
O Mertin 400 é um fungicida amplamente utilizado na agricultura, especialmente eficaz no controle de doenças que afetam culturas como algodão e feijão. Com seu ingrediente ativo, o Hidróxido de Fentina, o produto não apenas assegura a produtividade das lavouras, mas também requer cuidados especiais em seu manuseio e aplicação. Neste post, vamos explorar as características, modo de uso, e as precauções necessárias para garantir a segurança e eficácia no combate a patógenos nas plantações.
Identificação do Produto
O produto em questão é conhecido comercialmente como Mertin 400, um fungicida classificado sob o grupo químico Hidróxido de Fentina, que pertence à categoria Organoestânico. Este fungicida é formulado como uma Suspensão Concentrada (SC) e contém como ingrediente ativo Fentin Hydroxide (Hidróxido de Fentina) na concentração de 400 g/L (40% m/v). Além disso, a fórmula contém outros ingredientes que totalizam 770 g/L (77% m/v).
O produto é registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) sob o número 03788200 e é distribuído pela Syngenta Proteção de Cultivos Ltda, localizada em São Paulo, SP. O CNPJ da empresa é 60.744.463/0001-90, e seu registro na SAA/CDA/SP é sob o número 001. É importante observar que o fabricante do produto técnico é a PMC Organometallix, Inc., dos Estados Unidos.
Este fungicida é caracterizado como não sistêmico e é inflamável, sendo classificado na categoria de produto muito perigoso ao meio ambiente (Classe II) e como pouco tóxico (Categoria 4) em relação à toxicidade humana. Portanto, seu uso deve ser realizado com cautela, seguindo todas as instruções e recomendações presentes no rótulo e na bula do produto.
Composição
O produto MERTIN 400 contém como ingrediente ativo o Hidróxido de Fentina (Triphenyltin Hydroxide), cuja concentração é de 400 g/L, equivalente a 40% do volume em massa (m/v). Além do ingrediente ativo, a fórmula inclui outros componentes, totalizando 770 g/L, ou 77% do volume em massa. Este produto se classifica como um fungicida pertencente ao grupo químico dos organoestânicos. A sua formulação é na forma de suspensão concentrada (SC). Essa composição é vital para a eficácia do produto no controle de doenças em culturas como algodão e feijão, oferecendo uma atuação eficiente contra uma variedade de patógenos.

Grupo Químico e Tipo de Formulação
O MERTIN 400 é classificado no grupo químico dos organoestânicos, sendo o ingrediente ativo principal o Hidróxido de Fentina, também conhecido como triphenyltin hydroxide. Na forma de formulação, este produto apresenta-se como uma suspensão concentrada (SC), oferecendo uma alternativa eficaz para o controle de doenças em várias culturas, especialmente no combate a fungos. Essa ligação ao grupo C6 de fungicidas indica que sua ação funciona por um mecanismo de inibição da fosforilação oxidativa, afetando a ATP sintase, essencial para a sobrevivência dos patógenos que atacam as plantas.
Registro e Titular do Produto
O produto "Mertin 400" é registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) do Brasil sob o número 3788200. A titularidade do registro pertence à empresa Syngenta Proteção de Cultivos Ltda, que está localizada em São Paulo/SP, especificamente na Rua Doutor Rubens Gomes Bueno, 691, 11º e 13º andares, Torre Sigma, Bairro Várzea de Baixo, CEP: 04730-000. O telefone de contato da empresa é (11) 5643-2322. O CNPJ da Syngenta Proteção de Cultivos Ltda é 60.744.463/0001-90, e eles também possuem um cadastro na SAA/CDA/SP sob o número 001.
Instruções de uso do produto - Algodão
O produto MERTIN 400 é utilizado especificamente para o controle da Mancha-de-alternaria, causada pelo fungo Alternaria alternata, que pode afetar a cultura do algodão.
Doenças
Para o algodão, a principal doença alvo é a Mancha-de-alternaria, que provoca sintomas visíveis nas folhas e pode impactar a produtividade da cultura.
Dosagem
A dose recomendada para aplicação do MERTIN 400 no algodão varia entre 0,5 a 0,7 L/ha, correspondendo a 200 a 280 g de ingrediente ativo por hectare.
Época e Intervalo de Aplicação
Deve-se aplicar o produto ao surgimento dos primeiros sintomas da doença. Caso necessário, recomenda-se repetir a aplicação a cada 15 dias para garantir a eficácia do controle.

Volume de Calda
A calda a ser utilizada na aplicação deve variar entre 200 a 1.000 L/ha, dependendo das condições da cultura e da área a ser tratada. Esse volume permite uma melhor cobertura das partes aéreas do algodão, potencializando o efeito do fungicida.
Seguir essas instruções assegurará um combate eficaz à Mancha-de-alternaria, minimizando os danos à cultura do algodão e, consequentemente, aumentando a produtividade.
Instruções de Uso do Produto - Feijão
O uso do fungicida MERTIN 400 em cultura de feijão deve ser realizado com atenção às doenças específicas que afetam a planta, bem como às dosagens e épocas de aplicação recomendadas para obter eficiência no controle.
Doenças
O fungicida é eficaz no controle das seguintes doenças do feijão:
- Mancha-de-Alternaria (Alternaria spp)
- Ferrugem (Uromyces appendiculatus)
- Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum)
- Mancha Angular (Phaeoisariopsis griseola)
Dosagem
A dosagem do fungicida varia de acordo com a doença a ser tratada:
- Para Mancha-de-Alternaria: utilize de 325 a 1000 mL/ha (130-400 g i.a./ha).
- Para Antracnose e Mancha Angular: recomenda-se a utilização da dose máxima em condições de chuva e alta pressão da doença.
Época e Intervalo de Aplicação
- No caso da Mancha-de-Alternaria, deve-se aplicar a dose menor preventivamente nos primeiros 20-25 dias após a germinação e repetir a aplicação a cada 10-15 dias, utilizando a dose de 700-800 mL/ha assim que os primeiros sintomas aparecerem.
- A Ferrugem deve ser aplicada somente preventivamente.
- Para Antracnose, recomenda-se usar a dose máxima em condições de chuva e alta pressão da doença.
- No caso da Mancha Angular, a primeira aplicação deve ser feita no 10º dia após a germinação, com as demais aplicações realizadas em intervalos de 10-14 dias.

Volume de Calda
A quantidade de calda a ser utilizada nas aplicações deve variar entre 200 a 1.000 L/ha, adaptando-se ao tipo de equipamento utilizado e às condições específicas da cultura.
Esteja atento às instruções e recomendações específicas presentes no rótulo e bula do produto para garantir a eficácia do tratamento e a segurança na aplicação.
Modo de Aplicação
O fungicida MERTIN 400 pode ser aplicado em pulverização, utilizando equipamentos manuais ou motorizados, como pulverizadores costais estacionários ou tratorizados. É essencial garantir uma cobertura adequada da parte aérea da planta durante a aplicação.
Para otimizar a eficácia do produto, recomenda-se o uso de bicos cônicos, seguindo as especificações técnicas dos fabricantes para alcançar a melhor cobertura possível, considerando o diâmetro e a densidade das gotas. O volume da calda a ser utilizado pode variar entre 200 a 1.000 L/ha, dependendo da cultura e do tipo de equipamento de aplicação em uso. Essa flexibilidade permite ajustar a aplicação conforme as necessidades específicas de cada cultivo, promovendo melhores resultados no controle das doenças.

Intervalo de Segurança
O intervalo de segurança é um aspecto crucial no uso de produtos agroquímicos, pois se refere ao período que deve ser respeitado entre a última aplicação do produto e a colheita da planta ou a entrada de pessoas na área tratada. Este intervalo garante que os resíduos do produto não excedam os limites permitidos, promovendo assim a segurança dos consumidores e a integridade do meio ambiente.
Para o produto MERTIN 400, os intervalos de segurança estabelecidos para diferentes culturas são os seguintes:
Algodão: O intervalo de segurança é de 30 dias. Isso significa que, após a aplicação do produto, deve-se aguardar um período mínimo de 30 dias antes de realizar a colheita.
Feijão: O intervalo de segurança é de 21 dias. Assim como no algodão, após a aplicação do produto, é necessário respeitar esse período antes de colher o feijão.
É fundamental que os usuários sigam rigorosamente esses intervalos para assegurar a eficácia do produto e a proteção da saúde pública.
Intervalo de Reentrada de Pessoas
O intervalo de reentrada de pessoas nas áreas tratadas com o produto MERTIN 400 deve ser respeitado rigorosamente para garantir a segurança. Após a aplicação do produto, é necessário aguardar um período mínimo de 1 dia antes que pessoas possam reentrar na área tratada. Essa precaução é fundamental para evitar a exposição a resíduos do produto, que podem ser prejudiciais à saúde. É essencial que todos os trabalhadores e pessoas que frequentam a área estejam cientes desta recomendação para assegurar um ambiente seguro e livre de contaminação.

Limitações de Uso
O uso do produto MERTIN 400 deve ser realizado estritamente de acordo com as recomendações contidas no rótulo e na bula. Essa prática é essencial para garantir que os resíduos do produto se mantenham dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira, conforme indicado na monografia da ANVISA.
É importante ressaltar que, ao aplicar este produto em culturas destinadas à exportação, o usuário deve verificar previamente os níveis máximos de resíduos permitidos no país de destino. Esses parâmetros podem ser diferentes dos limites estabelecidos no Brasil, ou ainda podem não ter sido definidos.
Além disso, deve-se observar as leis federais, estaduais e o Código Florestal, especialmente no que se refere à delimitação de Áreas de Preservação Permanente (APPs). O respeito às distâncias mínimas definidas pelas legislações é fundamental para evitar impactos negativos ao meio ambiente e à saúde pública.
Por fim, é crucial evitar a mistura do MERTIN 400 com outros produtos, óleos ou espalhantes adesivos, pois isso pode comprometer sua eficácia e segurança durante a aplicação.

Equipamentos de Proteção Individual
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são essenciais para garantir a segurança dos trabalhadores durante o manuseio e a aplicação de produtos químicos, como o MERTIN 400. É obrigatório que o manuseio do produto seja realizado por trabalhadores capacitados e utilizando os EPIs corretos. Os principais equipamentos recomendados incluem:
- Macacão com tratamento hidrorrepelente, que deve ter mangas e calças compridas para proteger toda a pele exposta.
- Botas de borracha, que evitam o contato da pele com o produto.
- Equipamento de proteção respiratória com filtro mecânico classe P1 ou PFF1, para proteger as vias respiratórias do contato com vapores ou partículas do produto.
- Óculos de segurança com proteção lateral, essenciais para prevenir lesões oculares.
- Luvas de proteção adequadas para manipulação de produtos químicos, evitando o contato direto com a pele.
Além disso, é importante que as recomendações dos fabricantes dos EPIs sejam seguidas em relação à forma de limpeza, conservação e descarte de equipamentos que apresentem danos. Ao preparar a calda para aplicação, o uso dos EPIs deve ser mantido, e é preferível proceder em locais ventilados para evitar a inalação de vapores.
Essas medidas são cruciais para garantir a integridade física do aplicador e minimizar os riscos relacionados à saúde e segurança durante o uso de agrotóxicos.

Descrição dos processos de Tríplice Lavagem da Embalagem
A tríplice lavagem da embalagem é um procedimento fundamental para garantir a segurança e minimizar os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de embalagens vazias de produtos químicos, como fungicidas. Este processo deve ser realizado imediatamente após o esvaziamento da embalagem e envolve as seguintes etapas:
Esvaziamento: A embalagem deve ser completamente esvaziada, com o conteúdo sendo direcionado para o tanque do pulverizador. Durante este descarte, mantenha a embalagem na posição vertical durante 30 segundos para garantir que todo o líquido seja removido.
Adição de Água: Após esvaziar, adicione água limpa à embalagem até preencher cerca de ¼ do seu volume. Isso ajuda a soltar qualquer resíduo que possa ter permanecido nas paredes internas da embalagem.
Agitação: Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos. Esta ação permitirá que as superfícies internas sejam lavadas, removendo os resíduos restantes do produto.
Descarte da Água de Lavagem: A água coletada durante a agitação deve ser despejada no tanque do pulverizador, onde os compostos poderão ser utilizados de maneira segura e adequada.
Repetição do Processo: Este processo deve ser realizado três vezes no total, garantindo que a embalagem esteja completamente limpa de qualquer resíduo do produto que possa representar riscos a saúde humana e ao meio ambiente.
Após a conclusão da tríplice lavagem, a embalagem deve ser inutilizada, tipicamente perfurando o fundo, evitando que seja reutilizada indevidamente. O cumprimento destas etapas é imprescindível para assegurar uma prática responsável de manuseio e descarte de produtos químicos industriais.
Informações sobre Manejo de Doenças
O manejo de doenças nas culturas agrícolas é crucial para garantir a produtividade e a saúde das plantas. A abordagem recomendada envolve múltiplas práticas integradas, visando a prevenção e o controle eficaz de doenças.

Práticas Recomendadas
Uso de Sementes Sadias: Um dos primeiros passos para prevenir infecções é utilizar sementes de boa qualidade, que sejam limpas e isentas de patógenos.
Variedades Resistentes: Optar por variedades que demonstram resistência a doenças específicas pode reduzir significativamente a incidência de infecções.
Rotação de Culturas: Alternar as culturas cultivadas em um determinado solo impede a acumulação de patógenos específicos, diminuindo as chances de surtos de doenças.
Época Adequada de Semeadura: Plantar na época certa, que favoreça o crescimento saudável e minimize o estresse das plantas, também é um fator importante na prevenção.
Adubação Equilibrada: A aplicação adequada de nutrientes contribui para o vigor das plantas, melhorando sua resistência a infecções.
Fungicidas: O uso criterioso de fungicidas pode ser necessário para controlar surtos de doenças, mas deve ser realizado com cautela para evitar a resistência dos patógenos.
Manejo da Irrigação: Controle da umidade do solo e da planta é essencial, uma vez que a umidade excessiva pode favorecer o desenvolvimento de fungos e outras doenças.
Outras Medidas: A implementação de práticas culturais adicionais, como a limpeza do local de cultivo e a destruição dos restos de cultura, ajuda a reduzir a fonte de inóculos.
Adotar um manejo integrado que contemple esses aspectos é fundamental para manter a saúde das plantas e garantir rendimentos satisfatórios nas culturas.
Dados Relativos à Proteção da Saúde Humana
O produto MERTIN 400 é classificado como Categoria 4 na classificação toxicologica, indicando que é considerado "pouco tóxico". Contudo, é essencial seguir com atenção as recomendações de segurança ao manuseá-lo, visto que pode causar danos ao organismo humano se as precauções adequadas não forem observadas.

Precauções Gerais
As seguintes precauções devem ser seguidas ao utilizar o produto:
- O uso é exclusivo para aplicações agrícolas, devendo ser manuseado apenas por trabalhadores capacitados.
- Não é recomendado comer, beber ou fumar durante o manuseio e aplicação do produto.
- É imprescindível que o produto não seja transportado junto com alimentos, medicamentos, rações, animais ou pessoas.
- Equipamentos de proteção individual (EPIs) apropriados, como macacão, luvas, óculos de proteção e máscara, devem ser usados durante a manipulação.
Cuidados em Caso de Contato
Em caso de contato acidental com o produto, as seguintes medidas devem ser adotadas:
Ingestão: Se o produto for ingerido, não se deve provocar vômito, a menos que indicado por um médico. Caso ocorra vômito naturalmente, a pessoa deve ser colocada de lado para evitar aspiração.
Olhos: No caso de contato com os olhos, deve-se lavá-los imediatamente com bastante água corrente por pelo menos 15 minutos e procurar assistência médica.
Pele: Se ocorrer contato com a pele, remova toda a roupa contaminada e lave a área afetada com água e sabão neutro por pelo menos 15 minutos.
Inalação: Se a pessoa inalar o produto, deve ser levada a um local arejado e ventilado, e a monitoração de sinais de insuficiência respiratória é fundamental. Se necessário, administrar oxigênio.
Essas medidas são essenciais para assegurar a saúde e segurança durante o uso de MERTIN 400, prevenindo possíveis intoxicações e efeitos adversos.

Tratamento em Caso de Acidente
Em caso de acidentes envolvendo o produto MERTIN 400, é crucial seguir um conjunto de procedimentos para garantir a segurança da pessoa afetada e minimizar os riscos de contaminação.
Isolamento da Área Contaminada: A primeira medida a ser tomada é isolar e sinalizar a área onde ocorreu o acidente para evitar a exposição de outras pessoas.
Contate as Autoridades: É importante contatar as autoridades locais competentes, incluindo o serviço de emergência e a empresa responsável pelo produto, que pode ser alcançada através do telefone 0800 704 4304.
Equipamento de Proteção Individual (EPI): As pessoas que fornecerão assistência devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual adequados, como macacão impermeável, luvas, botas de borracha, óculos de proteção e máscara com filtros.
Medidas em Caso de Derrame: Se houver um derrame do produto:
- Em superfícies pavimentadas, absorva o produto derramado com materiais como serragem ou areia, recolhendo o material contaminado em um recipiente lacrado e devidamente identificado. O produto deve ser descartado e não reutilizado.
- No solo, retire as camadas contaminadas até chegar ao solo não afetado, colocando esse material em um recipiente lacrado.
- Caso o produto entre em corpos d'água, interrompa imediatamente a captação da água para consumo humano ou animal e notifique o órgão ambiental mais próximo.
Conduta de Emergência: Em casos de contaminação humana, a conduta básica envolve:
- Inalação: Levar a pessoa para um local aberto e arejado, garantindo ventilação adequada e monitorando a possível ocorrência de insuficiência respiratória.
- Contato com a Pele: Remover roupas e acessórios contaminados e descontaminar a pele com água e sabão por um mínimo de 15 minutos. Procurar atendimento médico se houver irritação.
- Contato com os Olhos: Irrigar os olhos com abundante água ou solução salina por pelo menos 15 minutos, evitando que a água de lavagem atinja o outro olho e retirando lentes de contato, se utilizadas.
- Ingestão: Caso a pessoa ingira o produto, não provoque vômito a menos que haja indicação médica. Se o vômito ocorrer, coloque a pessoa de lado para evitar aspiração.
Seguir essas diretrizes ajuda a mitigar os riscos associados a acidentes com MERTIN 400 e garantir a segurança de todos os envolvidos.

Dados Relativos à Proteção do Meio Ambiente
O produto MERTIN 400, classificado como muito perigoso ao meio ambiente (classe II), apresenta várias precauções que devem ser observadas para evitar contaminações e preservar a saúde ambiental. Este fungicida é altamente persistente no meio ambiente e altamente bioconcentrável em peixes, além de ser altamente tóxico para organismos aquáticos, incluindo algas, microcrustáceos e peixes.
Entre as medidas recomendadas para sua aplicação, destaca-se a importância em evitar contaminações, como não utilizar equipamentos com vazamentos e não aplicar o produto em condições climáticas desfavoráveis, como ventos fortes ou nas horas mais quentes do dia. As doses recomendadas devem ser rigorosamente respeitadas para prevenir a contaminação de água, solo e ar.
A destinação inadequada de embalagens ou restos de produtos pode causar contaminações graves, prejudicando a fauna, flora e a saúde das pessoas. Portanto, é essencial realizar práticas seguras durante o manuseio, aplicação e descarte do produto, aderindo sempre às normas de segurança estabelecidas pelos órgãos ambientais competentes.

Armazenamento e Destinação Final das Embalagens Vazias
As embalagens vazias de MERTIN 400 devem ser tratadas com cuidado em relação à sua devolução e destinação final. É obrigatória a devolução da embalagem vazia, com tampa, pelo usuário ao estabelecimento onde o produto foi adquirido ou no local indicado na nota fiscal. Essa devolução deve ocorrer no prazo de até um ano após a data de compra. Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado, e ainda esteja dentro do prazo de validade, a devolução poderá ser feita em até seis meses após o término do prazo de validade.
Durante o armazenamento das embalagens vazias até sua devolução, devem-se considerar as seguintes práticas:
- Local de Armazenamento: As embalagens devem ser mantidas em um local coberto, ventilado e ao abrigo da chuva, com piso impermeável. Este local deve ser separado da área onde são guardados alimentos, bebidas, rações ou outros materiais.
- Procedimentos de Manuseio: Ao manipular essas embalagens, devem-se utilizar luvas, e elas devem ser armazenadas com a tampa, em caixa coletiva, quando disponível, separadamente das embalagens não lavadas.
- Inutilização: As embalagens que foram submetidas a um processo de tríplice lavagem ou de lavagem sob pressão devem ser armazenadas com a tampa e devem ser inutilizadas perfurando o fundo.
É essencial que o usuário observe as diretrizes para garantir a segurança ambiental e evitar a contaminação do solo e da água. A destinação inadequada das embalagens vazias e restos de produtos pode causar sérios danos ao meio ambiente, prejudicando tanto a fauna quanto a flora. A empresa registrante ou empresas legalmente autorizadas pelos órgãos competentes são as únicas que podem proceder à destinação final dessas embalagens.
Informações Médicas
O Mertin 400 é um produto registrado sob a categoria de Agentes Agrícolas e é classificado como um fungicida pouco tóxico, pertencente à classe toxicológica 4. Seu mecanismo de ação é baseado na fosforilação oxidativa, com implicações sobre a ATPase mitocondrial, embora os detalhes exatos desse mecanismo ainda não sejam completamente conhecidos.

Vias de Exposição
As principais vias de exposição ao Mertin 400 incluem a via oral, inalatória, ocular e dérmica. A toxicocinética do Hidróxido de Fentina, o princípio ativo deste fungicida, mostra que após a administração oral, níveis máximos no sangue são detectados entre 2 a 8 horas, com um significativo acúmulo de resíduos no fígado. A excreção ocorre predominantemente via fecal dentro de dois dias após a administração, independente da dose e do sexo dos animais em experimentação.
Efeitos Agudos e Crônicos
Os efeitos agudos da exposição ao Mertin 400 incluem uma DL50 oral em ratos de 385,9 mg/kg, demonstrando que a toxicidade é relativamente baixa. Exposições dérmicas elevadas resultaram em mortalidade em até 40% dos animais testados. Além disso, o produto foi considerado irritante para a pele e os olhos, com potenciais lesionais significativos.
Nos estudos sobre efeitos crônicos realizados em modelos de laboratório, a administração de doses contínuas de hidróxido de fentina apresentou alterações hematológicas e patológicas que são classificadas como normais para essa linhagem de animais, não indicando risco imediato de carcinogenicidade sob condições controladas.
Observam-se ainda que os resumos de toxicidade e as avaliações de risco indicam um baixo potencial para mutagenicidade, com estudos demonstrando que não houve efeitos adversos significativos em termos de alterações gênicas.
Conclusões
Essas informações médicas são cruciais para garantir que o manejo deste produto seja feito de maneira segura e responsável, evitando exposições desnecessárias e respeitando procedimentos padrão de segurança durante o uso e manuseio. Recomenda-se que cuidadores e trabalhadores que aplicam o produto sigam todas as orientações de segurança e utilizem Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados.

Restrições Estabelecidas por Órgão Competente
As restrições estabelecidas por órgãos competentes do estado, do distrito federal ou do município visam garantir a aplicação segura e eficaz do produto Mertin 400 e a proteção da saúde pública e do meio ambiente. É crucial que os usuários sigam as recomendações aprovadas pelos órgãos responsáveis para evitar contaminações e garantir que o uso do produto não interfira nos padrões de segurança e conservação dos recursos naturais.
Essas restrições incluem, mas não se limitam, à proibição de aplicação em áreas sensíveis, como proximidade de corpos d’água, habitações e escolas, além do respeito à legislação vigente acerca da preservação ambiental e da saúde pública. O não cumprimento dessas restrições pode resultar em penalidades legais e danos ao ecossistema.
É fundamental que o usuário se mantenha informado e atualizado sobre as legislações estaduais e municipais pertinentes, consultando frequentemente as orientações disponíveis. Seguindo rigorosamente essas restrições, o produto pode ser utilizado de forma segura, contribuindo para a eficiência no manejo de pragas e doenças nas culturas agrícolas sem comprometer a saúde do homem e o meio ambiente.
Marca comercial | Mertin 400 |
Titular do registro | Syngenta Proteção De Cultivos Ltda. – São Paulo/Sp |
Número do registro | 3788200 |
CNPJ | 60.744.463/0001-90 |
Classificação ambiental | II - Produto Muito Perigoso Ao Meio Ambiente |
Classificação toxicológica | 4 - Categoria 4 – Produto Pouco Tóxico |
Modo de ação | Não Sistêmico |
Técnica de aplicação | Terrestre |
Compatibilidade | Não Misturar Com Outros Produtos, Óleo Ou Espalhante. |
Inflamável | Sim |
Corrosivo | Não |
Formulação | Sc - Suspensão Concentrada |
Observação |
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