
O Meothrin 300 é um inseticida e acaricida poderoso, formulado com Fenpropatrina, que se destaca no combate a diversas pragas que afetam as culturas agrícolas. Com ampla aplicação e especificações rigorosas de segurança, o uso correto deste produto é crucial para maximizar seus benefícios enquanto se preserva a saúde do meio ambiente e dos trabalhadores agrícolas. Neste post, exploraremos o que você precisa saber sobre o Meothrin 300, desde sua composição até as recomendações de uso.
Identificação do Produto
O produto em questão é o Meothrin 300, um inseticida e acaricida registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sob o número 01248591. Ele é formulado à base de Fenpropatrina, um piretroide com eficácia tanto por contato quanto por ingestão. Sua composição inclui 300 g/L de Fenpropatrina, 548 g/L de Xileno e 105 g/L de outros ingredientes.
O Meothrin 300 é classificado como um produto da classe II, sendo considerado muito perigoso ao meio ambiente, além de ter uma classificação toxicológica categoria 3, o que indica que é moderadamente tóxico. Este produto é exclusivamente voltado para uso agrícola e deve ser manuseado com cautela, seguindo todas as recomendações de segurança e proteção ao meio ambiente.
A titularidade do registro do Meothrin 300 é da empresa Sumitomo Chemical Brasil Indústria Química S.A., localizada em Maracanaú/CE. O CNPJ da empresa é 07.467.822/0001-26, e o seu atendimento ao cliente pode ser realizado pelo telefone (85) 4011-1000 ou pelo SAC 0800-725-4011.

Composição
O produto Meothrin 300 é um inseticida e acaricida que contém como ingrediente ativo a fenpropatrina, na concentração de 300 g/L (30,0% m/v). Este componente é classificado como um piretroide, um grupo químico amplamente utilizado em produtos fitossanitários devido à sua eficácia no controle de pragas.
Além da fenpropatrina, a formulação do Meothrin 300 inclui xileno, que está presente na quantidade de 548 g/L (54,8% m/v). O xileno, um hidrocarboneto aromático, contribui para a eficácia do produto e atua como solvente, permitindo uma melhor dispersão do ingrediente ativo. A formulação também contém outros ingredientes, totalizando 105 g/L (10,5% m/v), embora a composição exata desses ingredientes não tenha sido especificada.
O grupo químico e a formulação do Meothrin 300 indicam seu modo de ação, que é principalmente de contato e ingestão, permitindo o controle de uma ampla gama de pragas em diversas culturas.
Grupo Químico e Tipo de Formulação
O produto Meothrin 300 pertence ao grupo químico dos Piretróides, caracterizados por sua ação inseticida e acaricida. Esse grupo é amplamente utilizado na agricultura devido à sua eficácia no controle de diversas pragas. A formulação do Meothrin 300 é do tipo Concentrado Emulsionável (EC), o que permite uma mistura uniforme com água, facilitando sua aplicação nos cultivos.
Os piretróides, como a Fenpropatrina, que é o ingrediente ativo deste produto, agem principalmente por contato e ingestão, interferindo no sistema nervoso dos insetos, provocando uma rápida paralisia e, consequentemente, morte.
Dada a sua classificação como inseticida/acaricida de contato e ingestão, Meothrin 300 é aplicável a uma série de culturas, sendo essencial seguir as recomendações de uso para garantir a eficácia do produto e minimizar os riscos ao meio ambiente e à saúde humana.

Registro e Titular do Produto
O produto Meothrin 300 está registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sob o número 01248591. A empresa responsável pela titularidade do registro é a Sumitomo Chemical Brasil Indústria Química S.A., localizada na Avenida Wilson Camurça, nº 2138, no Distrito Industrial I, em Maracanaú, Ceará. A empresa também possui um serviço de atendimento ao cliente (SAC) disponível pelo telefone 0800-725-4011. O CNPJ da empresa é 07.467.822/0001-26.
Essas informações são cruciais para garantir que o produto esteja em conformidade com as regulamentações brasileiras e para que os usuários possam contatar a fabricante em caso de dúvidas ou problemas relacionados ao uso do produto.
Instruções de Uso do Produto - Culturas e Pragas
O produto MEOTHRIN 300 é um inseticida e acaricida da classificação de contato e ingestão, recomendado para o controle de diversas pragas em várias culturas agrícolas. A seguir, são apresentadas as principais culturar e suas respectivas pragas, assim como as doses recomendadas e as instruções específicas de aplicação.
Algodão
- Curuquerê (Alabama argillacea): Aplicar 100-150 mL/ha (30-45 g i.a./ha); número máximo de aplicações: 2; intervalo entre as aplicações: 5 dias.
- Ácaro-rajado (Tetranychus urticae): Aplicar 300-400 mL/ha (90-120 g i.a./ha).
- Tripes (Frankliniella schultzei): Aplicar 100-200 mL/ha (30-60 g i.a./ha).
- Bicudo (Anthonomus grandis): Aplicar 350-400 mL/ha (105-120 g i.a./ha).
- Lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella): Aplicar 300-400 mL/ha (90-120 g i.a./ha).
- Lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens): Aplicar 350 mL/ha (105 g i.a./ha).
Amendoim
- Ácaro-rajado (Tetranychus urticae) e Ácaro vermelho (Tetranychus ogmophallos): Aplicar 200-300 mL/ha (60-90 g i.a./ha); volume de calda: 100-300 L/ha; número máximo de aplicações: 2; intervalo entre as aplicações: 7 dias.
Berinjela
- Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda): Aplicar 150 mL/ha (45 g i.a./ha); volume de calda: 600-1000 L/ha; número máximo de aplicações: 2; intervalo entre as aplicações: 7 dias.

Café
- Ácaro-vermelho (Oligonychus ilicis): Aplicar 200 mL/ha (60 g i.a./ha).
- Ácaro-da-leprose (Brevipalpus phoenicis): Aplicar 400 mL/ha (120 g i.a./ha); número máximo de aplicações: 2; intervalo entre as aplicações: 14 dias.
- Bicho-mineiro-do-café (Leucoptera coffeella): Aplicar 250-400 mL/ha.
Cebola
- Tripes (Thrips tabaci): Aplicar 150 mL/ha (45 g i.a./ha); volume de calda: 1000 L/ha; número máximo de aplicações: 1; intervalo entre as aplicações: -.
Citros
- Ácaro-da-leprose (Brevipalpus phoenicis): Aplicar 50 mL/100 L de água (15 g i.a./100 L de água).
- Cochonilha-Orthezia (Orthezia praelonga): Aplicar 200 mL/ha (60 g i.a./ha).
- Bicho-furão (Ecdytolopha aurantiana): Aplicar 40 mL + 7,0 L de melaço/100 L de água (12 g i.a./100 L de água).
- Mosca-das-frutas (Ceratitis capitata): Aplicar 40 mL + 7,0 L de melaço/100 L de água (12 g i.a./100 L de água).
- Pulgão-preto (Toxoptera citricida): Aplicar 20 mL/100 L de água (6 g i.a./100 L de água).
Milho
- Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda): Aplicar 70-100 mL/ha (21-30 g i.a./ha).
Tomate
- Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta): Aplicar 150 mL/ha (45 g i.a./ha); volume de calda: 600-1000 L/ha; número máximo de aplicações: 2; intervalo entre as aplicações: 7 dias.
- Broca-pequena-do-fruto (Neoleucinodes elegantalis): Aplicar 150 mL/ha (45 g i.a./ha).
Outras Culturas
O produto também é indicado para o controle de pragas em outras culturas como melão, morango, pimentão, repolho, rosa e soja, entre outras.
Considerações Finais
As aplicações devem ser realizadas seguindo rigorosamente as doses e intervalos mencionados, a fim de garantir a eficácia do controle das pragas e reduzir o risco de resistência. É importante monitorar as culturas regularmente para iniciar o controle no momento adequado.

Modo de Aplicação - Equipamentos de Aplicação
A aplicação do inseticida e acaricida MEOTHRIN 300 deve ser realizada utilizando equipamentos adequados para garantir a eficácia do produto e a segurança do aplicador. A escolha do equipamento certo depende do tipo de cultura e das condições de aplicação.
Para as culturas de algodão, amendoim, soja, feijão e milho, recomenda-se o uso de pulverizadores tratorizados de barra ou autopropelidos. Esses equipamentos devem cobrir uniformemente todas as partes aéreas das plantas, garantindo que a solução inseticida seja aplicada de forma eficaz.
Nas culturas de cebola, melancia, melão, morango, repolho, tabaco, tomate, pimentão, jiló, berinjela, pimenta e quiabo, a aplicação pode ser feita com pulverizadores costais, que podem ser manuais ou motorizados. É importante que esses pulverizadores sejam calibrados para proporcionar uma cobertura uniforme nas plantas.
Para maçã, citros, mamão e café, recomenda-se o uso de equipamentos pulverizadores tipo turbo-atomizador, que permitem uma aplicação mais direcionada e eficaz. Esses equipamentos devem ser adequadamente calibrados para garantir que a calda atinja toda a parte aérea da planta, vital para um controle efetivo das pragas.
Durante a aplicação, é fundamental garantir que o sistema de agitação do equipamento esteja em funcionamento e que as saídas de calda sejam fechadas durante as paradas para evitar sobreposição da aplicação.
Essas recomendações visam não apenas a eficácia da aplicação, mas também a minimização de riscos ao aplicador e ao meio ambiente, seguindo as orientações técnicas específicas para cada tipo de equipamento e o manejo adequado do produto.
Modo de Aplicação - Preparo da Calda
O preparo da calda para a aplicação do produto Meothrin 300 deve seguir algumas etapas essenciais para garantir a eficácia do tratamento e a segurança do aplicador. Antes de iniciar, é importante utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados, como macacão, luvas, máscara e óculos de proteção.

Etapas do Preparo da Calda
Verificação do Equipamento: Antes de preparar a calda, assegure-se de que o equipamento de aplicação está limpo e em boas condições, sem resíduos de produtos anteriores. O tanque, as mangueiras e os bicos devem estar devidamente verificados.
Abastecimento Inicial: Inicie o processo abastecendo o pulverizador com água limpa, até 3/4 da sua capacidade total. Utilizar água de boa qualidade é crucial, pois a presença de materiais em suspensão pode reduzir a eficácia do produto.
Adição do Produto: Com o agitador do pulverizador ligado, adicione o Meothrin 300 conforme a dose recomendada para a cultura específica. É fundamental misturar bem para assegurar uma dispersão uniforme do produto na calda.
Completar o Volume: Após a adição do produto, complete o volume com água até chegar à capacidade do tanque do pulverizador e mantenha o agitador ligado durante todo o processo de aplicação.
Aplicação Imediata: A calda preparada deve ser utilizada imediatamente após seu preparo para evitar a degradação do produto e garantir a sua eficácia.
Considerações Finais
É essencial seguir todas as recomendações de preparo da calda para que a aplicação seja feita de forma segura e eficiente. Cada tipo de cultura pode ter particularidades, e é recomendável consultar sempre a bula do produto e um Engenheiro Agrônomo para orientações específicas.

Intervalos de Segurança
Os intervalos de segurança são períodos críticos que devem ser rigorosamente respeitados após a aplicação do produto MEOTHRIN 300, para garantir a segurança do consumidor e a eficácia do controle de pragas. Esses intervalos representam o tempo mínimo que deve passar entre a última aplicação do produto e a colheita das culturas, além do tempo que as pessoas devem aguardar para reentrar nas áreas tratadas.
Para as diferentes culturas, os intervalos de segurança são estipulados da seguinte forma:
- Algodão, Amendoim, Café e Feijão: 14 dias
- Berinjela, Jiló, Mamão, Morango, Pimenta, Pimentão, Quiabo, Repolho e Tomate: 3 dias
- Cebola e Milho: 7 dias
- Crisântemo, Rosa e Tabaco (ou Fumo): Uso não alimentar, sem intervalo de reentrada.
- Citros, Maçã, Melão e Melancia: 28 dias
- Soja: 30 dias
Além desses períodos, é fundamental evitar a entrada de pessoas nas áreas tratadas antes da completa secagem da calda, recomendando um mínimo de 24 horas de espera após a aplicação do produto. O respeito a esses intervalos é essencial não apenas para a saúde dos consumidores, mas também para a preservação do meio ambiente e a minimização de riscos à fauna e flora locais.

Limitações de Uso
O produto MEOTHRIN 300 possui algumas limitações de uso que os usuários devem considerar para garantir a eficácia e a segurança durante sua aplicação.
Uso Exclusivamente Agrícola: O MEOTHRIN 300 deve ser utilizado apenas em domínios agrícolas, viabilizando seu controle sobre pragas, respeitando o contexto e recomendações específicas de cada cultura.
Consulta a Profissional de Especialidade: É imprescindível que os aplicadores consultem sempre um Engenheiro Agrônomo antes de utilizar o produto, assegurando que estejam cientes das melhores práticas de aplicação e manejo.
Respeitar Intervalos de Segurança: É fundamental que os usuários observem os períodos de intervalo de segurança associados a cada cultura, garantindo que não haja resíduos do produto no momento da colheita.
Prevenção de Misturas Inadequadas: O MEOTHRIN 300 não deve ser misturado com substâncias que apresentem pH extremamente alcalino ou ácido, como cal e calda bordalesa, para evitar reações químicas que possam comprometer sua eficácia.
Essas limitações são essenciais para assegurar a saúde dos aplicadores, a integridade das culturas e a proteção do meio ambiente. Ao seguir essas diretrizes, a utilização do MEOTHRIN 300 será mais segura e efetiva.

Equipamentos de Proteção Individual
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são fundamentais para garantir a segurança do trabalhador durante o manuseio de produtos químicos, como o inseticida Meothrin 300. É imprescindível que o uso dos EPIs seja feito conforme as recomendações do fabricante, garantindo assim a proteção adequada contra a exposição a substâncias potencialmente perigosas.
Os EPIs recomendados para a manipulação e aplicação de Meothrin 300 incluem:
- Macacão com tratamento hidrorrepelente, com mangas compridas passando por cima do punho das luvas e pernas das calças por cima das botas.
- Botas de borracha, que proporcionam proteção tanto ao contato com líquidos quanto a agentes químicos.
- Avental impermeável, que evita a passagem de produtos químicos para a pele por meio de respingos.
- Máscara com filtro combinado, que deve oferecer proteção contra vapores orgânicos e partículas em suspensão, especialmente classes P2 ou P3.
- Óculos de segurança com proteção lateral, que previnem a irritação dos olhos em caso de respingos.
- Touca árabe, que pode ajudar a proteger os cabelos e o couro cabeludo durante a aplicação.
- Luvas de nitrila, que são altamente resistentes a produtos químicos, garantindo que a pele não entre em contato com substâncias nocivas.
Durante o uso dos EPIs, é importante seguir a ordem correta de vestimenta: começando pela touca, óculos, avental, botas, macacão, luvas e, por último, a máscara. A manutenção e a limpeza dos EPIs são igualmente essenciais e devem ser realizadas por pessoas treinadas, assegurando que cada equipamento permaneça em condições adequadas de uso e não comprometa a saúde do trabalhador.
A proteção adequada não apenas mitiga os riscos associados ao manejo de inseticidas, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.

Dados Relativos à Proteção do Meio Ambiente
O Meothrin 300 é classificado como um produto muito perigoso ao meio ambiente, sendo classificado na Classe II. Este produto é altamente tóxico para organismos aquáticos, o que ressalta a importância de precauções rigorosas para evitar sua contaminação. Além disso, a persistência do produto no meio ambiente é um fator de preocupação, exigindo cuidados especiais durante sua aplicação e descarte.
É essencial seguir algumas diretrizes para minimizar os impactos ambientais:
Aplicação Segura: O produto não deve ser aplicado em condições de vento forte ou durante as horas mais quentes do dia, para evitar a deriva do produto e a consequente contaminação de áreas adjacentes.
Diretrizes de Uso: As doses recomendadas devem ser rigidamente seguidas, evitando assim o uso excessivo que possa agravar os riscos ao meio ambiente.
Descarte e Limpeza: Embalagens ou equipamentos utilizados não devem ser lavados em corpos d'água, como rios ou lagos, para prevenir a contaminação do solo e da água. Uma gestão adequada dos resíduos e a devolução das embalagens vazias ao fabricante são primordiais.
Armazenamento: O armazenamento do produto deve ser feito em local fechado, ventilado e à prova de chuva, isolado de outros produtos e com aviso de “CUIDADO VENENO” explícito.
Monitoramento de Aplicações: Todas as aplicações devem ser registradas e monitoradas para garantir que não haverá contaminação adicional de áreas não previstas, além de assegurar que os intervalos de segurança sejam respeitados.
Essas práticas visam não apenas garantir a eficácia do produto, mas também a proteção ambiental, minimizando os riscos relacionados ao uso de agrotóxicos e promovendo a saúde pública e da biodiversidade.
Primeiros Socorros
Em caso de intoxicação pelo produto MEOTHRIN 300, é crucial seguir rapidamente os procedimentos de primeiros socorros descritos a seguir:

Contato com a pele
- Remova imediatamente as roupas contaminadas e quaisquer acessórios.
- Lave a área afetada da pele com água corrente e sabão neutro por pelo menos 15 minutos, garantindo que a lavagem seja completa.
Contato com os olhos
- Se houver contato com os olhos, irrigue-os com água corrente ou solução salina a 0,9% por, no mínimo, 15 minutos. Tenha cuidado para evitar que a água contaminada atinja o outro olho.
Ingestão
- Se a pessoa ingerir o produto, não provoque vômito. Caso ocorra vômito naturalmente, coloque a pessoa de lado para evitar aspiração.
- Não ofereça nada para beber ou comer.
Inalação
- Se a inalação ocorrer, retire a pessoa para um local arejado e ventilado.
Atenção ao atendimento
A pessoa que prestar atendimento ao intoxicado deve estar protegida com luvas e avental impermeável. É recomendado procurar ajuda médica imediatamente, levando a embalagem, o rótulo, a bula e o folheto informativo do produto.
Sinais de gravidade
Se forem observados sinais de intoxicação severa, como dificuldade respiratória extrema, convulsões ou alterações no estado de consciência, é vital buscar assistência médica de emergência sem demora.

Informações sobre Manejo de Resistência a Inseticidas
A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode se tornar um problema econômico significativo, resultando em falhas no controle das populações de insetos. O inseticida MEOTHRIN 300 pertence ao Grupo 3A, que inclui os piretroides. O uso repetido deste produto ou de outros pertencentes ao mesmo grupo pode aumentar o risco de desenvolvimento de populações resistentes em algumas culturas.
Para manter a eficácia e longevidade do MEOTHRIN 300 como ferramenta útil no manejo de pragas agrícolas, é necessário seguir algumas estratégias que podem prevenir, retardar ou reverter a evolução da resistência:
- Rotação de Produtos: É vital rotacionar produtos com mecanismos de ação distintos do Grupo 3A. Sempre utilize produtos que sejam eficazes contra as pragas alvo.
- Janelas de Aplicação: Use MEOTHRIN 300 ou outros produtos dessa mesma classe somente dentro de um "intervalo de aplicação" de cerca de 30 dias. Aplicações sucessivas podem ser feitas, desde que o período de exposição não ultrapasse uma geração da praga alvo.
- Limitação do Período de Exposição: As recomendações de bula quanto ao número máximo de aplicações permitidas devem ser respeitadas. Para o MEOTHRIN 300, a exposição total a inseticidas do Grupo 3A não deve exceder 50% do ciclo da cultura ou o total de aplicações indicadas na bula.
- Aplicação Direcionada: Sempre que possível, realize as aplicações durante as fases mais suscetíveis das pragas que precisam ser controladas.
- Manejo Integrado de Pragas (MIP): Adote outras estratégias de controle, como rotação de culturas, controle biológico, e métodos de manejo comportamental, sempre que disponíveis e adequados.
- Consulta a Profissionais: Sempre consulte um Engenheiro Agrônomo para obter orientações sobre as principais estratégias regionais para o manejo da resistência e para a aplicação de inseticidas.
Essas ações são fundamentais para prolongar a eficácia do MEOTHRIN 300, aumentando sua utilidade no manejo integrado de pragas e contribuindo para a sustentabilidade da produção agrícola. Para relatar casos de resistência em insetos e ácaros, compartilhe informações com o IRAC-BR (www.irac-br.org) ou com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (www.agricultura.gov.br).

Informações sobre Manejo Integrado de Pragas
O manejo integrado de pragas (MIP) é uma abordagem que visa utilizar uma combinação de práticas e técnicas de controle, a fim de minimizar a incidência de pragas em culturas agrícolas. O MIP leva em consideração diversos métodos de controle, englobando ações culturais, mecânicas, biológicas e químicas, promovendo um equilíbrio sustentável do sistema agrícola.
Princípios do Manejo Integrado de Pragas
Controle Cultural: Isso envolve práticas agronômicas que integram a escolha correta de cultivares, rotação de culturas e o manejo de solo, visando reduzir a infestação de pragas.
Controle Mecânico ou Físico: Refere-se ao uso de barreiras físicas, captura manual de insetos e outros métodos que podem reduzir a população de pragas sem o uso de substâncias químicas.
Controle Biológico: Este método aproveita os inimigos naturais das pragas, como insetos predadores ou parasitas, para manter a população de pragas sob controle.
Controle Químico: Inclui a aplicação de inseticidas e acaricidas, como o MEOTHRIN 300, que deve ser utilizado de acordo com as recomendações para evitar o desenvolvimento de resistência nas pragas.
Objetivos do MIP
O principal objetivo do manejo integrado de pragas é reduzir os danos causados por pragas a um nível que não represente prejuízo econômico para os agricultores, mantendo um ambiente saudável para a flora, fauna e os próprios humanos. O MIP promove a eficácia dos métodos de controle, busca preservar os inimigos naturais das pragas e ressalta a importância do monitoramento constante para a tomada de decisões no controle de pragas.
Seguindo-se essas diretrizes, o manejo integrado de pragas se apresenta como uma estratégia eficaz e sustentável para o controle de insetos e doenças, proporcionando benefícios ao meio ambiente e à saúde pública.

Observações sobre Cuidados e Armazenamento de Embalagens
As embalagens de produtos químicos, incluindo inseticidas e acaricidas como o Meothrin 300, requerem cuidados especiais para garantir a segurança e a preservação do meio ambiente. É fundamental seguir as seguintes diretrizes para o armazenamento e manuseio adequado das embalagens vazias:
Armazenamento: As embalagens vazias devem ser mantidas em um local coberto, ventilado e impermeável, ao abrigo de chuvas. Esta prática ajuda a evitar contaminações ambientais e garante que a embalagem permaneça em boas condições até sua devolução.
Devolução: É obrigatório devolver a embalagem vazia, com tampa, ao estabelecimento onde o produto foi adquirido ou no local indicado na nota fiscal, emitida no ato da compra. A devolução deve ser feita em até um ano da compra ou em até 6 meses após o término do prazo de validade, caso o produto não tenha sido totalmente utilizado.
Tratamento pós-uso: Após a realização da tríplice lavagem ou na limpeza sob pressão, as embalagens devem ser armazenadas separadamente das embalagens não lavadas, e a inutilização deve ser feita perfurando o fundo das embalagens plásticas ou metálicas.
Transporte: Durante o transporte das embalagens vazias, elas não devem ser colocadas junto a alimentos, bebidas, medicamentos, rações ou ainda perto de pessoas. Isso é crucial para evitar quaisquer riscos à saúde pública.
Essas precauções visam a minimizar os impactos ambientais e garantir a saúde das pessoas que manuseiam e aplicam os produtos químicos. É responsabilidade do usuário seguir todas as recomendações e diretrizes estabelecidas para o manejo seguro das embalagens.
Transporte e Destinação da Embalagem Vazia
As embalagens vazias de MEOTHRIN 300 precisam ser tratadas com atenção especial devido à sua potencial periculosidade. É proibido transportar as embalagens vazias junto a alimentos, bebidas, medicamentos, rações, animais e pessoas. Este cuidado é essencial para evitar acidentes e contaminações.

Armazenamento da Embalagem Vazia
Após o uso do produto e a realização da tríplice lavagem ou lavagem sob pressão, as embalagens vazias devem ser armazenadas em local coberto, ventilado e ao abrigo de chuva, com piso impermeável. É importantíssimo que a embalagem seja mantida fechada e pronta para devolução.
Devolução da Embalagem Vazia
É obrigatória a devolução da embalagem vazia ao estabelecimento onde o produto foi adquirido ou em local indicado na nota fiscal, emitida no ato da compra. Esta devolução deve ser feita no prazo de até um ano da data de compra, sempre com a tampa. Caso o produto não tenha sido utilizado inteiramente dentro desse prazo, sua devolução poderá ser aceita em até 6 meses após seu vencimento, caso ainda esteja dentro do prazo de validade.
Destinação Final das Embalagens Vazias
A destinação final das embalagens vazias após devolução é de responsabilidade da Empresa Registrante ou de empresas legalmente autorizadas pelos órgãos competentes. É expressamente proibido ao usuário reutilizar ou reciclar estas embalagens, assim como fracionar e reembalar o produto. A destinação inadequada das embalagens ou restos de produtos provoca contaminação do solo, da água e do ar, o que compromete a saúde da fauna, flora e das pessoas.
Essas diretrizes são fundamentais para garantir a segurança e proteção do meio ambiente durante o transporte e a destinação das embalagens de agrotóxicos.
Informações Adicionais sobre Toxicidade e Segurança
Fenpropatrina
A fenpropatrina é um piretroide que atua nos canais de sódio das membranas das células nervosas, resultando em despolarização, o que provoca hiperexcitabilidade do sistema nervoso central (SNC) em mamíferos. A absorção dessa substância ocorre rapidamente pelo trato gastrointestinal, sendo amplamente distribuída e metabolizada pelo fígado. Os principais processos metabólicos incluem a oxidação do grupo metil, a oxidação da quarta posição do álcool, clivagem da ligação éster e conjugação com ácidos. A excreção se realiza majoritariamente pela via urinária (40-80%) e fezes (20-60%) em até sete dias após a absorção.

Efeitos Agudos e Crônicos
Os efeitos agudos da exposição à fenpropatrina incluem sintomas como formigamentos, prurido, dermatite de contato, tosse, dispneia, náusea e vômito. As manifestações sistêmicas podem envolver hiperexcitabilidade, convulsões e, raramente, edema pulmonar. No que diz respeito à toxicidade crônica, em estudos de longa duração, os animais demonstraram tremores, anorexia e redução no ganho de peso.
Xileno
O xileno é um hidrocarboneto aromático que, quando inalado, pode causar irritação nas vias aéreas e ocular, pneumonites, edema e hemorragia pulmonar. A exposição aguda a altas concentrações de xileno pode levar a efeitos no sistema nervoso central (SNC), resultando em sintomas como dor de cabeça, tontura, irritabilidade, perda de memória e alterações motoras.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico de intoxicação por fenpropatrina é estabelecido pela confirmação da exposição e pela manifestação clínica compatível. Já para a intoxicação por xileno, a análise do ácido metilhipúrico na urina é um biomarcador significativo. O tratamento inicial para ambas as intoxicações envolve medidas sintomáticas e suporte. É crucial evitar a indução do vômito após a ingestão de fenpropatrina e a administração de terapias específicas ao apresentar sinais de intoxicação.
Recomendações Gerais
Ao manusear produtos que contenham fenpropatrina ou xileno, é essencial usar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, seguir as recomendações de segurança e proteção ambiental, e notificar qualquer caso de intoxicação ao Disque-Intoxicação ou ao órgão responsável.

Telefone de Emergência e Contato da Empresa
Em caso de qualquer emergência relacionada ao uso do produto Meothrin 300, é fundamental entrar em contato com a empresa responsável. O suporte pode ser obtido através dos seguintes canais:
- Telefone de Emergência: (85) 4011-1000
- SAC (Solução Ágil ao Cliente): 0800-725-4011
- Correio Eletrônico da Empresa: sac@sumitomochemical.com
- Website Oficial: www.sumitomochemical.com
Esses contatos são essenciais para obter orientações sobre o manejo adequado do produto, tratamento de exposições acidentais e quaisquer questões que possam surgir durante a utilização. É sempre recomendado ter esses números disponíveis, especialmente quando se está manuseando produtos químicos e fitossanitários.
Marca comercial | Meothrin 300 |
Titular do registro | Sumitomo Chemical Brasil Indústria Química S.A. - Maracanaú/Ce |
Número do registro | 1248591 |
CNPJ | 07.467.822/0001-26 |
Classificação ambiental | II - Produto Muito Perigoso Ao Meio Ambiente |
Classificação toxicológica | 3 - Categoria 3 – Produto Moderadamente Tóxico |
Modo de ação | De Contato E Ingestão |
Técnica de aplicação | Terrestre/Aérea |
Compatibilidade | |
Inflamável | Sim |
Corrosivo | Sim |
Formulação | Ec - Concentrado Emulsionável |
Observação |
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