, visando maximizar a produtividade das lavouras e garantir a segurança do meio ambiente.
Identificação do Produto
O produto em questão é chamado Manzate 800, que é classificado como um fungicida do grupo químico Alquilenobis(ditiocarbamato). Ele é formulado na forma de pó molhável (WP) e contém como ingrediente ativo Mancozebe (800 g/kg), que é um complexo polimérico de etilenoditiocarbamato de manganês e zinco. O produto é conhecido por sua ação multissítio, sendo indicado para o controle de diversas doenças fúngicas em várias culturas.
Manzate 800 é registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) com o número de registro 0638508. O titular do registro é a UPL do Brasil Indústria e Comércio de Insumos Agropecuários S.A., localizada na Avenida Maeda, s/n, Prédio Comercial, Térreo, Distrito Industrial, CEP: 14500-000, Ituverava/SP. O CNPJ da empresa é 02.974.733/0001-52, e seu telefone de contato é (19) 3794-5600.
O produto é classificado como muito perigoso ao meio ambiente (Classe II) e pode causar irritação ocular grave se não manuseado adequadamente. As recomendações de uso incluem cuidados rigorosos com a proteção individual para evitar exposição e riscos associados ao seu manuseio.
Composição
O produto Manzate 800 é um fungicida que contém como ingrediente ativo Mancozebe, especificamente na forma de complexo polimérico de manganese ethylenebis(dithiocarbamate) com sal de zinco, na concentração de 800 g/kg, correspondendo a 80,0% m/m do total da formulação. Além disso, o produto é composto por outros ingredientes, totalizando 200 g/kg, ou 20,0% m/m.
Esse ativo é classificado no grupo químico Alquilenobis(Ditiocarbamato), que está associado à função de fungicida protetor de contato, sendo fundamental para o manejo de doenças em diversas culturas ao proporcionar uma ação multissítio e prevenção contra a resistência de patógenos. A formulação deste produto é na forma de Pó Molhável (WP), facilitando a aplicação e assegurar a eficácia do controle das doenças.

Grupo Químico e Tipo de Formulação
O produto Manzate 800 é classificado como um fungicida pertencente ao grupo químico dos Alquilenobis(Ditiocarbamato), especificamente com o ingrediente ativo Mancozebe. Esta substância é um composto que apresenta um mecanismo de ação multissítio, o que significa que atua em vários locais dentro da célula do fungo, dificultando a sua adaptação e resistência ao tratamento.
Em termos de formulação, Manzate 800 é disponibilizado na forma de Pó Molhável (WP). Esta apresentação permite que o produto seja facilmente diluído em água antes da aplicação, facilitando sua utilização em diversas culturas agrícolas. A formulação em pó molhável é particularmente vantajosa por seu potencial para ser aplicado tanto em métodos terrestres quanto aéreos, garantindo uma cobertura eficaz nas plantas tratadas.
A combinação do grupo químico e da forma de apresentação do produto favorece uma aplicação eficaz no controle de diversas doenças fúngicas, protegendo as culturas e contribuindo para uma produção agrícola saudável e sustentável.
Registro e Titular do Produto
O produto fungicida Manzate 800 está registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) sob o número 0638508. A titularidade deste registro pertence à empresa UPL do Brasil Indústria e Comércio de Insumos Agropecuários S.A. Esta empresa está localizada na Avenida Maeda, s/n, Prédio Comercial, Térreo, no Distrito Industrial de Ituverava, São Paulo, e está devidamente registrada sob o CNPJ 02.974.733/0001-52.
A empresa é responsável pela comercialização e distribuição do produto, garantindo que ele esteja disponível para os agricultores em diferentes regiões que utilizam este fungicida em suas culturas. A conformidade com as regulamentações e práticas recomendadas no uso desse produto é essencial para a proteção da saúde humana e do meio ambiente, além de assegurar a eficácia no controle das doenças agrícolas.
Instruções de Uso - Modo de Aplicação
O Manzate 800 é um fungicida protetor de contato, recomendado para aplicação em diversas culturas com um foco na prevenção de infecções. O seu uso eficiente requer a adoção de técnicas adequadas de aplicação.

Modo de Aplicação Terrestre
Para a aplicação terrestre, recomenda-se utilizar um pulverizador costal ou de barra, podendo ser montado, de arrasto ou autopropelido. É essencial o uso de bicos que produzam um jato leque simples ou cônico vazio, garantindo a formação de gotas finas a médias. Essa estratégia é crucial para garantir uma boa cobertura do alvo.
A pressão de trabalho deve ser mantida entre 2 a 4,7 bar, permitindo a produção do tamanho ideal das gotas e um volume de aplicação apropriado, conforme as recomendações do fabricante. É também importante realizar as aplicações em velocidade que assegure uma uniformidade na deposição das gotas, maximizando a eficiência do produto.
Modo de Aplicação Aérea
As aplicações aéreas devem ser realizadas exclusivamente por empresas especializadas e sob a orientação de um engenheiro agrônomo. As mesmas recomendações gerais para a aplicação terrestre, como o tamanho da gota e a cobertura adequada, também se aplicam nessa modalidade. Nesse caso, é fundamental respeitar as condições meteorológicas para minimizar perdas por deriva.
Recomendações para Culturas Específicas
Durante as aplicações em culturas como café, citros, figo, maçã, mamão, manga, pêra, pêssego e uva, deve-se utilizar pulverizadores montados ou de arrasto com assistência de ar, ou pistolas acopladas. Neste caso, a utilização de bicos que produzem jato cônico vazio é imprescindível, assim como seguir as diretrizes do fabricante em relação à pressão e ao volume de aplicação.
Ao aplicar em cultivos de banana, recomenda-se o uso de pulverizadores do tipo "Canhão", misturando a dose recomendada de Manzate em água e óleo mineral.

Preparação da Calda
Antes de iniciar o preparo da calda, é crucial garantir que o tanque, as mangueiras, filtros e pontas do pulverizador estejam limpos. A adição do produto deve ser feita gradativamente, e a agitação deve ser constante até o término da aplicação.
Com essas instruções de uso, é possível maximizar a eficácia do Manzate 800, proporcionando proteção adequada às culturas contra doenças fúngicas.
Instruções de Uso - Condições Climáticas
As condições climáticas são fatores importantes a serem considerados ao aplicar o fungicida Manzate 800, de modo a garantir a eficácia do produto e minimizar prejuízos. Recomenda-se realizar as pulverizações sob certas condições favoráveis para evitar a ocorrência de deriva ou perda de eficácia.
As condições climáticas ideais para aplicação incluem:
Temperatura do ambiente: A temperatura máxima recomendada para a aplicação do produto é de 30ºC. Aplicações em temperaturas acima deste limite podem comprometer a eficácia do fungicida e causar estresse nas plantas.
Umidade relativa do ar: A umidade deve ser igual ou superior a 55%. Um ambiente excessivamente seco pode favorecer a evaporação das gotas e, consequentemente, atenuar a ação do produto no alvo desejado.
Velocidade do vento: É recomendado que as aplicações sejam realizadas com ventos entre 2 e 10 km/h. Aplicar com vento abaixo de 2 km/h não é aconselhável devido ao risco de inversão térmica, que pode provocar derramamento indesejado do produto.
Essas orientações são essenciais para garantir que o Manzate 800 atue de forma eficaz no controle de doenças em culturas agrícolas, assegurando o menor impacto possível na saúde das plantas e na produtividade das lavouras.
Culturas e Doenças - Abóbora
A abóbora é uma cultura que pode ser afetada por diversas doenças, uma das mais significativas sendo o míldio, causado pelo fungo Pseudoperonospora cubensis. Essa doença é caracterizada pela presença de manchas em forma de clorose nas folhas, que evoluem rapidamente para lesões necrosadas, levando a perdas significativas na produção da cultura.

Sintomas
Os sintomas iniciais do míldio incluem manchas cloróticas nas folhas, que se tornam mais evidentes em período de umidade elevada. À medida que a infecção avança, as manchas se tornam bronzeadas a marrons, e folhagens severamente afetadas podem cair, resultando em desfolha e comprometendo a produtividade da cultura.
Condições Favoráveis ao Desenvolvimento da Doença
O Pseudoperonospora cubensis prospera em condições de alta umidade e temperaturas amenas, o que torna o manejo climático um fator crucial na prevenção do míldio. É fundamental que os agricultores estejam atentos ao histórico de umidade em suas regiões para implementar medidas preventivas adequadas.
Controle
Para o controle do míldio na cultura da abóbora, recomenda-se o uso de fungicidas especiais, com aplicações iniciando duas semanas após a semeadura ou assim que os primeiros sintomas aparecem. As aplicações devem ser repetidas a cada sete dias, com um máximo de quatro aplicações durante o ciclo da cultura.
Ademais, práticas culturais como rotação de culturas e o uso de variedades resistentes quando disponíveis são estratégias recomendadas para minimizar a incidência e a severidade da doença.
Culturas e Doenças - Alho
O alho (Allium sativum) é uma cultura amplamente cultivada e utilizada, não apenas por suas propriedades culinárias, mas também por suas características medicinais. Entretanto, diversas doenças podem afetar sua produção, levando a prejuízos significativos.
Doenças
O alho é suscetível a diversas doenças, sendo as mais relevantes:
Mancha-púrpura (Alternaria porri):
Esta doença é caracterizada pela formação de manchas de coloração púrpura nas folhas e hastes florais, sendo responsável por causar desfolha intensa e impactar negativamente a produção. As perdas na produção podem chegar a 50-60%, além dos prejuízos na qualidade dos bulbos durante a pós-colheita.Ferrugem (Puccinia allii):
A ferrugem do alho é outra doença importante que pode causar grandes prejuízos. A infecção ocorre em qualquer fase de desenvolvimento da planta; portanto, o monitoramento constante é essencial para evitar danos sérios.

Sintomas das Doenças
- Mancha-púrpura: Os sintomas iniciais incluem pequenas manchas aquosas que evoluem rapidamente para lesões escuras nas folhas. O ataque severo causa a queda das folhas e a morte da planta.
- Ferrugem: Os principais sintomas da ferrugem são lesões que aparecem nas folhas como pústulas, com coloração amarelada a marrom, levando, em casos severos, ao amarelecimento e morte das folhas.
Controle
O manejo dessas doenças inclui a utilização de fungicidas apropriados, manutenção de práticas culturais recomendadas, como rotação de culturas, e a escolha de variedades resistentes sempre que possível. Para a mancha-púrpura, recomenda-se o uso de fungicidas como Mancozeb, aplicando a partir do início dos sintomas e realizando o máximo de 10 aplicações durante o ciclo da cultura. Para a ferrugem, é vital realizar pulverizações preventivas com intervalos regulares, especialmente ao identificar os primeiros sintomas.
A prevenção e o controle eficaz das doenças no alho são fundamentais para garantir uma boa colheita e a qualidade do produto no mercado.
Culturas e Doenças - Amendoim
Doença: Cercosporiose (Cercospora arachidicola)
A Cercosporiose, causada pelo fungo Cercospora arachidicola, é considerada a principal doença foliar da cultura do amendoim. Esta doença pode levar a perdas significativas na produção, especialmente em condições onde a desfolha é intensa, devido à severidade da infecção.
Sintomas
Os sintomas iniciais da cercosporiose se manifestam principalmente nas folhas mais velhas da planta. As infecções se apresentam como pequenas manchas necróticas que aumentam de tamanho, tornando-se marrons e, frequentemente, coalescendo para causar desfolha total. Essa desfolha severa pode provocar prejuízos na colheita de até 50%.
Condições Favoráveis ao Desenvolvimento
O desenvolvimento e a disseminação de Cercospora arachidicola são favorecidos por um ambiente com alta umidade, temperaturas entre 25 a 30 °C e a presença de água livre sobre as folhas da planta. O fungo sobrevive na forma de micélio, conídios, clamidosporos e em restos culturais deixados no solo após a colheita.

Controle
Para o controle da cercosporiose no amendoim, é recomendável usar fungicidas de forma preventiva ao longo do ciclo da cultura, observando as condições climáticas e os sintomas da planta. É essencial realizar práticas culturais, como rotação de culturas com espécies não hospedeiras, para reduzir a incidência do patógeno. Além disso, é importante garantir que as sementes utilizadas sejam limpas e livres de contaminação.
Conclusão
O manejo integrado das práticas culturais e o uso adequado de fungicidas são fundamentais para reduzir os efeitos da cercosporiose na cultura do amendoim, garantindo assim uma produtividade saudável e eficiente.
Culturas e Doenças - Arroz
A cultura do arroz é suscetível a diversas doenças, das quais se destacam a mancha-parda (causada pelo fungo Bipolaris oryzae) e a brusone (causada pelo fungo Pyricularia grisea). Ambas as doenças podem gerar graves prejuízos na produção, apresentando características e métodos de controle distintos.
Mancha-Parda (Bipolaris oryzae)
A mancha-parda é uma doença que se manifesta por meio de manchas pardas nas folhas, glumas e, em alguns casos, nos grãos. Este patógeno pode causar reduções significativas nos rendimentos das culturas, com perdas que podem variar de 40% a 90%, dependendo do grau de infecção e das condições ambientais.
Sintomas
Os sintomas da mancha-parda incluem:
- Lesões circulares a ovoides nas folhas, com centro de coloração marrom-clara a cinza;
- Margens avermelhadas ao redor das lesões, que podem coalescer e matar grandes áreas das folhas afetadas;
- Infecções que podem se estender às raízes, causando descoloração negra.
Controle
O controle da mancha-parda abrange:
- O uso de variedades resistentes;
- A adoção de práticas culturais, como a rotação de culturas com espécies não-hospedeiras, evitando o acúmulo do patógeno no solo;
- A aplicação de fungicidas específicos durante o ciclo da cultura, especialmente em condições favoráveis à doença.

Brusone (Pyricularia grisea)
A brusone é considerada uma das doenças mais severas do arroz, sendo capaz de gerar perdas expressivas na produtividade da plantação. O ataque do patógeno se dá principalmente durante o florescimento e em condições de alta umidade.
Sintomas
Os principais sintomas da brusone incluem:
- Manchas brancas nas folhas, que podem se expandir rapidamente;
- Desfolha das plantas e tombamento das plântulas em casos severos;
- Redução do peso dos grãos e quebra das panículas.
Controle
Para o controle da brusone, as práticas recomendadas são:
- A utilização de cultivares resistentese práticas de manejo integrado para reduzir a pressão da doença;
- Aplicações preventivas de fungicidas, especialmente nas fases iniciais do desenvolvimento da planta, quando as condições ambientais favorecem a infecção.
Em suma, o manejo adequado das doenças do arroz, incluindo monitoramento regular e o uso de variedades resistentes, pode minimizar impactos negativos na produção, garantindo uma colheita saudável e abundante.
Culturas e Doenças - Banana
A banana, cuja doença mais significativa é o Mal-de-Sigatoka, é afetada pelo fungo Mycosphaerella musicola. Este agente patológico provoca a morte precoce das folhas, resultando em um enfraquecimento da planta, o que pode levar a uma diminuição significativa na produção. Em condições desfavoráveis, como a alta umidade e temperaturas adequadas, essa doença pode causar perdas de até 50% na produção de banana.
Sintomas
Os sintomas do Mal-de-Sigatoka se manifestam em cinco estágios distintos nas folhas. Inicialmente, a infecção aparece como um pequeno ponto ou risca de até 1 mm de comprimento entre as nervuras. À medida que a doença progride, esse ponto se transforma em estrias de coloração amarela e, posteriormente, evolui para lesões necróticas elípticas, que permanecem paralelas às nervuras. Quando o ataque é severo, as lesões coalescem, ocasionando a morte prematura das folhas.

Controle
Para o manejo do Mal-de-Sigatoka, são recomendadas práticas culturais e o uso de fungicidas. O controle deve ser preventivo, realizando aplicações com intervalos de 15 dias, especialmente nas épocas de maior incidência da doença. É importante registrar que o uso de cultivares resistentes também pode ajudar a mitigar os efeitos do patógeno e aumentar a produtividade.
A presença dessa doença nos bananais exige um monitoramento constante e a adoção de métodos de controle eficazes, garantindo a saúde das plantas e a sustentabilidade da produção de bananas nas regiões afetadas.
Culturas e Doenças - Batata
A batata, uma das culturas mais importantes no mundo, é suscetível a diversas doenças, sendo a pinta-preta (causada pelo fungo Alternaria solani) e a requeima (causada pelo fungo Phytophthora infestans) as mais relevantes.
Pinta-preta (Alternaria solani)
A pinta-preta, também conhecida como pinta-preta-grande, é uma doença comum que causa grandes perdas na cultura da batata, especialmente devido à queda quase total das folhas em condições favoráveis à patologia. Os sintomas típicos incluem manchas foliares escuras que podem coalescer, resultando em desfolha e consequente redução na capacidade fotossintética da planta. Em casos severos, a infecção pode levar a perdas de até 30% na produção.
As folhas mais afetadas apresentam lesões que começam como pequenas manchas escuras, que rapidamente aumentam de tamanho, cobrindo toda a lâmina foliar. Além das folhas, os tubérculos também podem sofrer infecções graves se as condições forem severas.

Requeima (Phytophthora infestans)
A requeima é considerada a doença mais destrutiva da batata, podendo afetar todas as partes da planta, incluindo folhas, caules e tubérculos. Os sintomas iniciais incluem manchas aquosas nas folhas, que rapidamente se tornam necróticas e podem envolver a planta inteira.
Sob condições climáticas específicas, a requeima pode causar quedas significativas de produtividade e comprometer a qualidade dos tubérculos, fazendo desta uma doença a ser controlada rigorosamente por meio de práticas já estabelecidas. É essencial iniciar as aplicações preventivas no estádio de emborrachamento da planta, com várias aplicações na fase inicial da cultura, respeitando os intervalos de segurança estabelecidos.
Assim, o manejo efetivo destas doenças é crucial para garantir a produtividade e a qualidade da batata cultivada.

Culturas e Doenças - Berinjela
A berinjela, uma planta da família das solanáceas, pode ser afetada por várias doenças, dentre as quais se destaca a Pinta-preta, causada pelo fungo Alternaria solani. Esta doença é caracterizada por manchas marrom-escuras nas folhas, que podem evoluir e resultar em grandes áreas afetadas. A infecção atinge principalmente as folhas mais velhas, mas também pode afetar as hastes e frutos, provocando sérios prejuízos.
Os sintomas começam com pequenas manchas circulares de cor marrom-clara, que com o tempo crescem e se tornam maiores, coalescendo e causando a necrose do tecido, o que pode levar à desfolha da planta e à redução da taxa fotossintética. Nas folhas, as lesões podem apresentar um halo clorótico, resultando em dessecamento e eventual queda. Nos frutos, o ataque do fungo pode levar à formação de podridão, tornando-os impróprios para o consumo.
A Alternaria solani é um patógeno cosmopolita, frequentemente encontrado em regiões com condições favoráveis de temperatura e umidade. Para o controle da doença, é fundamental o uso de práticas culturais adequadas, que incluem a rotação de culturas, a eliminação de restos culturais e a manutenção do espaçamento adequado entre as plantas para melhorar a circulação do ar. Além disso, o uso de fungicidas protetores pode ser necessário, especialmente em condições ambientais que favoreçam a infecção.
A identificação e o manejo adequado dessa doença são cruciais para garantir a produtividade e a qualidade da produção de berinjela, tornando-se um aspecto fundamental para os produtores.
Culturas e Doenças: Beterraba
A Beterraba (Beta vulgaris) é uma planta cultivada amplamente, sujeita a diversas doenças que podem comprometer sua produção e qualidade. Uma das principais doenças que afeta a beterraba é a Cercospora beticola, que causa a denominada mancha-das-folhas ou mancha-de-cercospora. Este patógeno é responsável por provocar sérios problemas na cultura, especialmente em condições de alta umidade e temperaturas quentes.

Sintomas da Doença
Os sintomas típicos da doença se caracterizam por manchas foliares necróticas e coalescentes, causando um colapso nas folhas que podem cair no chão, embora não se destaquem da coroa. As lesões começam como pequenas manchas circulares, com coloração que varia de dourada a marrom-claro, sendo rodeadas por bordas escuras. À medida que as manchas aumentam, podem coalescer, resultando em grandes áreas necróticas na lâmina foliar.
Bioecologia
Cercospora beticola sobrevive na forma de conídios ou estromas, principalmente nos restos de cultura deixados no campo após a colheita. A disseminação a longa distância ocorre através de sementes infectadas ou contaminadas. Dentro da cultura, os conídios são dispersados pelo vento e pelos respingos da água da chuva ou da irrigação. Condições favorecedoras do desenvolvimento da doença incluem períodos de chuva prolongada, alta umidade relativa e temperaturas entre 25 e 35 °C.
Controle da Doença
Para o manejo da mancha-das-folhas, várias estratégias são recomendadas:
- Rotação de culturas com espécies não-hospedeiras por um período de 2 a 3 anos.
- Eliminação dos restos de cultura infectados, que podem ser queimados ou enterrados profundamente no solo após a colheita.
- Uso de cultivares resistentes, como uma prática eficiente para o controle da doença.
É importante que os produtores fiquem atentos aos sintomas e adotem práticas culturais adequadas para minimizar os impactos da Cercospora beticola na produção de beterraba.
Culturas e Doenças - Brócolis
O brócolis é uma cultura suscetível a diversas doenças, sendo o míldio, causado pelo fungo Peronospora parasitica, um dos principais problemas fitossanitários a serem enfrentados pelos produtores. Este patógeno causa sérios danos, especialmente em períodos de alta umidade e temperaturas amenas, favorecendo o seu desenvolvimento e a disseminação.
Sintomas
Os sintomas do míldio em brócolis incluem manchas cloróticas que se desenvolvem nas folhas, levando à desintegração dos tecidos afetados e contribuindo para o enfraquecimento da planta. As condições de umidade elevada são ideais para a infecção, permitindo que o fungo se espalhe rapidamente pelas folhagens.

Bioecologia
O fungo Peronospora parasitica sobrevive em restos de cultura e nas folhas infectadas. A sua dispersão ocorre através do vento e pela água, principalmente durante chuvas, que favorecem as condições ideais para a infecção. Portanto, o manejo adequado da cultura deve ser adotado para evitar o acúmulo de água sobre as folhas e garantir uma boa ventilação, reduzindo a umidade no interior da planta.
Controle
Para controlar o míldio em brócolis, recomenda-se a aplicação de fungicidas específicos, iniciando as aplicações 10 dias após a semeadura nos canteiros ou transplantação. As aplicações devem ser repetidas a cada 7-10 dias, totalizando um máximo de 4 aplicações durante o ciclo da cultura. Além disso, manter boas práticas culturais, como a rotação de culturas e a eliminação de restos vegetais, ajudará a reduzir a incidência da doença.
Culturas e Doenças - Café
A cultura do café é amplamente suscetível a diversas doenças, das quais a ferrugem-do-cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, destaca-se como a mais significativa. Esta doença é responsável por causar grandes perdas na produção de café, especialmente em períodos de alta produção da cultura, levando a uma queda antecipada das folhas e seca dos ramos. Esses efeitos diretos comprometem a produtividade do café no ano seguinte.
Características da Doença
A ferrugem-do-cafeeiro apresenta-se inicialmente na face inferior das folhas, onde surgem pequenas manchas (medindo entre 1 a 3 mm) de coloração amarela pálida. Com a progressão da infecção, essas manchas aumentam de tamanho, podendo chegar a 2 cm de diâmetro e se tornando amarelo-alaranjadas, resultando em um aspecto pulverulento. Com o avanço da infecção, as folhas podem ficar comprometidas, causando definhamento e eventual morte das árvores, o que impacta negativamente a produção do café.
Condições Favoráveis ao Desenvolvimento
As condições climáticas têm um papel importante no desenvolvimento da ferrugem. Temperaturas em torno de 21 °C a 23 °C e umidade elevada são ideais para a proliferação do patógeno. O tempo chuvoso, junto com a alta densidade foliar das plantas, pode intensificar a incidência e severidade da doença.

Manejo e Controle
Para mitigar os efeitos da ferrugem-do-cafeeiro, é fundamental a adoção de medidas de controle eficazes. Uma prática recomendada envolve a utilização de cultivares resistentes, que são menos suscetíveis à infecção. Além disso, as aplicações preventivas de fungicidas de contato, como o produto Manzate 800, são essenciais para o controle da doença. O uso desses fungicidas deve ser associado a boas práticas culturais, como a realização de podas bem feitas, favorecendo a circulação de ar e reduzindo a umidade nas copas das plantas.
Conclusão
A ferrugem-do-cafeeiro representa um desafio significativo para os cafeicultores. A identificação precoce dos sintomas e o manejo adequado são cruciais para garantir uma produção saudável e minimizar as perdas. Com as práticas corretas, é possível controlar essa doença e manter a sustentabilidade da cultura do café.
Culturas e Doenças - Cebola
A cultura da cebola é suscetível a diversas doenças, destacando-se entre elas a mancha-púrpura (Alternaria porri) e o míldio (Peronospora destructor).
Mancha-púrpura (Alternaria porri)
A mancha-púrpura é uma doença severa que pode ocasionar grandes perdas na produção de cebolas. Os sintomas típicos incluem a formação de manchas brancas e aquosas nas folhas, que se evoluem rapidamente para manchas com o centro marrom e bordas púrpuras, podendo até causar a morte das folhas. As perdas na produção variam entre 50-60% devido à severidade desta doença. O fungo que causa essa doença é um patógeno específico, encontrado em todas as regiões produtoras de cebola no Brasil, e se desenvolve com maior intensidade em ambientes de alta umidade.
Míldio (Peronospora destructor)
O míldio também é uma importante doença que afeta a cultura da cebola. Os sintomas iniciais incluem manchas que afetam as folhas e hastes florais, com possibilidade de ocorrer podridão nos bulbos. As condições ideais para o desenvolvimento do míldio incluem a presença de alta umidade e baixa luminosidade, típicas de ambientes com invernos chuvosos. Assim como a mancha-púrpura, o míldio pode causar significativas reduções na produtividade, especialmente em regiões onde as condições climáticas favorecem sua disseminação.

Controle das Doenças
Para o controle das doenças que afetam a cebola, medidaspreventivas são essenciais, incluindo a utilização de sementes sadias, a rotação de culturas, a remoção de restos culturais e a aplicação de fungicidas em conformidade com as recomendações técnicas. O monitoramento constante das lavouras para a detecção precoce dos sintomas é fundamental para evitar a ação devastadora dessas doenças.
Culturas e Doenças - Cenoura
A cenoura, uma das hortaliças mais consumidas e apreciadas no Brasil e no mundo, é suscetível a diversas doenças que podem impactar significativamente sua produtividade e qualidade. Uma das principais ameaças à cultura da cenoura é a doença conhecida como Mancha-das-Folhas, provocada pelo fungo Alternaria dauci.
Descrição da Doença
Alternaria dauci é um patógeno que provoca perdas severas na cultura da cenoura, especialmente durante períodos de alta umidade. Os sintomas típicos da doença incluem lesões necróticas nas folhas, que se manifestam como manchas pequenas, marrom-escuras a pretas, muitas vezes rodeadas por um halo amarelo. À medida que a infecção avança, essas lesões podem coalescer, resultando em grandes áreas de tecido foliar necrosado. Em casos extremos, a doença pode levar à morte das folhas, impactando diretamente a capacidade fotossintética da planta e, assim, sua produtividade.
Informações Ecológicas
O fungo Alternaria dauci sobrevive em restos de cultura e em sementes contaminadas, o que facilita sua disseminação. As condições ideais para o desenvolvimento da doença incluem alta umidade e temperaturas amenas, geralmente entre 16 e 30 °C. Períodos de chuva prolongada aumentam a severidade da infecção, pois favorecem o estabelecimento dos conídios nas folhas da cenoura.

Controle da Doença
Para controle da mancha-das-folhas, são recomendadas algumas práticas culturais, como a rotação de culturas com espécies não hospedeiras e a eliminação de restos culturais ao final da colheita. Além disso, o uso de sementes sadias e tratadas é essencial para prevenir a introdução do patógeno nas lavouras.
Em casos de alta incidência, o tratamento químico com fungicidas específicos pode ser necessário. O uso de cultivares resistentes à doença também deve ser considerado como uma estratégia eficaz para reduzir os prejuízos causados pela Alternaria dauci.
Culturas e Doenças - Cevada
A cultura da cevada (Hordeum vulgare) é frequentemente afetada por doenças, dentre as quais destaca-se a "Mancha-Reticular", causada pelo fungo Drechslera teres. Este patógeno é um agente causador significativo das perdas na produção de cevada, especialmente em regiões propensas à sua disseminação.
Descrição da Doença
A Mancha-Reticular, também conhecida como "mancha em rede da cevada", apresenta sintomas típicos caracterizados por lesões foliares elipsóide-circulares que possuem estrias curtas na superfície. Com a evolução da doença, essas lesões tornam-se marrom-escuras, podendo causar um significativo impacto no vigor das plantas e na produtividade.
Sintomas
Os sintomas iniciais são pequenas lesões que se desenvolvem nas folhas, com um aspecto reticulado, podendo levar a uma necrose da parte afetada. As lesões podem restringir-se pelas nervuras sensíveis, mas, em cultivares suscetíveis, podem atingir grandes áreas da lâmina foliar, resultando em desfolha intensa e, consequentemente, na redução do rendimento da cultura.
Bioecologia
O fungo Drechslera teres sobrevive nos restos de cultura deixados no campo, além de se espalhar através dos conídios e ascósporos, sendo esses últimos facilmente dispersados pelo vento. Condições de umidade alta e temperaturas amenas são ideais para o desenvolvimento da doença, especialmente durante os meses de maior incidência de chuvas.

Controle da Doença
Para controlar a Mancha-Reticular, é recomendado o uso de cultivares resistentes, bem como a adoção de práticas culturais eficazes, como a rotação de culturas e a eliminação de restos culturais após a colheita. O uso de fungicidas quando necessário também pode ser uma estratégia eficaz para reduzir a pressão da doença e minimizar os danos econômicos associados aos surtos dessa patologia.
Em resumo, a Mancha-Reticular da cevada é uma preocupação significativa para produtores, sendo importante a identificação precoce e a implementação de um manejo integrado para mitigação dos seus efeitos adversos sobre a produção da cultura.
Culturas e Doenças - Citros
Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides)
A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, representa uma preocupação significativa nas plantações de citros. Esta doença ataca flores, folhas e frutos, causando danos diretos que podem levar a uma redução dos rendimentos. Na maioria das vezes, os efeitos mais notáveis ocorrem na pós-colheita, onde a qualidade dos frutos é depreciada, tornando-os menos comercializáveis. Os principais sintomas incluem a queda de uma grande quantidade de botões florais, lesões nos frutos que se tornam evidentes após a colheita e, por consequência, perdas econômicas.
Verrugose (Elsinoe fawcettii)
A verrugose, causada pelo fungo Elsinoe fawcettii, é um problema elevado devido à desvalorização dos frutos consumidos “in natura”. Esse patógeno ataca principalmente as folhas e os frutos jovens, ocasionando verrugas com aspecto de cortiça. As folhas afetadas podem também sofrer deformações, comprometendo a estética e a qualidade das plants. A verrugose está amplamente distribuída nas regiões produtivas de citros do Brasil.
Melanose (Diaporthe citri)
A melanose, provocada pelo fungo Diaporthe citri, é uma doença que se manifesta frequentemente em climas onde altas fontes de inóculo estão presentes em condições chuvosas prolongadas. Os principais sintomas incluem a presença de pústulas corticais e distorções nas folhas, bem como manchas marrons nos frutos. Essa doença é notavelmente mais severa em pomelos e limões.

Considerações Finais
O controle dessas doenças é vital para garantir a produtividade e a qualidade da produção citrícola. A aplicação de fungicidas, práticas culturais adequadas e o uso de variedades resistentes são algumas das estratégias recomendadas para o manejo eficiente dessas patologias. É importante monitorar regularmente as plantas e aplicar os tratamentos preventivos necessário para minimizar o impacto das doenças nas culturas de citros.
Culturas e Doenças - Couve
A couve é uma das hortaliças cultivadas que pode ser afetada por diversas doenças, sendo uma das mais significativas a causada pelo fungo Alternaria brassicae, comumente conhecida como mancha-de-alternaria ou mancha-preta.
Descrição da Doença
A mancha-de-alternaria caracteriza-se pelo aparecimento de manchas foliares circulares, pequenas, com bordas escuras e centros mais claros. Essas lesões aumentam rapidamente de tamanho e podem coalescer, ocupando grandes áreas na lâmina foliar. Além das folhas, o fungo também pode afetar as hastes e as "cabeças" das plantas, provocando manchas necróticas que comprometem a qualidade e a aparência do produto.
Sintomas
Os sintomas típicos da doença incluem:
- Manchas escuras nas folhas e nas cabeças das couves.
- As lesões podem rapidamente aumentar de tamanho e coalescer, tornando a folha imprópria para consumo.
Bioecologia
O fungo Alternaria brassicae sobrevive na forma de escleródios e clamidósporos sobre os restos de cultura, apresentando resistência em condições desfavoráveis. A principal via de disseminação da doença a longa distância ocorre através de sementes infectadas ou contaminadas superficialmente. Dentro do campo, os conídios são dispersados pelos respingos da água da chuva ou irrigação e pelo vento, o que facilita a propagação da doença.
Condições Favoráveis
As condições que favorecem o desenvolvimento da mancha-de-alternaria incluem temperaturas amenas (entre 17 e 24 °C), alta umidade relativa e água livre sobre as folhas. Essas condições são comuns durante as épocas de maior umidade, especialmente em regiões tropicais e subtropicais.

Controle da Doença
Não existem cultivares comerciais resistêntes a Alternaria brassicae; no entanto, a adoção de práticas culturais como a eliminação dos restos de cultura, a combinação com fungicidas e a manutenção de um bom espaçamento entre as plantas são essenciais para controlar o patógeno. A aplicação de fungicidas preventivos e curativos é recomendada durante as épocas suscetíveis, contribuindo assim para a redução da incidência da doença e, consequentemente, garantindo a qualidade da colheita de couve.
Culturas e Doenças - Couve-flor
A Couve-flor (Brassica oleracea var. botrytis) é suscetível a diversas doenças, das quais a mais significativa é a causada pelo fungo Alternaria brassicae. Essa doença, conhecida como "mancha-de-alternaria" ou "mancha-preta", resulta em uma série de sintomas que afetam a qualidade e a viabilidade da cultura.
Sintomas
Os principais sintomas gerados pela Alternaria brassicae incluem manchas escuras nas folhas e na cabeleira da couve-flor. As folhas apresentam lesões circulares pequenas, caracterizadas pela presença de anéis concêntricos, que rapidamente aumentam de tamanho e podem coalescer, ocupando uma grande área na lâmina foliar. Esta condição é frequentemente acompanhada por um halo amarelado ao redor das manchas, que, à medida que a infecção avança, podem tornar a cultura imprópria para consumo.
Além das folhas, a doença pode ocasionar manchas escuras nos caules e, em situações severas, comprometer a produção, resultando em perdas significativas na colheita.
Bioecologia
O Alternaria brassicae sobrevive saprofiticamente ou na forma de escleródios e clamidósporos em restos de cultura. A principal via de disseminação da doença é através das sementes infectadas, que podem ser transportadas a longas distâncias. Dentro do campo, os conídios são dispersos pelos respingos da água da chuva ou da irrigação por aspersão, assim como pelo vento.
As condições ideais para o desenvolvimento da doença incluem temperaturas amenas (entre 17-24 °C), alta umidade relativa e a presença de água livre sobre as folhas. Essas condições favorecem a infecção e a disseminação do patógeno. Portanto, é essencial ter um manejo preventivo para minimizar os riscos associados a essa doença.

Controle
Para o controle da mancha-de-alternaria, recomenda-se o uso de sementes limpas e tratadas adequadamente, rotacionar cultivos com espécies não-hospedeiras e realizar a eliminação dos restos de cultura no final da colheita. A aplicação de fungicidas pode ser necessária em casos de alta pressão de inóculo, com ênfase na aplicação preventiva para garantir a saúde da cultura.
Assim, a observância rigorosa das práticas culturais e o monitoramento constante são fundamentais para o sucesso na produção de couve-flor, minimizando os impactos da Alternaria brassicae e assegurando uma colheita saudável e produtiva.
Culturas e Doenças - Cravo
A Ferrugem-do-craveiro, causada pelo fungo Uromyces dianthi Niesl., é uma doença significativa que afeta a cultura do cravo (Dianthus spp.), especialmente durante as condições mais frias do inverno. Essa patologia se manifesta através de sintomas visíveis nas folhas, hastes e cálices das plantas.
Sintomas
Na fase inicial, a infecção se apresenta através de pequenas lesões (pústulas) que são marrom-avermelhadas, cercadas por áreas amareladas. À medida que a doença progride, essas lesões aumentam de tamanho e podem se espalhar significativamente, causando desfolha e comprometendo a saúde geral da planta.
Bioecologia
O fungo Uromyces dianthi é um parasita obrigatório que se reproduz através de uredósporos, que são facilmente disseminados pelo vento ou pela água da chuva. Para uma disseminação eficaz e germinação, o fungo requer temperaturas entre 16 e 28 °C, sendo ideal em torno de 24 °C, junto com períodos prolongados de alta umidade.

Controle
O manejo da Ferrugem-do-craveiro inclui práticas culturais como a escolha de mudas saudáveis, a eliminação de restos de plantas infectadas e a rotação de cultivos, além da necessidade de se evitar a irrigação que propicie umidade excessiva nas folhas. No que diz respeito ao controle químico, a aplicação de fungicidas, especialmente aqueles da classe cúprica, é recomendada para reduzir a incidência da doença e proteger a cultura.
Essas medidas são essenciais para garantir a saúde das plantas de cravo e otimizar a produção, prevenindo perdas significativas que podem ocorrer em decorrência da doença.
Culturas e Doenças - Crisântemo
Ferrugem do Crisântemo
A Ferrugem do Crisântemo, causada pelo fungo Puccinia chrysanthemi, é uma doença significativa que afeta as folhas das plantas. É considerada uma doença pouco comum no Brasil e, apesar de ter uma importância relativa, seus efeitos podem ser notáveis em cultivos de crisântemo.
Sintomas
Os sintomas característicos desta doença incluem a formação de pústulas ferruginosas de coloração parda na face inferior das folhas. Quando estas pústulas se rompem, elas liberam uma massa pulverulenta também de cor parda, composta por urediniósporos do fungo. Plantas severamente infectadas podem apresentar um enfraquecimento significativo, resultando na produção de flores anormais e uma diminuição na qualidade do cultivo.
Bioecologia
Puccinia chrysanthemi é um fungo que se estabelece no hospedeiro durante períodos de alta umidade e temperaturas amenas, que favorecem sua disseminação e desenvolvimento. O fungo é transmitido principalmente através de conídios que podem ser dispersos pelo vento ou pela água da chuva.
Controle
O controle da Ferrugem do Crisântemo exige um manejo cuidadoso, incluindo a eliminação das partes afetadas da planta e a aplicação de fungicidas, principalmente os cúpricos, que têm mostrado melhor eficácia no controle da doença. A adoção de práticas culturais, como o uso de mudas sadias e a adequada ventilação entre as plantas, são estratégias adicionais que podem ajudar a minimizar o risco de infecções severas.

Culturas e Doenças - Ervilha
A ervilha (Pisum sativum) é uma leguminosa comum e amplamente cultivada, podendo ser afetada por diversas doenças, entre elas destacam-se as causadas pelos fungos Ascochyta pisi e Ascochyta pinodes, ambos responsáveis pela síndrome conhecida como "mancha-de-ascochyta".
1. Ascochyta pisi
Descrição
Ascochyta pisi é o agente causal da mancha-de-ascochyta na ervilha. Esta doença pode resultar em sérios problemas, especialmente em regiões onde os invernos são chuvosos.
Sintomas
Os sintomas típicos incluem manchas circulares ou irregulares, de coloração marrom-escura e com aspecto zonado. As lesões podem se apresentar nas folhas, vagens, hastes e até raramente nas raízes. Na fase inicial, as lesões são pequenas e de cor cinza-escura, podendo se espalhar e coalescer, levando à desfolha intensa e perda de rendimento.
Bioecologia
Este fungo sobrevive na forma de clamidósporos ou picnídios nos restos culturais que permanecem no solo após a colheita. As sementes são uma das principais vias de disseminação do patógeno. O vento e os respingos da água da chuva ou da irrigação também favorecem a dispersão da doença.
Controle
Após a identificação da presença da doença, é recomendado o uso de sementes sadias e a realização de rotações de cultivo com espécies não hospedeiras. Além disso, deve-se fazer a eliminação dos restos culturais após a colheita e aplicar fungicidas preventivos sempre que necessário.
2. Ascochyta pinodes
Descrição
Ascochyta pinodes, outro agente causal de mancha-de-ascochyta, também tem grande impacto na ervilha, especialmente em condições de alta umidade.
Sintomas
Os sintomas incluem lesões circulares ou irregulares, marrom-escuro, que se desenvolvem em todas as partes da planta. As folhas apresentam áreas com manchas marrons a pretas, enquanto as vagens podem apresentar cancros que afetam os tecidos internos.
Bioecologia
Assim como A. pisi, A. pinodes se propaga por sementes infectadas e também nos restos de cultura após a colheita. O ventos e a água pela chuva também desempenham um papel importante na propagação do patógeno, especialmente em condições favoráveis de umidade.

Controle
O manejo inclui a utilização de sementes limpas e a rotação de culturas com espécies que não sejam hospedeiras dos fungos. O uso de fungicidas pode ser necessário quando a pressão de inóculo for significativa e deve ser realizado com cautela, respeitando as operações de segurança e as orientações de aplicação.
A implementação de práticas culturais e o controle químico são essenciais para minimizar as perdas de produtividade e garantir a saúde das plantações de ervilha.
Culturas e Doenças - Feijão
6. Culturas e Doenças do Feijão
A cultura do feijão, especialmente a variedade Phaseolus vulgaris, é suscetível a várias doenças que podem impactar severamente a sua produtividade. Entre as doenças mais comuns, destacam-se a Ferrugem causada pelo fungo Uromyces appendiculatus e a Mancha Angular provocada por Phaeoisariopsis griseola.
Ferrugem (Uromyces appendiculatus)
A Ferrugem é uma doença que ocorre em todas as regiões produtoras de feijão do mundo, sendo mais comum em áreas tropicais úmidas e subtropicais. Este fungo pode causar perdas significativas, especialmente durante os estágios críticos de desenvolvimento da planta, como pré-floração, floração e enchimento das vagens, levando a uma redução na produtividade que pode variar entre 35% a 50%.
Sintomas
Os sintomas iniciais da Ferrugem surgem principalmente nas folhas, onde pequenas pontuações esbranquiçadas e levemente salientes são observadas. Com a evolução da doença, essas lesões aumentam rapidamente, tornando-se amareladas e formando pústulas de coloração marrom-avermelhada em ambas as faces da folha. Em casos severos, as folhas podem secar e cair.
Bioecologia
O fungo Uromyces appendiculatus é um parasita obrigatório que completa seu ciclo de vida em um único hospedeiro. Ele libera um grande número de uredósporos, que são facilmente disseminados pelo vento, insetos e até mesmo através de implementos agrícolas. As condições climáticas favoráveis incluem temperaturas entre 16°C e 28°C, sendo o ideal em torno de 24°C, com períodos prolongados de alta umidade.

Controle
O controle da Ferrugem pode ser realizado através de práticas culturais, como a rotação de culturas, remoção de resíduos de colheitas anteriores e escolha adequada da época de plantio. O uso de fungicidas de contato aplicados de forma profilática também é recomendado, uma vez que estes se mostram eficazes na proteção das plantas. Contudo, é crucial evitar o uso contínuo do mesmo produto para prevenir a resistência do patógeno.
Mancha Angular (Phaeoisariopsis griseola)
Outra doença que afeta a cultura do feijão é a Mancha Angular, que também apresenta riscos significativos à produtividade das lavouras.
Sintomas
Os sintomas da Mancha Angular são caracterizados por lesões circulares que podem ser identificadas nas folhas e ocorrem com mais frequência na face inferior. As lesões podem evoluir para áreas necróticas e, em infecções severas, levar à desfolha.
Bioecologia
Phaeoisariopsis griseola pode sobreviver em restos de culturas e sementes contaminadas, tornando-se uma ameaça contínua à produção de feijão. Seu desenvolvimento é mais severo em condições de umidade elevada e temperaturas amenas.
Controle
É fundamental usar sementes sadias e realizar rotatividade de culturas para combater a Mancha Angular. O tratamento químico através de fungicidas, juntamente com boas práticas culturais, ajuda a minimizar os danos causados por essa doença.
Essas informações mostram a importância de um manejo cuidadoso e integro para a produção saudável e eficiente da cultura do feijão, destacando a relevância de práticas de controle e monitoramento das doenças que podem afetar a produtividade e qualidade da colheita.

Culturas e Doenças - Figo
A Ferrugem do figo, causada pelo fungo Cerotelium fici (Castagne) Arthur, é uma importante doença que afeta a cultura do figo, podendo provocar perda severa devido à desfolha quase total das plantas em condições favoráveis ao patógeno e na ausência de proteção com fungicidas. Observou-se que sob períodos de chuvas intensas e prolongadas, as árvores podem sofrer uma desfolha completa em apenas 20 a 30 dias.
Essa doença é considerada cosmopolita, com registros encontrados em praticamente todos os países em que a cultura do figo é cultivada. No Brasil, a Ferrugem da Figueira está presente em todas as regiões produtoras.
Os sintomas característicos da doença incluem manchas angulosas que podem emergir rapidamente nas folhas, e quando em estado avançado, podem levar ao amarelecimento, secagem e queda precoce das folhas. A severidade da infecção pode comprometer a quantidade e qualidade da produção, tornando a cultura bastante suscetível se não houver manejo adequado. É importante portanto que os produtores de figo estejam atentos ao controle desta doença, utilizando práticas de manejo integrado que podem incluir aplicação de fungicidas e rotinas de monitoramento das plantas.
Culturas e Doenças - Fumo
Mofo-Azul (Peronospora tabacina)
O mofo-azul, causado pelo fungo Peronospora tabacina, é uma doença que afeta principalmente as partes superiores das plantas jovens de fumo. Esta doença adquire maior importância nas regiões produtoras de fumo localizadas no sul do Brasil, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além das plantações no estado de São Paulo. No entanto, o fungo não causa danos significativos nas regiões do norte do país.
Sintomas
As plantas de qualquer idade podem ser infectadas, mas os danos são mais severos durante a fase de sementeira. O fungo provoca a necrose das folhas, levando ao aparecimento de manchas amarelas de vários tamanhos. Essas manchas, que podem alcançar até 3 cm de diâmetro na superfície da folha, são frequentemente acompanhadas por áreas de coloração branco-acizentada na face inferior, que corresponde à formação das estruturas reprodutivas do fungo.

Bioecologia
A sobrevivência do Peronospora tabacina ocorre principalmente em plantas voluntárias e nos restos culturais. As condições meteorológicas, como períodos com predominância de dias chuvosos, frios e nublados, são ideais para a instalação e a rápida multiplicação do fungo, que é favorecido por temperaturas que variam de 1 °C a 30 °C, sendo a faixa ideal entre 15 °C e 23 °C.
Controle
Para controlar o mofo-azul, é fundamental evitar o plantio em áreas que ofereçam condições climáticas favoráveis ao fungo, como solos mal drenados e sombreamento excessivo. Além disso, o uso de fungicidas específicos, aplicados de forma preventiva durante o ciclo de cultivo, é recomendado.
O monitoramento constante e a realização de práticas culturais adequadas, como a eliminação de resíduos culturais e plantio de cultivares com resistência ao patógeno, são essenciais para a redução da incidência do mofo-azul nas lavouras de fumo.
Culturas e Doenças - Gladíolo
Gladíolo (Botrytis gladiolorum)
O gladíolo é uma planta ornamentais muito apreciada, mas que pode ser afetada por diversas doenças, entre elas, a provocada pelo fungo Botrytis gladiolorum. Este fungo é responsável pela ocorrência de problemas significativos em casa de vegetação, transportes e armazenagens, podendo ocasionar perdas totais na produção devido à sua agressividade.
Descrição da Doença
Os sintomas típicos da infecção por Botrytis gladiolorum incluem a presença de uma podridão pulverulenta em botões e flores abertas, bem como nos bulbos da planta. As folhas, quando infectadas, podem apresentar grandes lesões marrons que progridem para uma tonalidade mais clara.
As flores e botões que são afetados pelo fungo mostram padrões de apodrecimento, o que pode complicar sua abertura e resultar na mumificação dos botões. Além disso, os bulbos armazenados também podem sofrer podridão, levando a perdas drásticas.

Considerações Importantes
O cuidado com o gladíolo é fundamental, especialmente durante o transporte e armazenamento, pois as condições de temperatura e umidade podem potencializar a instalação da doença. Para prevenir a infecção, práticas culturais adequadas, como a eliminação de materiais vegetais infectados, a utilização de métodos de ventilação apropriados e a aplicação de fungicidas específicos, são altamente recomendadas.
Manter o cultivo de gladíolos sob as melhores condições possíveis pode reduzir significativamente os prejuízos causados pelas doenças, garantindo a qualidade e a beleza das plantas.
Culturas e Doenças - Maçã
A maçã, um cultivo extensivamente produzido em diversas regiões do mundo, é suscetível a várias doenças que podem afetar sua qualidade e produtividade. Entre as principais doenças que afetam as macieiras está a sarna-da-macieira, causada pelo fungo Venturia inaequalis. Esta doença é particularmente relevante, pois pode gerar perdas significativas nas colheitas se não forem implementadas medidas de controle adequadas.
Sintomas
Os principais sintomas da sarna-da-macieira incluem lesões de coloração verde-oliva que aparecem isoladamente ou espalhadas em ambas as superfícies das folhas. Essas lesões se desenvolvem, adquirindo um aspecto aveludado, coloração cinza-escura e contorno aproximadamente circular. Nos frutos, inicialmente surgem pequenas lesões circulares, que em evolução podem causar deformação, rachaduras e queda prematura das maçãs. Além disso, os ramos novos infectados podem apresentar lesões e cancros.
Bioecologia
A infecção pelo fungo Venturia inaequalis depende do número de horas que as folhas permanecem molhadas e da temperatura do ambiente. Folhas novas são as mais susceptíveis à infecção. A água é o principal fator para a disseminação do fungo, responsável pela liberação dos conídios, que são transportados pelos respingos de água e pelas correntes de ar. Condições de umidade elevada, tempo de molhamento foliar e temperaturas moderadas são essenciais para a infecção e o desenvolvimento da doença, raramente ocorrendo infecção em temperaturas acima de 26 ºC.

Controle
O controle da sarna-da-macieira é eficaz através do uso de fungicidas protetores. Práticas culturais, como a poda correta, também podem contribuir para a redução da incidência da doença, melhorando a circulação de ar dentro da copa e, consequentemente, promovendo uma secagem mais rápida dos frutos. Assim, o manejo adequado das maçãs inclui a combinação de estratégias de controle químico e cultural para minimizar o impacto desta doença, garantindo a saúde das plantas e a qualidade da produção na pomar.
Compreender os sintomas, a bioecologia e as estratégias de controle da sarna-da-macieira é vital para agricultores que buscam maximizar a produtividade e qualidade de suas maçãs.
Culturas e Doenças - Mamão
A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, é um problema significativo na cultura do mamão. Esta doença é caracterizada por causar una podridão amarga, que resulta na desvalorização comercial dos frutos. A infecção afeta primariamente os frutos, levando à queda prematura dos mesmos, especialmente quando os frutos estão em amadurecimento.
Sintomas
Os principais sintomas da antracnose incluem:
- Frutos: As lesões aparecem na superfície dos frutos como manchas circulares deprimidas, com bordas marrom-claras. À medida que a infecção avança, essas lesões se tornam mais evidentes, aumentando em tamanho e cobrindo mais da superfície do fruto. O interior da delicada camada infectada mantém-se firme, mas com o tempo, pode se tornar marrom, indicando a presença do fungo.
Bioecologia
O fungo Colletotrichum gloeosporioides sobrevive em tecidos infectados das plantas, ou seja, no mamoeiro e em restos de cultura no solo. Ele dissemina a infecção por meio de conídios que são carregados pela água da chuva e irrigação. Durante períodos chuvosos e úmidos, associados a temperaturas elevadas, a doença se potencializa, aumentando o risco de infecções nos frutos.

Controle
Embora não existam variedades de mamão totalmente resistentes à antracnose, algumas práticas culturais são recomendadas para minimizar a incidência da doença:
- Manutenção de Sementes: O uso de sementes saudáveis e livres do patógeno é fundamental.
- Descarte de Restos de Cultura: Os restos contaminados da cultura devem ser removidos e queimados.
- Controle Químico: A aplicação de fungicidas protetores é fundamental e deve ser feita preventivamente, especialmente perto do início da floração e amadurecimento dos frutos.
Essas práticas, se implementadas adequadamente, podem contribuir para uma redução significativa dos danos causados pela antracnose e garantir uma produção mais saudável e rentável de mamões.
Culturas e Doenças - Manga
A doença causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, conhecida como Antracnose, é uma das principais preocupações para a cultura da manga (Mangifera indica). Este patógeno é classificado como um patógeno onívoro, ou seja, possui um amplíssimo círculo de hospedeiros e ataca não apenas a manga, mas também diversas outras culturas, como a melancia e o melão.
A Antracnose se manifesta principalmente em frutos e folhas, sendo mais severa nos estágios de amadurecimento dos frutos. Os sintomas típicos incluem a formação de manchas marrom-escuro que, ao avançar a infecção, podem levar à podridão das frutas. Nos casos mais graves, as lesões nos frutos são acompanhadas pela presença de uma exsudação que pode ser visualizada e que contribui para a rápida deterioração do fruto. Assim, as perdas potenciais de produção podem ser significativas, afetando diretamente o valor comercial dos frutos e resultando em grandes prejuízos para os produtores.
Sintomas em Folhas e Frutos
Os sintomas da Antracnose em folhas iniciam-se com pequenas manchas, que podem evoluir rapidamente para áreas mais extensas de necrose. Já em frutos, as lesões começam como manchas pequenas e se expandem, podendo causar a queda prematura dos frutos ou a sua deterioração total em campo.

Controle da Doença
Para controlar a Antracnose, recomenda-se iniciar as aplicações preventivas de fungicidas logo após o transplante das mudas, geralmente em períodos de florescimento, repetindo as pulverizações a cada 15 dias. É importante ressaltar que o controle químico deve ser feito com a devida atenção à resistência do patógeno, visando a utilização de fungicidas alternativos para evitar a seleção de cepas resistentes.
Os cultivares de manga podem apresentar variadas respostas à Antracnose, e a escolha de variedades menos suscetíveis é uma prática recomendada para mitigar os impactos da doença. Além disso, boas práticas de manejo, como a rotação de culturas, eliminação de restos de culturas infectadas e o controle de umidade no solo, também podem ajudar a reduzir a incidência e a severidade da Antracnose.
Culturas e Doenças - Melancia
A melancia (Citrullus lanatus) é uma cultura comumente afetada por diversas doenças, destacando-se principalmente pelo impacto da antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum orbiculare. Esta patologia é caracterizada por lesões aquosas que evoluem para manchas circulares, ocasionando sérios danos à planta.
Sintomas
Os primeiros sintomas da antracnose aparecem como manchas pequenas e aquosas, especialmente nas folhas mais velhas, podendo também afetar os pecíolos. À medida que a infecção avança, as lesões tornam-se escuras e podem coalescer, aumentando em profundidade e abrangência. Em casos severos, a planta pode desenvolver um aspecto mofado, levando à queda precoce das folhas, raquitismo e compromissos na formação dos frutos.
Bioecologia
O Colletotrichum orbiculare pode sobreviver nos restos de culturas até dois anos, nas sementes contaminadas e nos hospedeiros silvestres. A disseminação do patógeno se dá principalmente por meio de respingos de água da chuva ou de irrigação, além de insetos que são atraídos pela mucilagem dos conídios. A alta umidade e temperaturas variando entre 19°C a 26°C favorecem o desenvolvimento da doenca, sendo comumente notada em períodos chuvosos, onde os sintomas se manifestam rapidamente.

Controle
Para o manejo e controle da antracnose na melancia, é recomendado o uso de cultivares que apresentam resistência às raças do patógeno. Práticas culturais, como a rotação de culturas em intervalos de 2-3 anos e a eliminação de restos de culturas, também são eficazes na redução do inóculo. O uso de sementes sadias é fundamental para evitar a introdução do fungo no campo, assim como o controle adequado das cucurbitáceas silvestres, que podem agir como hospedeiras.
Além disso, a aplicação preventiva de fungicidas, em caso de condições favoráveis à antracnose, é recomendada para minimizar danos à produção e garantir a qualidade dos frutos.
Culturas e Doenças - Melão
A cultura do melão é frequentemente afetada por diversas doenças fúngicas, sendo a Antracnose (Colletotrichum orbiculare) uma das mais prejudiciais. Esta doença é caracterizada pelo surgimento de lesões aquosas, acompanhadas de necrose, que podem comprometer seriamente a produção.
Sintomas da Doença
Os sintomas iniciais da Antracnose se manifestam como pequenas manchas circulares, deprimidas e aquosas nos frutos e folhas. À medida que a doença avança, essas lesões aumentam de tamanho, levando à roseta e ao apodrecimento do fruto. O ataque é mais pronunciado em frutos durante o período de amadurecimento, podendo resultar em perda significativa de qualidade e mercado.
Bioecologia
O fungo Colletotrichum orbiculare pode sobreviver nos restos de culturas, em sementes contaminadas e em outras Cucurbitáceas silvestres. A disseminação ocorre predominantemente pelos respingos da água da chuva e pela irrigação, facilitada por períodos de alta umidade e temperaturas entre 19-26 °C, que favorecem o desenvolvimento da doença.
Controle e Manejo
Para o controle da Antracnose no melão, é recomendado o uso de cultivares resistentes, além de práticas culturais e fitossanitárias adequadas, como a rotação de culturas e a eliminação de restos vegetais do campo. O emprego de fungicidas protetores e erradicantes, aplicados preventivamente, também é uma estratégia eficaz para minimizar os danos causados por essa patologia.

Culturas e Doenças - Milho
A cultura do milho (Zea mays) é suscetível a diversas doenças, dentre as quais se destaca a Mancha-de-Phaeosphaeria, causada pelo fungo Phaeosphaeria maydis. Esta doença é caracterizada pela ocorrência de manchas que podem levar a reduções significativas na produtividade, com perdas que podem chegar a 60% em cultivares vulneráveis.
Sintomas
Os sintomas da Mancha-de-Phaeosphaeria começam com a formação de pequenas lesões aquosas, que evoluem para manchas irregulares, exibindo centros escurecidos. À medida que a infecção se agrava, as lesões podem crescer e coalescer, resultando em áreas extensas de tecido necrosado, afetando o desenvolvimento das folhas e, consequentemente, o crescimento da planta.
Bioecologia
O fungo Phaeosphaeria maydis pode sobreviver em restos de culturas ou hospedeiros alternativos, propagando-se durante períodos de alta umidade e temperaturas favoráveis, que geralmente ocorrem na primavera e no verão.
Controle
Para o controle da Mancha-de-Phaeosphaeria, é recomendado o uso de cultivares resistentes e a rotação de culturas, evitando o plantio contínuo de milho na mesma área. Também é importante manejar a umidade do solo e evitar a irrigação excessiva, para minimizar as condições que favorecem a infecção.
Implementar essas práticas pode ajudar na prevenção e no manejo da doença, garantindo uma colheita mais saudável e com maior rendimento.
Culturas e Doenças - Pepino
A cultura do pepino (Cucumis sativus L.) está suscetível a várias doenças que podem comprometer sua produção e qualidade. Dentre essas, destaca-se a Antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum orbiculare. Esta doença é caracterizada por sua alta variabilidade e capacidade de afetar todas as partes aéreas da planta em qualquer estádio de desenvolvimento, resultando em sérios problemas, como quedas precoces das folhas, perda de vigor e, potencialmente, a morte das plantas.

Sintomas
Os sintomas da Antracnose no pepino incluem lesões circulares e deprimidas nos frutos e folhas. Inicialmente, as folhas apresentam pequenas manchas próximas às nervuras, que se tornam marrom-claras a avermelhadas, aumentando progressivamente de diâmetro. Esta condição leva ao entortamento das folhas, com o centro das lesões eventualmente secando e quebrando, resultando em buracos na lâmina foliar.
Nos frutos, a infecção se manifesta como lesões circulares, de aspecto aquoso, que escurecem com o tempo, podendo coalescer e aumentar de profundidade, chegando até 8 mm. O pedicelo também pode ser afetado, levando ao seu escurecimento e eventual morte.
Bioecologia
O fungo Colletotrichum orbiculare possui diversas formas de sobrevivência, incluindo restos de culturas infectados, sementes contaminadas e outros hospedeiros silvestres. A disseminação dos conídios ocorre através dos respingos da água da chuva e da irrigação, além do vento e de insetos atraídos pela massa mucilaginosa dos conídios.
Condições que favorecem o desenvolvimento da Antracnose incluem períodos de alta umidade, com temperaturas entre 19 e 26 °C. Em situações favoráveis, os sintomas podem aparecer em aproximadamente uma semana, exigindo atenção dos produtores para o manejo eficiente da doença.
Controle
O controle da Antracnose no pepino pode ser realizado por meio de práticas culturais, como a rotação de cultivos e a eliminação de restos de culturas. Variedades de pepino que apresentam resistência a esta doença devem ser preferidas para minimizar perdas. A aplicação de fungicidas também é uma medida importante, com recomendações de uso preventivo, iniciando as aplicações duas semanas após a semeadura ou no início do surgimento dos primeiros sintomas, repetindo a cada 7 dias e realizando no máximo 4 aplicações durante o ciclo da cultura.
Assessores agronômicos são essenciais para recomendar as melhores estratégias e intervenções, garantindo a saúde e a produtividade das culturas de pepino.

Culturas e Doenças - Pêra
A cultura da pêra é suscetível a várias doenças que podem impactar sua produção e qualidade. Entre as principais doenças que afetam as pêras, destacam-se a Entomosporiose (Entomosporium mespili), a Podridão-parda (Monilinia fructicola) e a Sarna-da-macieira (Venturia inaequalis). Cada uma dessas doenças apresenta características distintas, incluindo sintomas, condições favoráveis ao seu desenvolvimento e metodologias de controle.
1. Entomosporiose (Entomosporium mespili)
A Entomosporiose, também conhecida por provocar severa desfolhação das plantas durante o verão, reduz a capacidade fotossintética das pêras e, consequentemente, os rendimentos. Os sintomas típicos incluem manchas em ramos e frutos, com uma resposta direta da planta que pode incluir a desfolha maciça. Essa doença é comumente registrada em regiões de clima cálido, chuvoso e úmido durante o verão. Os registros de Entomosporiose são frequentes em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, onde sua incidência é notável nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
2. Podridão-parda (Monilinia fructicola)
A Podridão-parda ataca principalmente frutos próximos à maturação. Os sintoma aparecem inicialmente como manchas pardas circulares e encharcadas nos teores vizinhos, que eventualmente se tornam mais dramáticas e necessitam de atenção cuidadosa no manejo. Embora a Podridão-parda não costume causar problemas sérios em certas cultivares de maçã e pêra, ela pode ser devastadora para variedades de nectarina, ameixa, damasco e pêssego. O controle é feito através de práticas culturais e o uso de fungicidas, aplicados em momentos estratégicos durante o início e após o florescimento.

3. Sarna-da-macieira (Venturia inaequalis)
A Sarna-da-macieira é uma doença foliar que pode causar grandes perdas se não forem adotadas as medidas de controle apropriadas. A infecção ocorre em todas as regiões produtoras de maçã e a doença é caracterizada por lesões de coloração verde-oliva nas folhas, que desenvolvem um aspecto aveludado e podem levar à deformação e rachaduras nos frutos. Para um controle eficiente, o uso de fungicidas protetores é altamente recomendado, além de práticas culturais que visam melhorar a circulação de ar e a secagem das folhas.
É essencial que os produtores de pêra se mantenham atentos a essas doenças e adotem medidas preventivas e de controle, garantindo a sanidade das suas culturas e maximizando a produtividade.
Culturas e Doenças - Pêssego
A cultura do pêssego, cientificamente conhecida como Prunus persica, é suscetível a diversas doenças que podem impactar negativamente a sua produção e qualidade. Dentre as principais doenças que afetam esta cultura, destacam-se a podridão-parda e a ferrugem.
Podridão-Parda (Monilinia fructicola)
A podridão-parda, causada pelo fungo Monilinia fructicola, é uma das doenças mais significativas nas plantações de pêssego. Esta doença é especialmente devastadora nos frutos que estão próximos à maturação. Os principais danos ocorrem inicialmente nas flores, podendo se espalhar para os frutos e ramos, causando perdas significativas.
Os sintomas incluem:
- Flores: Apresentam uma massa pulverulenta de coloração pardo-acizentada, resultante da frutificação do fungo, que pode ser observada sobre os botões.
- Ramos: Após a infecção das flores, o fungo pode atingir os ramos, causando pequenos cancros de cor parda que, em alguns casos, podem levar à morte da parte terminal do ramo.
- Frutos: Os frutos infectados começam a apresentar manchas pardas e circulares, podendo ocorrer encharcamento dos tecidos vizinhos. Em condições de calor e umidade, a lesão pode atingir todo o fruto, que eventualmente se mumifica.

Ferrugem (Tranzschelia discolor)
A ferrugem, causada pelo fungo Tranzschelia discolor, também é uma preocupação significativa nas plantações de pêssego. Este patógeno ataca principalmente as folhas, causando sintomas distintos.
Os principais sintomas da ferrugem são:
- Folhas: O fungo leva ao aparecimento de manchas angulares de coloração amarelada na face inferior das folhas, que podem evoluir para pústulas de ferrugem. Com o avanço da doença, áreas necróticas podem se formar, levando à queda prematura das folhas.
- Ramos: Durante o início da infecção, pequenas pústulas podem surgir nos ramos, mas o impacto mais severo é geralmente observado nas folhas.
Ambas as doenças ressaltam a importância de um controle preventivo eficaz, que pode incluir práticas culturais como poda, rotação de culturas e a utilização de fungicidas apropriados. A combinação de práticas corretas e monitoramento constante pode ajudar a mitigar os efeitos dessas doenças sobre a cultura do pêssego.
Culturas e Doenças - Pimentão
O pimentão, uma planta do gênero Capsicum, é suscetível a várias doenças que podem impactar negativamente sua produção e qualidade. Abaixo estão as principais doenças que afetam o cultivo do pimentão, incluindo suas características, sintomas e recomendações de controle.
Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides)
A antracnose é uma das doenças mais significativas do pimentão, agravada pela sua capacidade de causar perdas diretas e indiretas, especialmente quando as condições de cultivo são favoráveis. Os frutos, incluindo a inflorescência, são frequentemente atacados, resultando em lesões que levam à perda de qualidade e viabilidade comercial.
Sintomas
Os sintomas iniciais da antracnose incluem lesões pequenas, marrom-escuras e deprimidas nos frutos, que se expandem e podem coalescer em manchas maiores. As folhas podem apresentar manchas semelhantes, mas os sintomas são mais evidentes nos frutos.

Controle
Para o controle da antracnose em pimentão, recomenda-se o seguinte:
- Dose: 200 a 250 g/100 L de água.
- Volume de Calda: Utilizar entre 1000 a 2000 L/ha, dependendo do porte da planta.
- Aplicações: Iniciar as pulverizações no início do florescimento, repetindo a cada 10 dias, totalizando no máximo 4 aplicações durante o ciclo da cultura.
Cercosporiose (Cercospora capsici)
A cercosporiose é outra doença relevante no cultivo do pimentão, que se destaca por provocar perdas de produção significativas devido à desfolha intensa.
Sintomas
Os sintomas da cercosporiose incluem lesões acinzentadas nas folhas, que se espalham e podem causar desfolha completa das plantas, levando à redução da produção.
Controle
- Dose: Não especificada no material fornecido, mas o monitoramento da ocorrência é crucial para determinar a necessidade de controle químico.
- Aplicações: Realizar pulverizações preventivas se sintomas forem identificados, e assegurar a eliminação de restos culturais.
Conclusão
O manejo adequado dessas doenças é vital para garantir a saúde e produtividade dos pimentões. Através de práticas de controle químico com fungicidas apropriados e manejo cultural, como a rotação de culturas e remoção de restos de plantas afetadas, os agricultores podem mitigar os efeitos destas doenças e garantir colheitas saudáveis e rentáveis. É sempre aconselhável consultar um engenheiro agrônomo para o desenvolvimento de estratégias específicas de manejo conforme as condições locais.
Culturas e Doenças - Repolho
O repolho, uma importante hortaliça cultivada em diversas regiões, está suscetível a várias doenças fúngicas, entre as quais se destaca a mancha-de-alternaria, causada pelo fungo Alternaria brassicae. Esta doença é caracterizada por sintomas visíveis nas folhas e nas cabeças do repolho, onde manchas escuras se formam rapidamente, comprometendo a qualidade do produto e sua viabilidade para o consumo.
Sintomas
Os sintomas típicos da mancha-de-alternaria incluem manchas foliares circulares, que inicialmente apresentam a cor verde-clara e depois evoluem para um marrom intenso. Essas manchas podem aumentar rapidamente em tamanho e coalescer, levando a uma grande área de descoloração na lâmina foliar. Na parte aérea da planta, as "cabeças" também podem ser afetadas, tornando-as impróprias para o consumo devido à presença de lesões escuras.

Bioecologia
Alternaria brassicae sobrevive saprofiticamente ou na forma de escleródios e clamidósporos entre os restos de cultura. Durante a disseminação, as sementes infectadas são um dos principais vetores para a propagação da doença, além dos conídios que são dispersados pelo vento e pelos respingos da água da chuva ou irrigação. Condições de alta umidade e temperaturas amenas favorecem a infecção e o desenvolvimento da doença no cultivo.
Controle
Para mitigar os efeitos da mancha-de-alternaria em plantações de repolho, é recomendada a adoção de práticas culturais, como a rotação de culturas com espécies não hospedeiras e o controle rigoroso das plantas voluntárias. Além disso, o uso de sementes limpas e a aplicação de fungicidas apropriados são essenciais para proteger o cultivo, especialmente em condições climáticas que favorecem o desenvolvimento da doença. As aplicações devem ser iniciadas assim que os primeiros sintomas aparecerem, respeitando os intervalos recomendados e o limite máximo de aplicações estabelecido para a cultura.
Culturas e Doenças - Rosas
As rosas, conhecidas por sua beleza e fragrância, são suscetíveis a diversas doenças, sendo a "Mancha-das-folhas" (Diplocarpon rosae) a mais comum. Essa doença, que resulta de infecções por fungos, apresenta sintomas visíveis nas folhas, como manchas escuras e necrose que podem levar à queda prematura das folhas, comprometendo a saúde da planta.
A infecção pode ocorrer em todas as partes aéreas da planta, embora as folhas sejam as mais afetadas. Quando não controlada, a doença pode causar desfolha intensa, o que reduz significativamente a capacidade fotossintética da planta, impactando sua floragem e crescimento.
O tratamento preventivo e o monitoramento constante são fundamentais para o manejo eficaz da mancha-das-folhas. O uso de fungicidas apropriados, juntamente com práticas culturais como a remoção de folhas infectadas e o correto espaçamento entre as plantas para garantir circulação de ar, são importantes para minimizar a incidência dessa e de outras doenças que possam afetar as rosas.

Culturas e Doenças - Tomate
No cultivo do tomate, diversas doenças podem impactar significativamente a produtividade e a qualidade da colheita. Dentre as principais doenças, destacam-se:
Requeima (Phytophthora infestans)
A requeima, ou mela, é considerada uma das doenças mais importantes que afetam o tomateiro. Essa doença pode ocorrer em todas as partes da planta em qualquer estágio de desenvolvimento, causando lesões marrons que se espalham rapidamente pelos tecidos, levando a uma significativa perda econômica.
Pinta-preta (Alternaria solani)
Outra doença crítica no cultivo do tomate é a pinta-preta, caracterizada por manchas escuras nas folhas, hastes e frutos. As folhas mais velhas são geralmente as primeiras a serem atacadas, levando a uma deterioração rápida da planta e redução dos rendimentos. A presença de manchas marrons e a possibilidade de necrose do tecido foliar são os principais sintomas que indicam a infecção.
Septoriose (Septoria lycopersici)
A septoriose, ou pinta-preta pequena, também é uma preocupação significativa para os produtores de tomate. Os primeiros sintomas incluem pequenas manchas redondas e escuras nas folhas, que podem coalescer, resultando em desfolha progressiva. Esta doença, além de causar queda de folhas, pode afetar a produção e a qualidade dos frutos, contribuindo para perdas expressivas na colheita.
Condições Favoráveis
O desenvolvimento dessas doenças é favorecido por condições de alta umidade e temperaturas amenas, sendo especialmente prejudiciais em períodos de chuvas intensas. Para o manejo efetivo dessas doenças, é essencial iniciar as aplicações de fungicidas preventivamente e observar os intervalos de segurança entre as aplicações.
Recomendação de Controle
As estratégias de controle incluem o uso de fungicidas, com aplicações preventivas contra a requeima, pinta-preta e septoriose, sempre respeitando as dosagens e intervalos recomendados para garantir a eficácia do produto e reduzir a pressão de inóculo no campo. É fundamental seguir um bom manejo cultural e realizar rotação de culturas para ajudar no controle dessas doenças.

Culturas e Doenças - Trigo
O trigo (Triticum aestivum L.) é uma das principais culturas cultivadas mundialmente, sendo responsável por uma significativa parte da dieta humana. No Brasil, sua produção é importante em diversas regiões, especialmente nas áreas onde as condições climáticas são favoráveis. Contudo, essa cultura está suscetível a diversas doenças, que podem reduzir consideravelmente a produtividade. Abaixo, destacam-se as principais patologias que afetam o trigo:
Principais Doenças do Trigo
1. Brusone (Pyricularia grisea)
A brusone, causada pelo fungo Pyricularia grisea, é uma das doenças mais destrutivas do trigo. O seu impacto pode ocasionar perdas significativas em produtividade, variando de 6% a 20%. Os sintomas incluem manchas elípticas e de coloração acinzentada nas folhas e espigas, e a infecção pode ocorrer em todas as partes aéreas da planta.
2. Ferrugem-da-folha (Puccinia triticina)
Essa doença, causada pelo fungo Puccinia triticina, é responsável pela formação de pústulas em todas as partes verdes do trigo. As pústulas são inicialmente amarelo-pálidas e, com o tempo, tornam-se avermelhadas e rompem a epiderme. O controle da ferrugem é essencial, pois pode causar perdas expressivas, especialmente em cultivares suscetíveis.
3. Helmintosporiose (Bipolaris sorokiniana)
Causada por Bipolaris sorokiniana, esta doença também se destaca pelo seu potencial de danos. Ela provoca definhamento das plântulas e a coloração marrom do coleóptilo e das raízes. A presença de condições de umidade alta e temperatura amena favorece o desenvolvimento da doença.
4. Míldio (Plasmopara viticola)
O míldio, causado pelo fungo Plasmopara viticola, pode resultar em perdas pela sua ação na folhagem, tornando-as cloróticas e comprometendo a fotossíntese. Assim como as demais doenças, o controle preventivo é de suma importância para preservar a saúde da cultura.

Importância do Controle Preventivo
Para garantir a produtividade e a qualidade do trigo, é imprescindível a adoção de práticas de manejo que incluam a monitorização das doenças, a rotação de culturas e a aplicação de fungicidas conforme as recomendações técnicas. Lance mão de cultivares resistentes e práticas culturais adequadas para minimizar a incidência de doenças.
Em síntese, a cultura do trigo enfrenta desafios significativos com seu leque de doenças, mas, por meio de um manejo integrado e preventivo, é possível mitigar os impactos negativos e assegurar a produtividade da lavoura.
Culturas e Doenças - Uva
A cultura da uva é suscetível a diversas doenças que podem impactar significativamente a qualidade e a produtividade dos vinhedos. Entre as principais doenças que afetam as videiras, destacam-se:
Míldio (Plasmopara viticola)
O míldio da videira, causado pelo fungo Plasmopara viticola, é considerado uma das doenças mais destrutivas das uvas, especialmente em regiões onde há alta umidade e temperaturas adequadas para o desenvolvimento do patógeno.
Sintomas
Os sintomas iniciais incluem manchas oleosas nas folhas, que progridem para uma penugem densa e branca na face inferior, levando à necrose das folhas. Esta doença, quando não controlada, pode afetar drasticamente a qualidade e a produção, resultando em grandes perdas.
Antracnose (Elsinoë ampelina)
Causada pelo fungo Elsinoë ampelina, a antracnose é uma doença que também compromete as videiras, levando a prejuízos na produção e na qualidade dos frutos.
Sintomas
O sintoma típico dessa doença são manchas circulares nas folhas, com margens marrons a negras. Os cachos são particularmente sensíveis, e o ataque precoce pode comprometer o desenvolvimento dos frutos.
Podridão-Amarga (Greeneria uvicola)
Essa é uma doença que causa grandes perdas principalmente pós-colheita. O agente causal é Greeneria uvicola e, quando os frutos estão infectados, eles adquirirem um gosto amargo, inviabilizando sua comercialização.

Sintomas
Nos ramos, as folhas apresentam manchas necróticas e os frutos se tornam pardos e mumificam. A infecção é favorecida pelo calor e pela umidade, podendo rápida disseminação.
Mofo-Cinzento (Botrytis cinerea)
O mofo-cinzento, causado pelo fungo Botrytis cinerea, pode ocorrer tanto na planta quanto no armazenamento, resultando em profundas perdas de qualidade, especialmente em períodos chuvosos. É importante ressaltar que esta doença também pode resultar em "podridão nobre," que pode ser desejável em algumas condições para a produção de vinhos.
Sintomas
Os sintomas incluem a formação de um mofo acinzentado nas flores e nos frutos, que se tornam murchos e podem apodrecer. Nos casos mais severos, a doença pode comprometer a colheita total.
Controle e Manejo
É essencial implementar práticas de manejo integrado para controlar essas doenças, incluindo a escolha de cultivares resistentes, práticas culturais adequadas, e a aplicação de fungicidas. A monitorização constante das videiras para reconhecer rapidamente os primeiros sinais de infecção é crucial para a mitigação de perdas.
Assim, os viticultores devem estar atentos ao manejo preventivo dessas doenças, garantindo a saúde das plantas e a qualidade da produção de uvas.

Intervalo de Segurança
O intervalo de segurança é um prazo fundamental a ser respeitado entre a última aplicação do produto e a colheita dos cultivos. Essa prática visa garantir que os resíduos do fungicida Manzate 800 estejam em níveis seguros para o consumo, protegendo a saúde do consumidor.
A seguir, estão especificados os intervalos de segurança para várias culturas:
- Abóbora: 14 dias
- Feijão-vagem: 07 dias
- Alho: 07 dias
- Figo: 21 dias
- Amendoim: 14 dias
- Fumo: U.N.A.
- Arroz: 32 dias
- Maçã: 07 dias
- Banana: 21 dias
- Mamão: 03 dias
- Batata: 07 dias
- Manga: 20 dias
- Berinjela: 07 dias
- Melancia: 07 dias
- Melão: 14 dias
- Milho: 30 dias
- Pepino: 07 dias
- Pêra: 14 dias
- Pêssego: 21 dias
- Pimentão: 07 dias
- Repolho: 14 dias
- Couve: 14 dias
- Couve-flor: 07 dias
- Ervilha: 07 dias
- Feijão: 14 dias
- Uva: 07 dias
- Trigo: 32 dias
É essencial seguir essas diretrizes para assegurar que o uso do Manzate 800 seja efetuado de forma segura e eficaz, minimizando riscos à saúde e aumentando a responsabilidade ambiental na agricultura.
Intervalo de Reentrada
O intervalo de reentrada é fundamental para garantir a segurança de trabalhadores e a eficácia do uso de produtos fitossanitários, como o fungicida Manzate 800. Para este produto, o intervalo de reentrada é de 24 horas após a aplicação. No entanto, se houver necessidade de entrar nas lavouras ou áreas tratadas antes desse período, é obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que incluem macacão de mangas compridas, luvas e botas.
Os EPIs são essenciais para proteger os trabalhadores contra eventuais exposições ao produto, garantindo que possam realizar suas atividades de forma segura e eficaz.

Devolução da Embalagem Vazia
A devolução da embalagem vazia do produto Manzate 800 é uma etapa obrigatória que deve ser realizada pelo usuário, visando a proteção do meio ambiente e a correta destinação dos resíduos. As orientações seguem:
- Prazo de Devolução: A embalagem vazia deve ser devolvida ao estabelecimento onde o produto foi adquirido ou ao local indicado na nota fiscal, dentro de um prazo de até um ano a partir da data da compra.
- Produto Não Utilizado: Caso o produto não tenha sido completamente utilizado dentro desse prazo e ainda esteja dentro do seu período de validade, o usuário tem a opção de devolver a embalagem em até seis meses após a expiração da validade.
- Comprovante de Devolução: É essencial que o usuário guarde o comprovante de devolução, que deve ser mantido por um período mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.
Essas práticas garantem que as embalagens sejam tratadas de forma responsável, minimizando impactos ambientais e contribuindo para a proteção da biodiversidade.

Instruções de Armazenamento
O armazenamento adequado de produtos químicos, como o fungicida Manzate 800, é essencial para garantir sua eficácia e segurança. As seguintes orientações devem ser seguidas para o correto armazenamento da embalagem vazia e do produto:
Local de Armazenamento: As embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário, devem ser mantidas em um local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável. Isso garante que as embalagens não sejam danificadas por condições climáticas adversas e evita contaminações.
Separação de Outros Materiais: É importante que as embalagens sejam armazenadas separadamente de outros produtos, especialmente alimentos, bebidas, rações ou qualquer outro material que possa ser afetado ou causar reações diversas.
Instruções sobre a Embalagem: As embalagens vazias não podem ser lavadas. Após o uso, devem ser inutilizadas, podendo-se perfurar o fundo para garantir que não sejam reutilizadas, assim prevenindo o uso inadequado.
Devolução da Embalagem: O usuário deve realizar a devolução da embalagem vazia ao estabelecimento onde o produto foi adquirido, formando um ciclo de responsabilidade ambiental e de segurança.
Seguir essas instruções de armazenamento não só ajuda a manter a segurança do manuseio desses produtos, mas também contribui para a proteção do meio ambiente e da saúde pública.

Transporte e Armazenamento - Restrições de Transporte
O transporte de produtos agroquímicos, como o fungicida Manzate 800, deve seguir normas rigorosas para garantir a segurança e a conformidade com a regulamentação. Muitas vezes, as embalagens vazias desses produtos não podem ser transportadas juntamente com outros itens, como alimentos, bebidas, medicamentos, rações, animais e pessoas. Essa regra é fundamental para evitar qualquer risco de contaminação ou acidentes.
Além disso, as recomendações gerais incluem a necessidade de se evitar o transporte das embalagens em condições que possam comprometer a segurança, como junto a materiais que podem ser consumidos. Essa medida é essencial não apenas para proteger a integridade dos produtos, mas também para assegurar a saúde e a segurança das pessoas que possam ter contato com a carga durante o transporte.
Em resumo, a observância das restrições de transporte para produtos como o Manzate 800 é crucial para minimizar riscos e garantir a conformidade com as normas de segurança estabelecidas pelos órgãos competentes.
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são fundamentais para garantir a segurança do usuário durante a manipulação e aplicação do fungicida Manzate 800. É imprescindível que os trabalhadores utilizem os EPIs recomendados para minimizar os riscos de contaminação e exposição ao produto químico.

Recomendações de Uso
Os EPIs sugeridos incluem:
- Macacão impermeável: Deve ser de algodão com mangas compridas, passando por cima do punho das luvas e as pernas das calças por cima das botas.
- Botas de borracha: Protetoras para evitar o contato com o produto e a absorção pela pele.
- Avental impermeável: Para proteção adicional sobre a vestimenta do usuário.
- Máscara com filtros combinados: Que deve oferecer proteção contra vapores orgânicos e possuir filtro mecânico classe P2.
- Óculos de segurança: Com proteção lateral para proteger os olhos de eventuais respingos do produto.
- Luvas de nitrila: Essenciais para proteger as mãos contra o contato direto com o fungicida.
Procedimentos de Segurança
- Realizar a aplicação em local aberto e ventilado.
- Manter os EPIs em boas condições e realizar a troca sempre que necessário.
- Em caso de contato acidental com o produto, seguir as orientações de primeiros socorros, buscando assistência médica se necessário.
Importância dos EPIs
Os EPIs são ferramentas indispensáveis na prevenção de acidentes e na proteção da saúde do trabalhador, garantindo que o manejo de produtos agroquímicos seja feito de forma segura e eficaz. Fica evidente que o uso correto de EPIs não somente evita intoxicações, mas também contribui para o aumento da eficácia das aplicações e reduz riscos ao meio ambiente.
Primeiros Socorros
Em caso de contato acidental com o produto Manzate 800, é fundamental seguir as orientações de primeiros socorros para garantir a segurança da saúde. Abaixo estão as instruções a serem aplicadas em diferentes situações de exposição:
Ingestão
Não provoque vômito, a menos que indicado por um profissional de saúde. Caso o vômito ocorra espontaneamente, deite a pessoa de lado. Não ofereça nada para beber ou comer.
Olhos
ATENÇÃO: O produto provoca irritação ocular grave. Em caso de contato, lave os olhos imediatamente com muita água corrente durante pelo menos 15 minutos. Evite que a água de lavagem entre no outro olho.

Pele
- Se houver contato com a pele, retire as roupas e acessórios contaminados. Lave a área afetada com abundante água e sabão neutro por, no mínimo, 15 minutos.
Inalação
- Se o produto for inalado, leve a pessoa para um local arejado e ventilado. Monitorar se há dificuldades respiratórias e, se necessário, administrar oxigênio.
Geral
- Em todos os casos, a pessoa que prestar auxílio deve utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados, como macacão, luvas e botas.
Caso haja necessidade de assistência médica, leve a embalagem, rótulo, bula ou folheto informativo do produto ao profissional de saúde. É importante seguir essas práticas para garantir a saúde e segurança de todos envolvidos.
Dados Relativos à Proteção do Meio Ambiente
O produto Manzate 800 é classificado como ALTAMENTE PERIGOSO ao meio ambiente (Classe II) e apresenta diversas características que merecem atenção especial no seu manuseio e aplicação. Este fungicida é ALTAMENTE TOXICO para organismos aquáticos, como algas, e ALTAMENTE TOXICO para minhocas e microrganismos do solo.
Regras e Procedimentos
Para garantir a proteção ambiental ao utilizar Manzate 800, é essencial seguir as seguintes recomendações:
- Transporte: É proibido transportar o produto junto a alimentos, bebidas, medicamentos, rações, animais e pessoas, evitando assim a contaminação destes materiais.
- Aplicação: A aplicação deve ser feita em condições climáticas favoráveis, evitando ventos fortes e altas temperaturas, de modo a prevenir a deriva do produto para áreas adjacentes.
- Gestão de Resíduos: O produto não deve ser lavado em corpos d'água, como lagos, rios e fontes, a fim de evitar a contaminação da água. A destinação inadequada das embalagens ou restos de produtos pode resultar em contaminação do solo, da água e do ar, causando danos à fauna, à flora e à saúde humana.
Armazenamento
O armazenamento do Manzate 800 deve ser realizado em local exclusivo para produtos tóxicos, que seja ventilado, coberto e tenha piso impermeável. O local deve ser cuidadosamente trancado para evitar o acesso de pessoas não autorizadas, especialmente crianças.

Segurança e Sinalização
É importante sinalizar as áreas tratadas com avisos informando sobre a proibição de entrada e a necessidade de manter um determinado tempo de segurança após a aplicação. Recomenda-se também a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para minimizar os riscos.
Conclusão
Seguir as diretrizes apresentadas é fundamental para a mitigação de impactos negativos ao meio ambiente e para a segurança de todos os envolvidos no uso de Manzate 800. O respeito às normas e boas práticas agrícolas ajuda a manter a integridade dos ecossistemas e a saúde pública.
Instruções em Caso de Acidente
Em caso de acidente envolvendo o produto Manzate 800, é fundamental seguir as orientações apropriadas para garantir a segurança da pessoa afetada e minimizar os riscos de contaminação. Caso ocorra contato acidental com o produto, é crucial agir de maneira imediata e correta.
Se houver ingestão do produto, não deve-se provocar vômito, exceto quando houver indicação médica. O paciente deve ser mantido em repouso e a boca deve ser lavada com água. Para situações de contato com os olhos, é essencial lavar abundantemente com água corrente durante pelo menos 15 minutos, evitando que a água de lavagem entre no outro olho.
Caso o produto entre em contato com a pele, é recomendado retirar as roupas e acessórios contaminados e lavar a área afetada com muita água corrente e sabão. Para inalação do produto, deve-se retirar a pessoa para um local arejado e monitorar possíveis alterações respiratórias.
É importante ressaltar que a pessoa que presta os primeiros socorros deve usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados, como macacão, luvas e botas impermeáveis.
Após as medidas de socorro, é aconselhável procurar rapidamente um serviço médico de emergência, levando a embalagem, rótulo, bula, folheto informativo e/ou receituário agronômico do produto para melhor orientação no tratamento.

Informações sobre Resistência a Fungicidas
O produto fungicida Manzate 800 é composto por Mancozebe, um fungicida de ação multissítio, pertencente ao Grupo M03, segundo classificação internacional do FRAC (Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas). Para evitar a seleção de fungos menos sensíveis ou resistentes aos fungicidas, é importante seguir algumas recomendações de manejo.
As práticas recomendadas incluem a alternância de fungicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo M03 para o controle do mesmo alvo sempre que possível. Além disso, a adoção de outras práticas que visam a redução da população de patógenos, como a rotação de culturas e o uso de cultivares com genes de resistência quando disponíveis, é fundamental.
É essencial seguir as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto. Para informações mais detalhadas sobre possíveis casos de resistência em fungicidas e estratégias de manejo, recomenda-se consultar a Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF) e o Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas (FRAC-BR), assim como o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
O manejo adequado da resistência é crucial para a eficácia contínua do Manzate 800 e para a proteção das culturas afetadas por fungos patogênicos, garantindo o sucesso nas práticas agrícolas.

Efeitos Adversos
O produto Manzate 800, que contém o ingrediente ativo Mancozebe, pode apresentar alguns efeitos adversos na saúde humana. Embora não haja como caracterizar efeitos adversos específicos em humanos devido a sua natureza não terapêutica, o produto pode ser nocivo em caso de ingestão e em contato com a pele. Exposições a este fungicida podem ocasionar sintomas de irritação ocular, como vermelhidão e ardência, além de irritações no trato respiratório quando inalado.
Em estudos realizados com animais de laboratório, constatou-se que o Mancozebe e seus principais metabólitos (ETU) apresentam toxicidade, podendo afetar a tireoide. Os efeitos agudos incluem a possibilidade de fraqueza, perda de consciência e convulsões. Em contato com a pele, pode causar irritação e reações alérgicas, enquanto a inalação pode provocar irritação do trato respiratório. A exposição ocular pode resultar em sintomas como irritação e ardência, e a ingestão do produto pode causar problemas gastrointestinais, como náusea, vômito e diarreia.
Embora problemas de toxidade crônica não sejam conhecidos, estudos mostram que os efeitos do Mancozebe podem interferir na função da tireoide, com a ocorrência de alteração nos níveis de hormônios relacionados. Portanto, é importante seguir as diretrizes de segurança e utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados durante o manuseio do produto para minimizar a exposição e prevenir possíveis efeitos adversos.

Atenção e Precauções Gerais
O produto Manzate 800 é um fungicida de contato com uma série de recomendações importantes para garantir a segurança de quem o utiliza e a efetividade no controle de pragas e doenças. É essencial que o manuseio do produto seja realizado apenas por pessoal capacitado, respeitando as instruções contidas no rótulo, bula e receita.
Durante a aplicação, é imprescindível o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O contato com o produto deve ser evitado, e a aplicação nunca deve ocorrer próxima a residências, áreas de permanência de pessoas ou autoridades competentes.
A segurança ao manipular o Manzate 800 envolve também a proibição de transporte do produto juntamente com alimentos, bebidas, medicamentos, rações, animais e pessoas. Além disso, é fundamental que as embalagens sejam mantidas devidamente fechadas, em locais seguros e afastados do alcance de crianças e animais.
Em caso de contato acidental com o produto, as orientações descritas em primeiros socorros devem ser seguidas rigorosamente, e a assistência médica deve ser procurada de imediato. Por todas essas razões, seguir as precauções gerais é vital para garantir não apenas a eficácia do produto, mas também a saúde e segurança de todos os envolvidos no processo.

Antídoto e Tratamento
Não existe antídoto específico para o produto Manzate 800. Em casos de intoxicação, o tratamento deve ser sintomático e de suporte, visando à manutenção das funções vitais do paciente. As seguintes diretrizes devem ser seguidas:
Cuidados para Prestadores de Primeiros Socorros: É crucial que a pessoa que oferece assistências tome precauções para evitar a contaminação, utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados, como macacão impermeável, luvas e botas.
Tratamento Geral e Estabilização do Paciente: As medidas devem se concentrar na estabilização do paciente, que inclui a avaliação de sinais vitais e a manutenção das funções vitais (frequência cardíaca, respiratória, pressão arterial e temperatura corporal). É importante estabelecer uma via de administração intravenosa e avaliar o estado de consciência.
Proteção das Vias Aéreas: Deve-se assegurar que a via aérea do paciente esteja desobstruída. Caso necessário, pode-se realizar sucção de secreções orais.
Medidas de Descontaminação e Tratamento:
- Exposição Oral: Não é recomendada a indução de vômito. Caso a pessoa tenha engolido o produto, deve-se orientar para não oferecer nada para beber ou comer até que o atendimento médico seja realizado.
- Exposição Cutânea: É necessário remover roupas e acessórios contaminados e lavar a pele afetada com abundância de água e sabão.
- Exposição Ocular: Em caso de contato com os olhos, é fundamental lavá-los com água em abundância por pelo menos 15 minutos.
- Exposição Inalatória: O paciente deve ser levado para um local arejado e, se necessário, fornecer oxigênio para facilitar a respiração.
Antídoto: Não há antídoto específico e o tratamento deve ser baseado no suporte e na resposta clínica do paciente.
Essas orientações visam garantir uma intervenção rápida e eficaz em situações de intoxicação por Manzate 800, minimizando os riscos à saúde do paciente e promovendo sua recuperação.

Limitações de Uso
O produto Manzate 800 apresenta algumas limitações que devem ser rigorosamente respeitadas para garantir sua eficácia e segurança durante a aplicação. Essas limitações são cruciais para evitar o desenvolvimento de resistência do patógeno e para preservar a integridade das culturas. Confira as principais orientações:
Uso Preventivo: O Manzate 800 é eficaz apenas quando aplicado de maneira preventiva, ou seja, antes da infecção pelo patógeno. A aplicação deve ser iniciada assim que os primeiros sintomas da doença forem observados.
Método de Aplicação: Este fungicida não deve ser aplicado através de sistemas de irrigação, como gotejamento ou aspersão, pois isso pode prejudicar a distribuição do produto nos cultivos e comprometer sua eficiência.
Condições de Aplicação: É fundamental que o produto não seja utilizado em desacordo com as instruções contidas no rótulo e na bula. Isso inclui observar as doses recomendadas e os intervalos de segurança.
Cultura em Estresse: O Manzate 800 não deve ser aplicado em culturas que estejam em situação de estresse devido a seca, excesso de água, deficiência nutricional, ataques de pragas ou qualquer outro fator que possa afetar a saúde das plantas. A aplicação em tais condições pode não apenas reduzir a eficácia do produto, mas também prejudicar as plantas.
Compatibilidade: É importante também evitar o uso do produto em combinação com caldas bordalesas, sulfocálcia, ou qualquer outro agrotóxico que reaja de forma fortemente alcalina, uma vez que isso pode comprometer a eficácia do Manzate 800.
Seguir estas recomendações é essencial para que o uso do Manzate 800 seja seguro e eficaz, contribuindo para o manejo responsável das doenças nas culturas.

Contato e Informações do Registrante
Para quaisquer dúvidas, informações ou assistência relacionadas ao produto Manzate 800, os usuários podem entrar em contato com a UPL do Brasil Indústria e Comércio de Insumos Agropecuários S.A. O endereço da empresa é Rua José Geraldo Ferreira, 105, Sousas, Campinas/SP, CEP 13092-807, Brasil. Para comunicação, é possível utilizar o telefone (19) 3794-5600 ou visitar o site oficial da empresa em br.uplonline.com.
Além disso, o e-mail para contato direto é uplbr.faleconosco@upl-ltd.com. A empresa se compromete a fornecer suporte relacionado ao produto, incluindo orientações sobre uso, segurança e manejo.
A UPL do Brasil é também responsável pelo registro do produto junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária, sob o número 0638508, o que assegura a sua conformidade com as normas e regulamentos pertinentes em vigor.
| Marca comercial | Manzate 800 |
| Titular do registro | Upl Do Brasil Indústria E Comércio De Insumos Agropecuários S.A. - Matriz Ituverava/Sp |
| Número do registro | 638508 |
| CNPJ | 02.974.733/0001-52 |
| Classificação ambiental | II - Produto Muito Perigoso Ao Meio Ambiente |
| Classificação toxicológica | 5 - Categoria 5 – Produto Improvável De Causar Dano Agudo |
| Modo de ação | Protetor / De Contato |
| Técnica de aplicação | Terrestre/Aérea |
| Compatibilidade | Incompatível Com Produtos De Reação Alcalina. |
| Inflamável | Sim |
| Corrosivo | Não |
| Formulação | Wp - Pó Molhável |
| Observação | Pt- Mancozeb Técnico Uniphos Reg.Nº 3701 |





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